Atividades do Hip Hop Renasce ocupam espaço cultural da Uesc
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O palco Ramon Vane, no bosque da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), vai receber, na próxima terça (14), a partir das 14h, o projeto Hip Hop Renasce, com palestras, oficinas, exposição literária e apresentações musicais. Também haverá batalha de conhecimento para rimadores do sul da Bahia. Aberta ao público, a atividade contará com tradução em Libras, em tempo real.

Já confirmaram presença os rappers Billy Fat, Jhonny Z, Moa Vênus, Patrick WP e Us Bantú’s. O microfone também será franqueado ao público.

Jornalista, historiador e um dos organizadores do evento, Pedro Albuquerque afirma que o objetivo é estimular sonhos em meio aos desafios que a maior parte da população sul-baiana enfrenta para sobreviver. “O Hip Hop Renasce Visa promover esperança diante das dificuldades sociais e, especialmente, fortalecer os jovens para que sigam seu caminho de aperfeiçoamento socioeconômico, longe das opções criminosas”, acrescentou.

As ações do Hip Hop Renasce começaram no Centro Educacional Álvaro Melo Vieira e no Colégio Estadual de Tempo Integral Jorge Amado, ambos em Ilhéus, no final de abril.

HIP HOP E CIDADANIA

O Hip Hop Renasce aposta na força do movimento que surgiu nas ruas nova-iorquinas na década de 1970 e ganhou o mundo. Em Ilhéus, recorte territorial da primeira edição do projeto, artistas da música e das artes visuais despontam com rimas e grafites e ganham cada vez mais o público que se conecta com essas linguagens.

É o caso do rapper Billy Fat, facilitador da oficina de Hip Hop do projeto. “Esse processo começa com rappers fazendo o que gostam, do jeito que podem, com uma caixa de som e um microfone na porta das escolas públicas, nas ruas. Um dia, na batalha de rap da Urbis, zona sul de Ilhéus, éramos apenas oito pessoas. Na semana seguinte, quando fizemos novamente, tinham 80 pessoas”, relembra o artista.

O projeto ainda prevê atividades no Presídio Ariston Cardoso, com oficinas profissionalizantes e artísticas, além de apresentações musicais. Este foi o único projeto aprovado no edital da Lei Paulo Gustavo, na Bahia, a contemplar ações culturais no sistema prisional. “Acreditamos que as atividades irão favorecer um caminho para a ressocialização de pessoas em regime de reclusão penitenciária e, também, uma prevenção em espaços de ensino, para coibir o aumento do índice de violência e outros crimes”, explica Pedro Albuquerque.

A iniciativa foi contemplada nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.

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