A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) confirmou a primeira morte por febre Oropouche no estado. A paciente era uma mulher de 24 anos, moradora de Valença, no baixo-sul do estado. A morte da jovem aconteceu em março deste ano, mas só foi divulgada nesta segunda-feira (17), porque diversos exames precisaram ser feitos para que a causa do óbito fosse determinada.
Uma segunda morte por Oropouche está em investigação. O paciente tem 21 anos e o caso foi registrado em Camamu, cidade a 72 quilômetros de Valença. Nos dois casos, as vítimas não tinham comorbidades, nome dado a doenças ou condições clínicas que podem aumentar o risco de contato com patógenos.
Os primeiros casos da doença na Bahia vieram à tona neste ano. De acordo com a Sesab, desde março, o estado já confirmou 691 ocorrências da infecção, em 48 cidades. Os municípios de Laje, no centro-sul, e Valença registram os primeiros casos no território baiano.
TRANSMISSÃO
A transmissão da febre Oropouche é feita, principalmente, pelo mosquito Culicoide paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando o inseto fere outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
O Ministério da Saúde já emitiu alerta sobre a proliferação da doença no País, que havia confirmado 5.102 casos até maio deste ano, a maioria no Amazonas e em Rondônia, na Região Norte.