Na última quinta-feira (10), o presidente do TJBA, desembargador Nilson Castelo Branco, reconsiderou a própria decisão e determinou que a Câmara de Vereadores de Ilhéus promovesse um novo pleito e formasse uma nova mesa diretora.
O veredicto surpreendente de Castelo Branco fez valer a sentença do juiz Alex Miranda, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, que já havia determinado a anulação do último pleito vencido pelo vereador Abraão (PDT).
Na última sexta-feira (11), o vereador Paulo Carqueija (PSD) foi eleito presidente do legislativo ilheense com 18 votos favoráveis, 1 voto em branco (Gurita ou Jerbinho) e duas ausências (Vinicius Alcântara e Ivo Evangelista).
O resultado configurou uma vitória do prefeito Mário Alexandre. O vereador Jerbinho (Jerbson Moraes, PSD), padrinho político do ex-presidente Abraão, saiu muito fragilizado com a derrota.
Jerbinho hoje é considerado inimigo figadal do governo Marão. A ordem é deixá-lo isolado e sem condições de viabilizar candidatura a prefeito de Ilhéus.
Sem apoio do presidente da Câmara Municipal, Jerbinho foi rebaixado à condição de candidato sem musculatura e quase solitário.
A denúncia contra Bento Lima, cujas provas não foram tornadas públicas até hoje, foi um grande erro de Jerbinho. O conteúdo não fulminou o adversário, apenas o fustigou.
Ao pensarmos no interesse público, concordamos com a importância da revelação. Foi sim um ato corajoso. Porém, infelizmente a pequena política prevalece.
Nesse contexto, é inegável que Jerbinho cometeu um erro de cálculo. Hoje ele trilha um caminho sem volta e levantou a desconfiança da classe política local com repercussão no judiciário.
Aos poucos, está sendo retirado do jogo.
Leia a íntegra no Blog do Gusmão.