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O economista Nelson Marconi, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), coordena o programa de governo do presidenciável Ciro Gomes (PDT). No Seminário Petrobras não é problema, Petrobras é solução, ele apresentou as diretrizes gerais das mudanças que o grupo propõe à gestão da petroleira (vídeo abaixo do texto).

Desde outubro de 2016, a Petrobras adota o preço de paridade de importação (PPI), que consiste em impor ao consumidor brasileiro os preços do mercado internacional de petróleo, cotados em dólar. Os efeitos dessa política são conhecidos. No Brasil, o preço médio do botijão de gás de 13kg chegou a R$ 113,00. O litro da gasolina custa, em média, R$ 7,192. Já o diesel tem preço médio de R$ 6,60.

O PPI costuma ser defendido como fatalidade, uma determinação incontornável, como se o Brasil fosse mero importador de petróleo, mesmo sendo um dos 12 maiores produtores do mundo.

Conforme Marconi, os defensores do PPI argumentam que, sem ele, a Petrobras não teria condições de importar petróleo refinado em quantidade suficiente para atender a demanda interna, mas, hoje, a empresa mantém ociosa parte da sua capacidade de refinamento. Portanto, conclui Marconi, a mudança da política de preços da Petrobras deve partir da revisão do seu modelo de produção. “[Isso] requer que a Petrobras volte a produzir refino no país”.

Revisado o modelo de produção da empresa, acrescenta o economista, a Petrobras terá condições de estabelecer a política de paridade de preço de exportação (PPE). Segundo ele, a estatal não vai ignorar o valor do petróleo no mercado internacional, mas, na hora de definir seus preços, levará em conta os custos reais de produção, de modo a garantir lucratividade e, ao mesmo tempo, atender aos interesses da economia nacional. Assista.

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