Antônio Fagundes e Wagner Moura em cena de "Deus é brasileiro"
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Hoje está tudo tão exposto, tão mecânico e “ostentação caça-likes” que perdeu parte do encanto.

 

Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

Se você acha que esse texto é sobre política, sinto muito te desapontar, mas ele não é. Ou talvez seja! Tá tudo tão intimamente conectado que, por vezes, a gente até duvida! Ou não! Mas o fato é que ontem à noite, Bruna Dantas, uma amiga virtual de longas datas, hoje gerente de Produção, Inovação e Conteúdo da LC Barreto Produções, postou uma foto com Antônio Fagundes, ambos rumo à última gravação do filme Deus Ainda é Brasileiro.

As gravações estão acontecendo aqui no Nordeste, em Alagoas, e eu já vinha acompanhando umas coisinhas através dos posts de Bruneca, como é carinhosamente chamada a amiga dos primórdios da internet. É corriqueira a frase que chegamos “por aqui” quando tudo era mato, e ajudamos a desbravar.

Lembro, com saudades, do tempo em que pontos, virgulas e muita imaginação faziam parte do cotidiano das blogguers (Bruna era uma delas), que narravam suas rotinas e aguçavam a imaginação dos leitores. Hoje está tudo tão exposto, tão mecânico e “ostentação caça-likes” que perdeu parte do encanto. E eu escrevo esse texto no lugar de fala de quem tem as redes como ambiente profissional e também como seguidora/telespectadora/leitora de alguns.

A imagem de Fagundes – que virou Fafá nas gravações do novo longa! Ahhh, o Nordeste! – caminhando e sorrindo, rumo ao set de gravação, mexeu comigo. O filme é uma espécie de continuação de Deus é Brasileiro, estrelado por ele e Wagner Moura há alguns anos. Foi um grande sucesso, como vinha sendo o cinema nacional e do nada, ploft, ladeira abaixo também. Não em qualidade, mas em quantidade, talvez. Em incentivo, em movimento, especialmente com a extinção do Ministério da Cultura. Com a reimplantação dele (e eu nem sei se é correto usar essa palavra para descrevê-lo), a cantora, atriz e ativista social Margareth Menezes assume. A minha vontade foi de sentar naquele barquinho famoso do filme, onde “Deus” (vivido por Antônio Fagundes) reflete sobre a vida, e perguntar: “Mas, e aí, Deus ainda é brasileiro?! A gente vai voltar a sorrir?!”.

Manuela Berbert é publicitária.

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