Nova espécie de cobra-de-duas-cabeças é descoberta na Bahia || Foto Thiago Barbosa Da Silveira
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Uma nova espécie de cobra-de-duas-cabeças, conhecida cientificamente como Amphisbaena amethysta, foi descoberta na região norte da Serra do Espinhaço, no município de Caetité (BA). A nova espécie foi descoberta após as atividades de resgate de fauna realizadas pela Bahia Mineração (Bamin) nas áreas do Projeto Mina Pedra de Ferro.

Os estudos revelaram que a Amphisbaena amethysta, com cerca de 26 cm de comprimento, é a 71ª espécie do gênero, possuindo características do seu corpo que a distinguem de outras espécies já conhecidas. A análise genética através de exames de DNA e comparação com outros animais da mesma família confirmou que se trata de uma nova espécie.

Matheus Benício, gerente de Meio Ambiente da Bamin, explica que a espécie é um réptil popularmente chamado de cobra-de-duas-cabeças e passa a maior parte do tempo debaixo da terra. “O corpo da Amphisbaena é alongado e sem patas, fazendo com que pareça uma cobra. O nome curioso vem da sua cauda arredondada, que se assemelha à cabeça “, explica. De acordo com Benício, apesar da aparência, esses animais não são perigosos e desempenham um papel essencial no ecossistema, alimentando-se de insetos e pequenos invertebrados.

PRESERVAÇÃO

A Amphisbaena amethysta recebeu esse nome devido à localidade onde foi encontrada, “Brejinho das Ametistas”, um distrito ao sul de Caetité conhecido pela extração de ametista, um tipo de quartzo abundante na região. A descoberta aconteceu na Serra do Espinhaço, uma região de transição entre os biomas da Caatinga e do Cerrado, o que favorece uma grande diversidade de espécies. A nova cobra-de-duas-cabeças foi encontrada em altitudes médias de 1.000 metros, onde a combinação de diferentes tipos de vegetação cria um habitat único e rico em biodiversidade.

Segundo Marcelo Dultra, gerente-geral de Sustentabilidade da Bamin, a empresa tem desempenhado papel importante na preservação da fauna local, mantendo uma área de 4.315 hectares de preservação ao redor da Mina Pedra de Ferro e executando todas as condicionantes ambientais com responsabilidade e rigor.

“A descoberta demonstra como a conservação e a mineração podem caminhar juntas. Isso é um exemplo claro de que é possível desenvolver atividades econômicas e, ao mesmo tempo, contribuir para a preservação da biodiversidade”. Para ele, o resgate de fauna realizado constantemente pela equipe da BAMIN tem sido essencial para garantir que as espécies locais, muitas delas ainda pouco estudadas, sejam preservadas.

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