A concentração de domicílios vagos na zona urbana de Itabuna é a segunda maior do Brasil, segundo o Censo 2022, cujos primeiros resultados foram conhecidos nesta quarta-feira (28). Com 18,03% dos imóveis nessa situação, a cidade do sul da Bahia ficou perto da primeira colocada nesse quesito, Mossoró, no Rio Grande do Norte, que tem 18,04% de seus imóveis na zona urbana desocupados.
A estatística foi ressaltada pela transmissão do IBGE, que não especificou quantos dos 93.313 domicílios de Itabuna ficam na zona urbana e quantos deles estão vagos. No entanto, o dado ajuda a compreender por que o número de domicílios do município cresceu em quase 20 mil na comparação com 2010 (73.597), enquanto a população recenseada caiu de 204.667 em 2010 para 186.708 em 2022.
EM ILHÉUS, REDUÇÃO NA VELOCIDADE DA QUEDA POPULACIONAL
Ilhéus aparece no décimo lugar na proporção de domicílios de uso ocasional, com 14,08%, ou 14.180 dentre os 96.016 domicílios contados 2022. A exemplo de Itabuna, viu seu número de domicílios crescer e o tamanho da população diminuir de 184.236 para 178.703.
Ao PIMENTA, o coordenador local do IBGE, Ledson Freire, explicou que, apesar de não ter revertido a tendência de baixa, Ilhéus diminuiu a velocidade de sua queda populacional. Essa constatação é relevante para as projeções que serão feitas a partir de agora. As estimativas, segundo ele, usarão como referência os números dos dois últimos Censos disponíveis (2022 e 20210).
Como deixarão de fora os Censos anteriores, as projeções não sofrerão interferência de distorções da pesquisa de 2000, quando Ilhéus apareceu com mais de 222 mil habitantes. Conforme o ex-vice-prefeito José Nazal, o levantamento de 22 anos atrás foi superestimado e gerou impactos nas pesquisas seguintes, que chegaram a números inferiores. Isso fez com que as projeções feitas até 2021 apontassem que Ilhéus teria pouco mais de 154 mil pessoas agora, mas o Censo 2022 contou 178.703.