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Uma irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, Daniela da Nóbrega, acusou o Palácio do Planalto de ter oferecido cargos em troca da morte do ex-membro do Bope. A declaração foi gravada por escuta telefônica da Polícia Civil do Rio de Janeiro, há dois anos, dois dias após a morte de Adriano. A interlocutora de Daniela era uma tia.

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, disse ela na gravação autorizada pela Justiça, que encerrou o sigilo do seu conteúdo nesta quarta-feira (6).

Adriano morreu durante operação policial na cidade de Esplanada, na Bahia, no dia 9 de fevereiro de 2020. Laudo do Departamento de Polícia Civil da Bahia descartou a hipótese de execução. O ex-capitão é suspeito de matar Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada no dia 14 de março de 2018.

Membros da família do ex-policial eram ligados à família do presidente Jair Bolsonaro (PL) e teriam participado do suposto esquema da “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador.

A Folha de S. Paulo divulgou a escuta de Daniela e outras gravações sobre o caso. Confira matéria aqui.

Simulação confirma versão de policiais e descarta execução, segundo laudos e SSP-BA
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A reprodução simulada, promovida pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), confirmou que o miliciano Adriano da Nóbrega atirou sete vezes contra três policiais militares baianos, no dia 9 de fevereiro deste ano, informa a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Com o término das perícias, o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) concluiu o inquérito sobre a operação.

“Através dos depoimentos de testemunhas e dos envolvidos, além dos exames do DPT, percebemos que os policiais atuaram na tentativa de efetuar a prisão e acabaram entrando em confronto, após disparos de Adriano”, afirmou o diretor do Draco, delegado Marcelo Sansão. Segundo ele, as declarações e perícias convergiram.

Acusado da morte de Marielle Franco, Adriano morreu em confronto na Bahia || Reprodução

O perito criminal José Carlos Montenegro, um dos responsáveis pela reprodução simulada, frisou que os policiais foram ouvidos separadamente. “Remontamos o cenário, com cada um de forma isolada, e a sequência relatada foi a mesma. O cenário analisado retrata um confronto”, destacou. Disse ainda que o miliciano disparou sete vezes, sendo que dois projéteis atingiram o escudo dos policiais e os outros a parede e uma janela.

O diretor do Instituto Médico Legal (IML), perito médico legal Mário Câmara, reforçou que a necropsia não constatou tortura e nem tiros com as armas encostadas em Adriano. “Foram dois tiros que atingiram Adriano, em distâncias superiores a um metro”, concluiu o perito.

Marielle Franco foi executada no Rio de Janeiro || Foto Divulgação

O miliciano é um dos nomes envolvidos na execução da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. O crime foi cometido no Rio de Janeiro (RJ), em 14 de março de 2018, e teve repercussão internacional. As investigações

corpo de Adriano da Nóbrega é liberado para sepultamento
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O corpo de Adriano da Nóbrega, acusado de chefiar uma milícia no Rio de Janeiro, foi liberado para sepultamento nesta sexta-feira (21). A liberação do corpo do ex-policial militar ocorreu após a a segunda perícia, realizada na noite de quinta-feira (20), no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro (IML-RJ), por determinação da Justiça baiana. Ele foi morto durante uma operação policial na Bahia.

O novo exame não apontou sinais evidentes de tortura, segundo o médico legista Talvane de Moraes, que acompanhou a necrópsia como convidado dos legistas contratados pela família de Adriano, Francisco Moraes Silva e Ari Fontana, que vieram do Paraná.

Novos exames laboratoriais serão feitos para complementar o laudo, que deverá ser apresentado à Justiça baiana em 15 dias. Um representante do Ministério Público da Bahia também acompanhou o procedimento.

O novo exame foi determinado pelo juiz da comarca de Esplanada , Augusto Yuzo Jouti, que atendeu pedidos do MP-BA e de familiares do ex-policial, morto no último dia 9 deste mês em confronto com policiais militares baianos. Com informações da Agência Brasil.