“QUALIDADE” ANDA AO LADO DE ADJETIVOS
NOSSO FUTEBOL PRECISA DE “QUALIDADE”
É quando surge o falar brasileiro e faz a necessária adaptação. “Ronaldinho é um jogador de muita qualidade”, diz o narrador da tevê; “O ataque do Vasco não funciona porque falta qualidade no passe”, emenda o outro. Talvez regido pela lei do menor esforço (que abordaremos a qualquer dia), o falante eliminou o adjetivo, tornou a frase mais econômica e, pasmem, todos entendemos o que ele quis dizer: o jogador é de boa qualidade e o passe é de má qualidade. Noel Rosa já dizia: “Isto é brasileiro, já passou de português” – mas o jornalismo não se pode permitir tal gênero de grosseria. Um jornalista tem que escrever tão bem quanto um romancista, sentencia Dad Squarisi.
NO HEROI MACUNAÍMA, “NENHUM CARÁTER”
![3 Macunaíma](https://157.230.186.12/wp-content/uploads/3-Macunaíma.jpg)
“SHANE” OU… “OS BRUTOS TAMBÉM AMAM”
![4 shane](https://157.230.186.12/wp-content/uploads/4-shane.jpg)
PERSONAGENS QUE NÃO TÊM AMOR A NINGUÉM
![5 Os brutos também amam](https://157.230.186.12/wp-content/uploads/5-Os-brutos-também-amam.jpg)
CRÍTICO OBSESSIVO VIU O FILME 82 VEZES
Shane é um clássico que tem lugar na estante de qualquer fã do faroeste. Densidade psicológica e feitura cuidadosa se destacam nesse trabalho que produziu até um especialista obsessivo no Brasil, o crítico Paulo Perdigão (1939-2007): ele viu Os brutos… 82 vezes, foi conhecer o set de filmagens nos Estados Unidos, entrevistou o diretor (na foto, à direita) e escreveu um livro a respeito do filme (Western clássico — gênese e estrutura de Shane). Treze críticos declararam à Folha de S. Paulo (1984) que este é o maior western de todos os tempos. Para Moniz Viana, “Shane é uma das obras mais perfeitas que não só o gênero, mas o próprio cinema produziu”.
UM SAXOFONISTA GRANDE E POUCO BADALADO
![7 Sonny Stitt](https://157.230.186.12/wp-content/uploads/7-Sonny-Stitt.jpg)
TODA A FAMÍLIA DO SAX, MENOS O SOPRANO
![8 Dizzy Gillespie-1](https://157.230.186.12/wp-content/uploads/8-Dizzy-Gillespie-1.jpg)
FILHO DE “BIRD” PARKER E DEXTER GORDON
![Dexter Gordon](https://157.230.186.12/wp-content/uploads/9-Dexter-Gordon.jpg)
do que a Parker. Dessa combinação do clássico “Bird” Parker e do moderno bebop de Gordon, nasceu o estilo Sonny Stitt. Aqui, para quem é do ramo (e quem não é está perdendo muito), o sax alto de Stitt num dos temas mais populares do jazz: Stardust (creio que, em língua de barbares, quer dizer “poeira de estrelas”).
O.C.
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Ousarme e as aulas semanais para revigorar-nos das pedradas diárias dos veículos de comunicação.
Dá-lhe, Ousarme.