Funcionários do Banco do Brasil de Canavieiras em registro de 1964 || Acervo de Walmir Rosário
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“Entram no avião e um deles volta para o esperado discurso de despedida, que Boinha Cavaquinho lembra até hoje: ‘Canavieiras, Canavieiras, /Terra dos coqueirais,/Vai pra puta que pariu, /Que aqui não volto mais’”.

Walmir Rosário

O Banco do Brasil sempre foi considerado uma instituição singular, de prestígio em todo o país. Queiram ou não, era bem diferente dos demais estabelecimentos bancários, de acesso mais restrito a correntistas e funcionários. Estes somente ingressavam no corpo de funcionários pelo sistema de meritocracia, por meio de um concurso nacional, após anos de estudo. Valia a pena, por ser um emprego pra vida toda, até a sonhada aposentadoria.

Assinada a carteira e vencido o estágio probatório, o funcionário do BB era considerado um ser diferente, quem sabe superior, na hierarquia social, pelo prestígio que gozava na sociedade. A começar pelo contracheque, apelidado de espelho, recheado de cruzeiros, cruzados ou reais, em comparação aos salários pagos pelos bancos privados, também considerados bons pelos empregados.

E somente ingressavam no quadro de funcionários rapazes e moças cujo desempenho no concurso fosse bem acima da média. Uma prova considerada “pau a pau” com os temidos vestibulares. Língua portuguesa, com questões difíceis de gramática; história, e a mais temida: a matemática. Mas, não bastava, quem não fosse ágil e com um pedigree de ouro na datilografia nem se habilitasse, seria reprovado na hora.

Lembro dos meus tempos de menino, em que ficava deslumbrado ao entrar na agência Itabuna do BB e apreciar – com emoção – os lépidos funcionários datilografando contratos ou outros serviços. Mas, além de “bater a máquina”, ficávamos embevecidos com o cálculo feitos na máquina Facit manual, com as teclas numéricas e manivelas girando para frente e para trás, era um espetáculo para nós garotos.

Nem precisaria comentar, mas os funcionários do BB chamavam a atenção por serem considerados moços de alto partido pelas donzelas casadoiras, que se postavam nas janelas de suas casas no horário em que eles encerravam o expediente. Era um festival de suspiros quando eles passavam, muitas das vezes marcados por troca de olhares e algumas frases galanteadoras. Melhores partidos não haviam nas cidades.

Mas, para ostentar esse pesado status, os funcionários do BB foram obrigados a abrir mão de certos comportamentos e enfrentarem algumas mudanças na vida. Como o Concurso era nacional, na maioria das vezes tomavam posse no cargo em cidades e estados longe de onde moravam. Tinham que enfrentar as famosas repúblicas (morada coletiva) até que constituíssem família ou uma transferência para a cidade de origem.

Lembro que, em minha vida profissional, que me obrigava a “morar” em várias cidades e estados ao mesmo tempo, sempre encontrava um membro da Família Satélite (como são conhecidos os funcionários do BB). Era uma festa quando encontrávamos esses “conterrâneos”, que, muitas das vezes, até davam um jeito de facilitar nossa saída das intermináveis filas de atendimento nos caixas.

Por volta de 1977, saí da empresa em São Paulo com destino a Angra dos Reis para receber o pagamento de uma medição na Petrobras (oleoduto de Angra a Caxias). A Petrobras liberava o cheque três dias antes, com a recomendação de ser sacado no dia tal. Com o atraso na viagem, ao chegar na agência do BB, enquanto estacionava o carro, o relógio marcou as fatídicas 16h e os vigilantes fecharam as portas.

Eu não acreditava no que via, depois de horas viajando, consegui pegar o cheque na Petrobras e enquanto estacionava o carro encerrava o expediente. Enquanto eu olhava, sem acreditar, as portas fechadas, vejo um amigo de Paraty, Paulinho Polaco, gerente da casa lotérica em frente, que me pergunta: “O que foi?” E eu, desolado, conto o meu triste contratempo.

Paulinho me pede para esperar e entra por um corredor ao lado do prédio, conversa com o vigilante e entra na agência. Acena-me e entramos na agência. Quando me dirijo ao caixa indicado, dou de cara com um velho conhecido de Itabuna, Luiz Magaldi, que dá um grito: “Menino, o que você está fazendo aqui?”. Após o cumprimentos, agradeço a Paulinho e aos funcionários do BB, guardo a grande soma de dinheiro e vou embora.

Canavieiras é outro local onde guardo boas recordações do BB, muitos velhos e bons amigos. A agência do BB era uma potência e atendia a vários municípios da região, nas transações de impostos federais ou empréstimos da então pujante cacauicultura. Como àquela época dispunha de linhas regulares de aviação, era considerada uma cidade de grande porte.

Nos anos 1950, num desses concursos, uma turma da zona sul do Rio de Janeiro é aprovada e escolhe Canavieiras, cidade praiana e com voos diários para tomar posse. Quando aqui chegam, descobrem que a cidade não dispõe de energia elétrica, ruas calçadas, boates refinadas, enfim, a vida carioca. Com o prestígio, conseguem transferência para a cidade Maravilhosa e resolvem prestar uma homenagem.

Entram no avião e um deles volta para o esperado discurso de despedida, que Boinha Cavaquinho lembra até hoje: “Canavieiras, Canavieiras, /Terra dos coqueirais,/Vai pra puta que pariu, /Que aqui não volto mais”. Temendo reações, imediatamente fecharam a porta do avião, que partiu com direção do Rio de Janeiro. Como toda a família, a Satélite também tem sua pluralidade.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

42 respostas

  1. Vivi isso tudo. Entrei em 71 e sai em 2001. Faria tudo de novo sem pestanejar. Rsrsrs. Nelson A Jorge – Matr. 7.374.200-7

  2. Bela história do colega Walmir. Passei por isso tudo. De Itabuna, tomei posse em Paulo Afonso-(BA), quase 800km de distância. O ano era 1976. Hoje, estou fazendo 20 anos de aposentadoria.

  3. Sou Bancário BB, hoje aposentado.
    Lendo esse belo artigo, me veio na memória os anos 70, nos quais , ainda adolescente, meu pai, (funcionário Público da Marinha), me passou a tarefa de pagar as contas da família, na Ag. Pedro II, no cento de São Luís MA. Nessa época, ainda presenciei um pouco desse status e prestígio, que ainda eram notórios, nos Caixas, durante o tempo que ficava nas filas, para pagar tais contas.
    Agora, me bateu uma grande nostalgia dessa época e aquela vontade, meio que frustrada, de não ter sido funcionário daquela época e não nos tempos de hoje. Muita coisa mudou…. para pior, claro.

  4. Fui um dos felizardos a fazer parte da família Banco do Brasil. Tomei posse em 1981 na cidade de Exu (PE) e me aposentei em 2015 na cidade de Limoeiro (PE). Pude usufruir das vantagens que o status de funcionário do BB era responsável, mas também passei alguns perrengues devido aos precários meios de comunicação em pleno nordeste brasileiro. Faria tudo outra vez com o maior orgulho da minha vida.
    Luciano Sebastião da Silva
    Mat. 6.333.635-9

  5. Meu pai está nessa foto. O jovem agachado a direita . Terminou sua carreira em Brasília onde reside até hoje. Um grande homem, sempre adorou o BB.

    1. Tomei posse em 1981 na cidade de Medianeira -PR, onde fiz muitos amigos. Voltei para o Rio de Janeiro em 1983. Aposentei-me em 2011 como Gerente Geral de Agência. Faria tudo novamente…

  6. Entrei no BB em 1973 e sai em 2007. Lendo esses comentários passa um filme na minha cabeça. Nós vestiamos a camisa do banco mas hoje tudo mudou e não foi para melhor, infelizmente! O atendimento ao público, a prestação de serviços, a integração com a comunidade são muito diferentes do nosso tempo. Hoje só a negociação interessa e a seletividade de clientes é colocada em primeiro plano. O banco que trabalhei não existe mais !

  7. Até 1970 era um banco machista, tomei posse em 71 e foi preciso construir banheiros para as moças que estavam chegando. Os amigos que fiz no BB são os que me acompanham até hoje.

  8. Esta história é uma realidade. Não retiro uma vírgula do texto escrito pelo Walmir. Lembro-me da inauguração da Agência do BB, em Imperatriz(MA), em 1964, ano em que cheguei na cidade, aos 14 anos. Todos os funcionários do Banco vieram de fora, principalmente das cidades de Belém(PA) e de São Luis(MA). Eu era um “frangote” de 14 anos, recém chegado da cidade de Tuntum, interior do Estado do Maranhão, e ficava deslumbrado com os funcionários do BB, impecavelmente vestidos, usando camisas brancas manga longas e gravatas. Eram tratados na cidade com muita admiração e respeito. Eram a nata da sociedade imperatrizense. As garotas só tinham olhos para eles, pois eram quase todos solteiros.
    Com tudo aquilo que eu via, fama e ótimo emprego, tornei-me um sonhador: um dia serei funcionário do Banco do Brasil. E conseguí, em 1975, através de um dificílimo Concurso Público. E no dia 05.11.75, às 07;15h, tomei posse na Ag. 0554-1 Imperatriz.
    Hoje, aposentado, já com meus 73 anos de idade, também tenho minha história prá contar, mas em outro momento.

  9. A vida de bancário nas décadas de 70/80, era assim. Assumiamos o emprego em agências distantes, locais inóspitos e sem estrutura. O bom é que tínhamos certeza que ali faríamos carreira, até a merecida aposentadoria.
    Airton Lobo aposentado do BB, após 37 anos de serviços prestados ao Banco e a sociedade brasileira.

  10. Entrei no BB como menor-estagiário em 1977. Fiz concurso depois e fui aprovado. Ao todo, foram quase 20 anos. Sou sincero em dizer que nunca tive perfil de bancário. Era um bom salário, tínhamos prestígio, etc. mas não era o campo em que eu queria trabalhar. Já ministrava aulas ainda quando era funcionário… Saí em 1996 em um PDV. Recomecei do zero, investi na carreira como professor universitário e, hoje, posso dizer que sou realizado profissionalmente. Mas concordo com o que está escrito. Quando encontro colegas professores que dizem que foram do BB, mais parece que somos familiares.

  11. Não sou ex funcionária BB, mas viúva de.um ex funcionário. Essa trajetória de vida narrada, me emocionou, igual a.meu falecido marido.quando veio de Teresina para Imperatriz no Maranhão, nem estrada asfaltada existia.

  12. Não sou ex funcionária BB, mas viúva de.um ex funcionário. Essa trajetória de vida narrada, me emocionou, igual a.meu falecido marido.quando veio de Teresina para Imperatriz no Maranhão, nem estrada asfaltada existia.

  13. Entrei no BB através do primeiro e único concurso nacional para agrônomos, em 1980, na recém criada carreira de Assessoramento Técnico em Nível de Carteira (ATNC). Hoje, aposentado, também guardo boas recordações daquela época, principalmente da cidade (Jequié -Ba), onde tomei posse. Era algo surreal o corporativismo e orgulho dos funcionários…

  14. Que histórias legais. No dia 11 de abril faço 18 anos de BB e parece que já tenho um século de empresa. Rsrs
    Parabéns a todos!!

  15. Também fui funcionário do BB em Sobral-Ce , trabalhei por 20 anos , me aposentei por tempo de serviço , fui professora antes, nós éramos como uma família ,guardo com muito carinho o tempo bom que vivenciamos .Abraços em todos colegas e ex colegas .

  16. Eu também tive a honra de fazer Parte da história do BB.Entrei como Menor em 1979 e me aposentei em 2015.Tudo o que sou devo ao BB.

  17. Entrei no BB quase adolescente e saí um velho. Ali vivi os melhores anos da minha vida, lá encontrei uma família. Prezo e honro muito essas memórias. Orgulho imenso de ter trabalhado nessa empresa.

  18. Tomei posse no BB em 08.10.1964, na agência de Novo Hamburgo (RS), enquanto a que fui designado, Estância Velha (RS), estava em instalação. As ruas eram de barro, com bois e vacas circulando constantemente. De lá, consegui permuta para a agência Centro de Porto Alegre (RS), onde permaneci durante um ano e meio. Através de outra permuta, vim para a agência Centro do Rio de Janeiro (RJ), minha cidade de origem. Muita saudade daquela época linda, onde o BB era o BB que, infelizmente, não mais existe. Saudade das companhias, garotas nos convidando para bailes e festas todo fim de semana. Casei no Rio, minha cidade natal, onde morava o amor de minha vida, já falecida. Enfim, lembranças lindas de tempos que não voltam mais. Orgulho de ter vestido a camisa do Banco do Brasil.

  19. Ingressei no BB em 1966 e já estou aposentado há 25 anos. O cronista Walmir nos faz viajar no tempo e com sensações semelhantes. Quase tudo o que aprendi e consegui na vida devo a essa Instituição bicentenária, à qual devoto minha gratidão. Ivair F Souza.

  20. Que viagem no tempo lendo essas memórias.
    Lembro com orgulho e carinho os anos vividos no BB. Tomei posse em Castro PR em agosto/1966 e, dez meses depois fui para Telêmaco Borba PR onde tem uma grande fábrica da Klabin. Aconteceu todos esses lances de paqueras pois éramos 13 solteiros e 3 casados, Lá casei e nasceu a primeira filha. De lá fui para a Av Paulista, depois CESEC SP, São Miguel do Tapuio instalar a agência, depois Pitanga e Palmas no PR. Os últimos 5 anos em Curitiba onde aposentei e vivo até hoje.
    Se tivesse que recomeçar faria tudo novamente com prazer. Granjeamos grandes e sólidas amizades ao longo desse caminho. Orgulho imenso de ter pertencido ao quadrado do BB e ter contribuído para o seu crescimento.
    Grande abraço a todos.
    Andretta
    Curitiba

  21. Tomei posse no BB no dia 16 de fevereiro de 1962, em Nova Granada-SP, após ter trabalhado 6 anos em cartório nessa cidade. Permaneci no BB por 32 anos, tendo exercido város cargos, até chegar a subgerente em Araguaína, hoje no Estado do Tocantins. Passei por São Simão-SP, até chegar a gerente instalador da agência em Auriflama-SP. Dali fui para Catanduva-SP e em 1988 assumi cargo de administração na agência centro de São José do Rio Preto-SP e nessa cidade instalei, como gerente a agência do BB no Bairro Nova Redentora, onde aposentei-me em 1994. Sempre tive imenso prazer em ser funcionário desse Banco. Tudo que consegui em toda minha vida devo ao BB. ALTINO PILONI – 573.560-2.

  22. Fiz parte da família BB por 27 anos, tomei posse em 26.10.1975. Comecei em minha cidade Bambuí (MG) e dois anos depois me casei e transferi para Macarani(BA) onde nasceu meu primeiro filho. Eu não conhecia a região, fui com a cara e a coragem, mas fui tão calorosamente recebida como nunca imaginava. Cidadezinha sem telefone, estrada de barro, água sem tratamento, apenas dois médicos e um posto de saúde, única comunicação era via Rádio, onde se transmitia e recebia as ordens de pagamento ( Oscar/Corumbá) … rsrs… vou morrer e não esquecer … os antigos sabem . Mas a vida dá voltas, saudade da família era imensa e depois de quase doze anos voltei à ” civilização “, mas antes ainda trabalhei em Itapetinga (BA). Estou em Patos de Minas a 33 anos e me adotaram muito bem. Me aposentei em 2003 e só tenho boas lembranças do meu BB querido, sou muito grata e se fosse possível, começaria tudo de novo. Saudades muitas…

  23. Entrei no BB em setembro de 1973. Tinha 30 homens e só eu de mulher. Agradeço muito a Deus pois fiz o qye sempre sonhava. Quando era menina eu falava que queria emprego de bater máquina. Hoje sou aposentada.

  24. Amei sua história! Fui funcionária do BB por vinte e sete anos, desses, foram doze na Bahia. Amo muito essa terra e os baianos que me “adotaram”. Nosso BB era uma família, bem diferente do BB de hoje. Estou aposentada a vinte anos, se pudesse começaria tudo de novo pois amei minha profissão!

  25. Tomei posse em no BB em 02 de outubro de 1980, em Pouso Alegre (MG) e aposentei em São Sebastião (SP) em 19 de dezembro de 2011, após 31 anos de muitas realizações e alegrias.

  26. Saí de Ilhéus (BA) para Lençóis (BA) em 1971 onde iniciei minha carreira. Rodei o Brasil conhecendo a diversidade de costumes. Hoje agradeço ao Banco e aos lugares que me acolheram pela pessoa que sou. Obrigado!

  27. Realmente o Banco do Brasil já não é mais o mesmo. Lembro que quando um colega se aposentava, era uma festa enorme. Tive por 6 anos em banco particular. Tomei posse no BB em Lençóis-Ba. onde fiquei por 10 anos, fui a Valença por 4 anos(minha terra) e finalmente ingressei na SUPER-BA., onde entrei como assessor e saí como adjunto. Tive o prazer de trabalhar com Bezerra, Napoleão e Sr. Covolo, um dos mais eficientes e com rara capacidade como primeiro Superintendente da Bahia. Uma de suas características era confiar nos mais novos, assim como o Napoleão Libório Arraes Outro cara espetacular foi o Sérgio de La Foret Padilha(gaúcho), também já falecido, e um homem de rara capacidade. Lembro que na época da minha aposentadoria, recebi um óculos Ray-Ban dos colegas. Faria tudo de novo, hoje, com 31 anos de aposentado (jan.1965/mar.1971, inclusive um ano de exército brasileiro). Casei em Lençóis e tive 4 filhas, todas maravilhosas.

  28. Tomei posse naquela querida instituição, em Currais Novos RN. Trabalhei em varias cidades do Nordeste e aposentei como superintendente estadual em Pernambuco. Guardo excelentes lembranças do BB e dos queridos colegas.

  29. Comecei minha vida profissional na agência 0554-1 em Imperatriz Maranhão, no dia 28 de fevereiro de 1978, como menor aprendiz. O BB foi uma verdadeira escola, trabalhei por 2 anos e 10 meses, mas foram anos que valeram como referência para.toda minha vida. Hoje sou aposentado após trabalhar por.35 anos como maquinista de trens na Vale, destacamento de Açailândia Maranhão. Fui feliz no BB, assim como na Vale.

  30. Cada um de nós, aposentados do BB, tem sua história não escrita. Em 1977 eu residia em Londrina-PR. Fui chamado pra tomar posse em Moreira Sales-PR(pouco além da curva do vento), de ônibus, quando chegamos o motorista sentenciou; Moreira Sales, quem tem coragem desce. Corajoso, desci kkk. Fiquei no BB por 30 anos. Trabalhei no Paraná, Maranhão (Balsas) e São Félix do Araguaia no Mato Grosso. Sim, foi uma linda carreira de trabalho, amor e satisfação. Grande abraço a todos os funcionários BB.

  31. Meu marido, agora aposentado, também foi funcionário do BB. Meu contou várias histórias engraçadas com os colegas e as dificuldades enfrentadas. Me contou que levava grandes quantias de dinheiro de uma agência pra outra de táxi; levavam junto revólver e espingarda. Não existia carro forte. Era muita honestidade e responsabilidade ????.

  32. Entrei no BB em 1964 e 5 meses depois fui para a pequena cidade de Pindaré-Mirim, onde inauguramos a agência em 15/03/1964. A cidade não tinha água encanada, luz elétrica, nenhuma praça ou rua asfaltada. Mas fazíamos muita farra e curtíamos a vida. Em 1970 vim transferido para o Rio de Janeiro onde trabalhei em diversas agências. Completei 31 anos de aposentado e moro em Copacabana. Ainda guardo muitas boas lembranças do do nosso velho Banco do Brasil.

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