Senai oferece mais de 7 mil vagas de cursos técnicos na Bahia || Foto Valter Andrade/Coperphoto/Fieb
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Quem busca oportunidade de cursos técnico gratuito deve ficar atento à oferta do Senai em 15 cidades da Bahia. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial abriu 7.024 vagas no estado, das quais 1.060 com bolsas integrais  – 507 são para cursos presenciais e 553 para cursos semipresenciais.

As bolsas de estudo são destinadas a estudantes que tenham obtido pontuação média igual ou superior a 500 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos anos de 2019, 2020, 2021, 2022 ou 2023 que declararem baixa renda e atenderem a outros requisitos previstos no edital do processo seletivo.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela internet, a partir desta segunda-feira, 04 de novembro, até o dia 19 de dezembro de 2024, no endereço www.tecnicosenai.com.br, ou presencialmente nas centrais de atendimento ao candidato das unidades do Senai.

Aqueles que não atenderem aos requisitos para se candidatar às bolsas podem se matricular, dentro do mesmo prazo, com desconto de 40% na primeira mensalidade. O desconto vale tanto para os cursos presenciais como para os semipresenciais.

ONDE SÃO OFERTADAS VAGAS

As vagas são distribuídas nos municípios de Alagoinhas, Barreiras, Camaçari, Feira de Santana, Ilhéus, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Salvador (Unidades: Cimatec e Dendezeiros), Senhor do Bonfim, Serrinha, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.

As 21 opções de cursos disponíveis são Administração, Agroindústria, Automação Industrial, Biotecnologia, Desenvolvimento de Sistemas, Edificações, Eletromecânica, Eletrotécnica, Logística, Manutenção Automotiva, Manutenção de Máquinas Industriais, Mecatrônica, Mecânica, Multimídia, Petroquímica, Planejamento e Controle da Produção, Qualidade, Química, Redes de Computadores, Refrigeração e Climatização e Segurança do Trabalho.

Mais informações, como os endereços das centrais de atendimento aos candidatos e o edital completo com os cursos oferecidos em cada unidade estão disponíveis no site dos cursos técnicos: www.tecnicosenai.com.br.

Produção de ovos na Bahia atinge recorde no segundo trimestre de 2024 || Foto Seagri/Divulgação
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A Bahia bateu recorde de produção de ovos no segundo trimestre de 2024, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 22,386 milhões de dúzias produzidas, o período representa o melhor resultado desde o início da série histórica do IBGE, em 2001.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 7,5%, saltando de 20,818 milhões de dúzias. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, o aumento foi ainda mais significativo, com um crescimento de 13,8% em relação às 19,673 milhões de dúzias produzidas.

Embora São Paulo continue liderando a produção nacional, com 26,3% do total no segundo trimestre de 2024, a Bahia, apesar de ocupar a 12ª posição com 1,9%, demonstra um crescimento consistente e um potencial de expansão significativo.

OVOS DO VALE

Jackson Rodrigues, diretor da granja Ovos do Vale, um dos destaques do setor, revela que os números de sua propriedade superam ainda mais as médias estaduais. “Tivemos um aumento de 25% na produção em relação ao primeiro semestre do ano passado. Essa expansão nos permitiu oferecer mais produtos e, consequentemente, reduzir os preços nas gôndolas dos supermercados”, afirma.

 

Cacauína, produto da marca Chocolate Coroa Azul || Foto AnaLee
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O Hotel Aldeia da Praia, em Ilhéus, será palco da 1ª Conferência do Mel de Cacau – Transformando Resíduo em Valor, no próximo sábado (22), das 9h30min às 15h30min. O evento terá mesas de discussão e exposição de produtos. A iniciativa é da CacauLabs, com apoio da Fundação Cargill.

A Conferência é voltada para pequenos agricultores interessados em expandir seu rol de produtos com a transformação do mel de cacau em derivados. A inscrição é gratuita e deve ser feita no site da CacauLabs (www.cacaulabs.com). As vagas são limitadas.

PARTICIPAÇÕES CONFIRMADAS

A mesa de discussão Mel de Cacau: qual o seu valor? A Pergunta de Milhões terá a colaboração dos produtores Paulo Torres e Osvaldo Brito, que administram as fazendas Novo Oriente e Taboquinhas, respectivamente.

Já o segundo debate, sobre tendências e inovações no beneficiamento do mel de cacau, contará com a presidente da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia, Carine Assunção. A gestora vai apresentar detalhes da fabricação da Cerveja Cabruca, que incorpora o resíduo da secagem do cacau em sua receita.

Outra atração da Conferência será a mostra de materiais audiovisuais produzidos durante expedição da equipe da CacauLabs, em 2021.

Vilas-Boas defende tecnologia e experiência de quem produz para a virada no cacau e chocolate
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O médico e cacauicultor Fábio Vilas-Boas, ex-secretário estadual da Saúde, considera o investimento em tecnologias e a aposta na experiência de quem produz como receita para a Bahia conseguir avançar na produção de cacau e chocolate. Para ele, a história do cacau baiano está muito bem representada no Salão do Chocolate de Paris 2021, que começou na última quinta (28) e vai até a próxima segunda (1º).

Para Fábio Vilas-Boas, a balança comercial impõe o desafio de expandir o beneficiamento do cacau em solo brasileiro. “A gente precisa exportar a produção interna com o máximo de valor agregado, fortalecer a economia da região cacaueira e gerar empregos. Isso passa por ajudar a resolver a questão da dívida dos cacauicultores, assim como oferecer apoio técnico e financeiro para a modernização da lavoura”, aponta.

Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas (Abicab), o Brasil produziu 757 mil toneladas de chocolate e exportou 29,6 mil toneladas do produto em 2020, com receita de US$ 100,6 milhões. Já as importações somaram 16 mil toneladas ao custo de US$ 114,2 milhões.

Itabuna registra mais seis óbitos pela Covid-19
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A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) publicou, nesta quarta-feira (21), edital de processo seletivo para 6.510 vagas de cursos técnicos. As oportunidades são para estudantes que concluíram o Ensino Médio da rede pública de ensino.

CURSOS

Os cursos abertos são: Agente Comunitário de Saúde, Agroecologia, Administração, Agroindústria, Agropecuária, Alimentos, Análises Clínicas, Biotecnologia, Composição e Arranjo Musical, Dança, Desenho e Construção Civil, Edificações, Eletrotécnica, Enfermagem, Gastronomia, Gerência em Saúde, Guia de Turismo, Informática, Instrumento Musical, Logística, Mecânica, Meio Ambiente, Nutrição e Dietética, Áudio e Vídeo, Química, Recursos Humanos, Redes de Computadores, Regência, Saúde Bucal, Secretariado, Segurança do Trabalho, Serviços Técnicos Jurídicos e Zootecnia.

CIDADES E SORTEIO DAS VAGAS

As vagas são para 47 municípios da Bahia, a exemplo de Itabuna, Valença, Teixeira de Freitas, Irecê, Itororó, Vitória da Conquista, Ipiaú, Jequié, Salvador e Eunápolis. Confira a lista completa no edital.

As inscrições devem ser feitas no Portal da Educação até 2 de agosto. O processo seletivo vai ocorrer por meio de sorteio, no próximo dia 3, com transmissão ao vivo no canal oficial da SEC no Youtube.

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Antonio Zugaib || [email protected]
 

A regulamentação de uso da indicação geográfica, obtida pela Associação Cacau Sul Bahia, é um instrumento valioso para se conseguir uniformidade na qualidade, necessária para uma boa comercialização do produto, principalmente no mercado externo.

 
A cacauicultura do sul da Bahia já passou por diversas ondas de desenvolvimento. Primeiro foi a onda de desenvolvimento agrícola, quando os produtores de cacau – baianos, árabes e sergipanos – substituíram as plantações de cana-de-açúcar, com seus diversos engenhos, espalhadas neste rica Capitania de São Jorge dos Ilhéus, por plantações de cacau. Com suor e luta, os produtores de cacau implantaram nesta região um sistema denominado Cabruca, sistema este admirado no mundo inteiro, pois consegue extrair da terra seu valor econômico, conservando e preservando a mata atlântica.
Neste sistema de produção de cacau existente há cerca de 250 anos, a cacauicultura do sul da Bahia despertou o mundo produzindo uma quantidade significativa de cacau estimulando o interesse de exportadores e processadores a se localizarem na região, dando início a segunda onda de desenvolvimento, que chamamos de industrialização. Vieram os Kaufmann, implantando inicialmente o Chocolate Vitória, os Wildberger trazendo as empresas exportadoras e, posteriormente, as indústrias Barreto de Araújo, a Berkau, a Cargil, a Chadler, a ADM Cocoa, a Nestlé, assim como, através da organização dos produtores locais, a Itaísa. Neste ciclo de desenvolvimento produzimos líquor, torta, manteiga e pó de cacau. Iríamos chegar a cobertura do chocolate quando uma série de fatores conjunturais e estruturais desagregaram a economia cacaueira, culminando com a chegada da vassoura-de-bruxa, provocando um retrocesso sem precedentes dessa economia, com fechamento de fábricas e descapitalização dos produtores.
Atualmente, estamos voltando a um estágio de desenvolvimento muito mais forte, porque não estamos com a visão só na matéria-prima, nem tampouco em um chocolate de cobertura ou chocolate de massa. Estamos entrando em uma terceira onda de desenvolvimento que estou chamando de “Customização”. Customização é um substantivo feminino que remete para o ato de customizar e significa personalização ou adaptação.  
A customização consiste em uma modificação ou criação de alguma coisa de acordo com preferências ou especificações pessoais. Assim, customizar é alterar alguma coisa segundo o seu gosto pessoal. É isto que está acontecendo na cacauicultura do sul da Bahia. Os consumidores estão experimentando o chocolate segundo seu gosto pessoal. E a maioria dos consumidores deste produto que é preferência nacional já decidiu saborear um chocolate com alto teor de cacau.
Experimentos são realizados por meio de novas variedades desenvolvidos pela Ceplac e parceiros, onde é feita uma análise sensorial do chocolate sobre variáveis importantes, como aroma, sabor, derretimento, dureza, amargor e acidez, sem deixar de lado a localização, o porte, o tamanho dos frutos, o peso total das sementes secas por fruto, nem tampouco a produtividade do cacaueiro.
O chocolate é visto como um produto especializado que precisa de profissionalismo para ter sucesso no empreendimento. Para isso, a regulamentação de uso da indicação geográfica, obtida pela Associação Cacau Sul Bahia, é um instrumento valioso para se conseguir uniformidade na qualidade, necessária para uma boa comercialização do produto, principalmente no mercado externo. Porém, obtido esse profissionalismo estaremos no topo do mercado, obtendo um preço mais compensador, pois estaremos agregando valor ao nosso produto. Com uma boa política de crédito rural, os produtores poderão transferir toda a tecnologia gerada pela Ceplac, através de clones de alta produtividade e poderão reviver momentos felizes novamente.
Antonio Zugaib é engenheiro agrônomo, mestre em Economia Rural, técnico em Planejamento da Ceplac e professor da Uesc.

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Joelson Ferreira, do Terravista, em Arataca, no sul da Bahia || Foto Daniel Thame/GovBA

Chocolate produzido por assentados ganhou Paris

O Assentamento Terra Vista, criado em 1994, foi uma das primeiras áreas de reforma agrária no sul da Bahia, surgido no auge da crise provocada pela vassoura-de-bruxa, que dizimou 80% da produção de cacau na região. Hoje é exemplo de projeto de agricultura familiar com foco na sustentabilidade e na educação.
Com 910 hectares, sendo 300 hectares de cacau e 313 hectares de Mata Atlântica, o Terravista possui 55 famílias. Elas produzem cerca de 5 mil arrobas de cacau 100% orgânico, por ano. A produtividade alcança cerca de 70 arrobas por hectares, que, aliados ao cultivo de frutas, verduras e hortaliças, garantem uma renda média de 2,5 salários mínimos por família. Do cacau, 10% é destinado à produção do Chocolate Terra Vista, um produto premium que já foi apresentado no Salão do Chocolate de Paris.
“A produção de cacau e a conservação da natureza são práticas indissociáveis nesse novo modelo de desenvolvimento”, explica o coordenador do Terra Vista, Joelson Ferreira. “O cuidado com a terra, a melhoria das amêndoas a produção orgânica e um modelo educacional focado nas necessidades do setor rural estão contribuindo para que os assentados tenham uma vida digna, sem necessidade de migrar para as incertezas dos centros urbanos”, diz.
A educação é uma prioridade no assentamento. Funcionam no local o Centro Integrado Florestan Fernandes e o Centro de Educação Profissional Milton Campos. O primeiro oferece o Ensino Fundamental I e II e atende alunos de 11 municípios, enquanto o segundo oferece os cursos profissionalizantes de Agroecologia, Meio Ambiente, Agroindústria, Agroextrativismo, Informática, Zootecnia e Segurança do Trabalho, além de um curso de nível superior em Agronomia, com especialização em Agroecologia. Os universitários são oriundos de assentamentos de todas as regiões da Bahia.