Febre oropouche transmitida pelo mosquito Maruim || Imagem Conselho Federal de Farmácia
Tempo de leitura: 2 minutos

Dados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) mostram que a Febre Oropouche avança no sul da Bahia. E Ilhéus lidera dentre os municípios com pessoas diagnosticadas com a doença, que é causada por um arbovírus (vírus transmiti do porartrópodes). Do total de 824 infectados no estado neste ano, 109 são ilheenses.

Conforme informações do Lacen, são 58 municípios com casos de Febre Oropouche confirmados. Destes, três são do sul da Bahia. Além de Ilhéus, aparecem no topo da lista Gandu, com 82; e Uruçuca, com 68 ocorrências. A doença avança também em Itabuna, que contabiliza 21 casos da Febre Oropouche.

A lista de municípios sul-baianos com casos confirmados da Febre Oropouche inclui ainda Aurelino Leal (3), Buerarema (1), Camacan (2), Ibirapitanga (3), Ubatã (2), São José da Vitória (1), Itacaré (4), Una (1) e Itagibá (3). No extremo-sul do estado, há ocorrências em Itamaraju (5), Teixeira de Freitas (4) e Porto Seguro (4).

No baixo sul, há ocorrências da doença em Cairu (7), Camamu (41), Igrapiúna (25), Ituberá (41), Piraí do Norte (4), Taperoá (37), Valença (14), Wenceslau Guimarães (3), Teolândia (43) e Presidente Tancredo Neves (16). No estado, outros municípios com casos confirmados são: Amélia Rodrigues (2), Feira de Santana (2), Conceição do Jacuípe (1), Jacobina (1), Maragogipe (3), Cachoeira (1), Camaçari (3).

A lista inclui ainda Madre de Deus (1), Salvador (15), Lauro de Freitas (1), Amargosa (66), Aratuípe (2), Castro Alves (1), Conceição do Almeida (1), Elísio Medrado (26), Jaguaripe (40), Jiquiriçá (2), Laje (29), Muniz Ferreira (14), Mutuípe (23), Nazaré (2), Santo Antônio de Jesus (14), São Felipe (9), São Miguel das Matas (6), Ubaíra (3), Acajutiba (4), Alagoinhas (1), Caatiba (2), Nova Canaã (1), Itamari (3), Jequié (1) e Jitaúna (3).

PRIMEIRO CASO NO PAÍS

A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmiti do porartrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae, conforme Ministério da Saúde (MS). O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

De acordo com o MS, a transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

HÁ DOIS TIPOS DE CICLOS DE TRANSMISSÃO DA DOENÇA

*Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

*Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.  Do PIMENTA com informações da TV Bahia.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *