A desembargadora Ivone Bessa Ramos, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), negou recurso do vereador Wanderson Leone, Dando (PDT), e manteve a decisão de primeira instância que afastou o parlamentar da Câmara de Itabuna. Alvo de Operação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), deflagrada no mês passado, o vereador é suspeito de cobrar de assessores parte dos salários recebidos por eles em seu gabinete, prática conhecida como “rachadinha”.
No pedido ao TJ-BA, a defesa de Dando Leone argumentou que o parlamentar já havia exonerado os servidores apontados pelo MP-BA como participantes do suposto esquema. Também alegou falta de indícios probatórios e que a manutenção do vereador afastado pode causar dano irreversível à sua imagem pública. As alegações não convenceram a magistrada.
Com a decisão, o primeiro suplente do PDT, Glebão Carvalho, continua no exercício interino da vereança.
INVESTIGAÇÕES
Conforme o Ministério Público, desde o início do mandato parlamentar, a partir de janeiro de 2021, o vereador, “valendo-se do cargo ocupado, nomeou servidores comissionados na Casa Legislativa Municipal e indicou servidor para ocupar cargo temporário na Prefeitura do Município de Itabuna, exigindo-lhes repasse de parte das remunerações recebidas”. Até o momento, foi apurado que a prática era reiterada e com a participação de outros agentes, informa o MP-BA.