Segundo o médico Luiz Felipe Brandão, cirurgia livrou paciente de risco fatal
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Um paciente hipertenso, de 71 anos, passou por cirurgia para tratamento de um aneurisma de aorta torácica com prótese ramificada, no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna. Trata-se do primeiro procedimento desse tipo realizado na Bahia, segundo a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, mantenedora da unidade hospitalar.

O quadro de saúde do idoso iniciou com dores nas costas e tórax há três meses e piorou nas últimas semanas, o que aumentou o risco do rompimento da artéria aorta, o que seria fatal. O paciente foi submetido a uma cirurgia minimante invasiva (pequeno corte na virilha) com utilização de endoprótese na aorta torácica. A medida visa normalizar o fluxo de sangue e evitar o agravamento do aneurisma.

A cirurgia foi feita na unidade de Hemodinâmica do Hospital, por equipe comandada pelos médicos Luiz Felipe Brandão e André Brito, cirurgiões vasculares e endovasculares. O procedimento durou 1h30min e, 36h depois, o paciente recebeu alta médica. “Isso ocorreu por tratar-se de uma cirurgia minimamente invasiva, pois o abdômen ou o tórax do doente não são abertos. Por meio de uma incisão ou punção na artéria da virilha, utilizando fios e cateteres, coloca-se a endoprótese [rede metálica revestida por tecido]”, explica o médico Luiz Felipe Brandão.

ANEURISMA DESCOBERTO EM EXAME DE IMAGEM

Aneurisma foi identificado em uma angiotomografia

A cirurgia, conforme o médico Luiz Felipe Brandão, foi realizada depois que exames preliminares apontaram aneurisma de aorta torácica (descendente) e úlceras na parede posterior. “Foi feita investigação para afastar outras possíveis causas e, como o quadro de dor persistiu, ocorreu a internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Calixto Midlej Filho. Após nova tomografia ficou constatado aumento do aneurisma”, conta.

O médico detalha que o aneurisma é uma dilatação localizada na parede de um vaso sanguíneo. Podem se formar em qualquer artéria do corpo, como as ilíacas, femorais, poplíteas e viscerais, incluindo artérias do cérebro. “Porém, é mais comum os aneurismas se desenvolverem na aorta, a maior artéria do corpo”, esclarece.

RISCO DE MORTE

Luiz Felipe alerta que, quando há ruptura de um aneurisma, a mortalidade pode chegar a 90% instantaneamente, e 50% das pessoas que sobrevivem e chegam ao hospital podem morrer nos primeiros dias. “O rompimento da aorta é a consequência mais grave do aneurisma. É uma situação dramática e gravíssima, que justifica ações rápidas e precoces para diagnóstico e tratamento do aneurisma”. Os custos do procedimento foram cobertos pelo Plansul.

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores gerais para ruptura do aneurisma são tabagismo, pressão arterial não controlada, colesterol elevado, obesidade e doença aterosclerótica pré-existente. As pessoas do sexo masculino com histórico de complicações cardíacas na família e com idade avançada também devem ficar atentas.

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