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Veridiano aprova parceria institucional de Ceplac e UFSB (Foto Pimenta).
Veridiano aprova parceria institucional de Ceplac e UFSB (Foto Pimenta).

O diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Sintsef), José Carlos Veridiano, o Badega, elogiou a parceria institucional entre a Ceplac e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) que resultou, entre outros avanços, na doação de um terreno onde será erguida a primeira etapa do patrimônio físico da universidade. A transferência da área de 37 hectares ocorreu na terça-feira (9).

De acordo com o sindicalista, a parceria vai permitir à Ceplac se reinventar como órgão fomentador do desenvolvimento regional. “A Ceplac, em sua atual configuração, já não consegue dar as respostas que um dia deu, embora ainda seja o principal órgão público com essa vocação na região. Por seu lado, a universidade ainda não dispõe dos meios e da expertise que nós temos, mas chega com um time de especialistas e com tecnologias que muito nos ajudarão em nossa missão”.

Segundo Badega, que é servidor da Ceplac, o terreno é uma pequena parte dentro de um grande arco de ações que resultarão, em breve, em mais desenvolvimento, mais empregos e melhores condições de vida para nossa região.

“Eu vejo, por exemplo, o atendimento ao produtor – de um público específico – por meio de videoconferência, a partir da tecnologia de banda larga que a UFSB está trazendo. Mas vejo também professores, estudantes e nossos pesquisadores interagindo em busca de soluções para os problemas do cacau e das demais culturas que estiverem sendo desenvolvidas aqui”.

AVANÇOS

Badega lembra que ainda durante governo do hoje ministro da Defesa Jaques Wagner, ele, juntamente com outros ceplaqueanos, se reuniram por algumas vezes com o então governador, para tratar da parceria com a USFB, da reestruturação da Ceplac e posterior realização de concurso para contratação de pessoal.

Ele observa que esse esforço levou o mundo político a referendar a modernização da Ceplac, em forma de assinatura de um pedido conjunto, pelos deputados estaduais da Bahia, de sua reestruturação e a posterior realização do concurso. “Então, essa parceria Ceplac/UFSB tem sido benéfica e vai nos ajudar enquanto instituição, mas trará um resultado muito mais expressivo para o desenvolvimento regional”, declara José Carlos Veridiano.

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Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA): Helinton José Rocha, representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, participa de audiência pública sobre o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura FamJosé Carlos Veridiano (Badega), delegado regional do Sintsef, voltou a se levantar contra o que chama de enrolation na Ceplac. A direção geral do órgão quer realizar concurso público com 514 vagas, sem antes promover a sua institucionalização. Badega é contra. Acredita que só concurso não resolve.
O embate provoca ranger de dentes dentro da Ceplac. Justamente por causa dessa disputa, o diretor geral, Helinton Rocha, não compareceu à solenidade do Dia Internacional do Cacau, no domingo (27), na sede regional em Ilhéus. Foi representado por Elieser Correia.
Badega provoca:
– Ele, que nem sabe o que é cacau nem entende de Ceplac, deu calundu e não veio.
Aliás, nem só o diretor geral faltou ao evento. Os deputados Geraldo Simões e Josias Gomes não deram o ar da graça. Por lá, apenas o líder do PT na Assembleia, o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), festejado por ter incluído, na Lei Ambiental, a possibilidade de manejo certificado em áreas de cabruca no Sul da Bahia (veja matéria abaixo).

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Wagner em audiência com ceplaqueanos na última quinta.
Wagner em audiência com ceplaqueanos na última quinta.

O governador Jaques Wagner recebeu representantes do Sindicato dos Servidores Federal (Sintsef) na última quinta (17). Na agenda, a modernização da Ceplac. A audiência foi solicitada pelo delegado regional do sindicato, José Carlos Veridiano, quando da última visita de Wagner a Itabuna.
– Estamos recebendo uma nova massa crítica. Entendemos que a região passará por uma profunda transformação e a Ceplac, como está hoje, não vai responder a essas demandas – ressaltou Veridiano (Badega) ao explicar o motivo da audiência.
Wagner se comprometeu para, em conjunto com ceplaqueanos e lideranças regionais, lutar pela reestruturação da Ceplac.
“Ele foi sensível à nossa demanda, por entender, inclusive, que faz parte de uma agenda que é do próprio governo estadual, assim como do federal”, resume Badega.
Para o grupo, a modernização do órgão federal não passa apenas pela realização de concurso. Primeiro, a institucionalização, depois o concurso. É uma ideia já exposta aqui no PIMENTA pelo dirigente do Sintsef em entrevista (reveja aqui).
Participaram da audiência o presidente do Sintsef Bahia, Edvaldo Pitanga, o chefe de Gabinete da Serin, Martiniano Costa, o presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, e os deputados federais Josias Gomes e Geraldo Simões, além dos ceplaqueanos Jackson Moreira, Sílvio Roberto e  Afrânio Andrade.

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O ex-vereador José Carlos Veridiano (Badega) pode voltar ao PT e disputar novamente uma vaga à Câmara de Vereadores de Itabuna. No início desta tarde, Badega concedeu entrevista ao PIMENTA e disse que a tendência é pela volta ao partido que ajudou a fundar.
O ceplaqueano foi presidente da legenda em Itabuna e também o primeiro vereador petista no município, na legislatura 1993-1996, quando três edis foram cassados por “malfeitos” e só retornaram à Casa, pela via Judicial.
Ontem à tarde, Badega ouviu pedidos dos dirigentes locais para que retornasse, dentre eles o da prefeiturável Juçara Feitosa. Veridiano, que esteve no PMDB, disse na entrevista que volta ao partido por causa da militância e não a serviço de alguém.
Na entrevista, ele fala do possível retorno, prevê eleição disputadíssima a prefeito e definição entre Capitão Azevedo (DEM) e o nome do PT (Juçara Feitosa e Geraldo Simões são os nomes petistas) e analisa o desempenho dos vereadores:
– Eu tenho vergonha dessa Câmara.
Confira.
PIMENTA – O senhor retornará mesmo para o partido?
JOSÉ CARLOS VERIDIANO – O partido vem conversando comigo há sete, oito meses. Como eu tenho sido e sempre fui tratado de uma maneira tão especial pelos militantes, resolvi conversar com a direção do partido.
E a conversa vai dar em retorno?
Eles fizeram um apelo unânime, insistiram. Resolvi apreciar esse convite, consultar minha família e pessoas com quem sempre converso. A sinalização dessas pessoas é positiva [pelo retorno]. Não está 100% decidido, mas a tendência é pelo retorno.
O partido já divulga sua refiliação amanhã, no Grapiúna. O senhor vai ao evento?
Eu pedi ao pessoal para me preservar em relação a esse movimento. Se for para ajudar a levantar o astral do partido, eu gostaria de ir, porém, ainda não fechei o círculo de reuniões. Mas eu gostaria de deixar claro que em um retorno não serei pró Josias [Gomes] nem Geraldo [Simões]. Volto pela militância. Não estou retornando para servir a ninguém. Meu compromisso é com o partido.
O senhor disputará vaga à Câmara em 2012?
Inicialmente, não. Gostaria de ter mandato para trabalhar, dar o melhor para a minha cidade e não repetir o que vemos aí, gente preocupada em fazer pé-de-meia. Mas não reúno condições financeiras para sair candidato. Se as condições forem dadas mais adiante, até posso ser.

O Caso Sérvia é hoje uma gota d´água no meio do oceano em relação ao que acontece atualmente. Eu tenho vergonha dessa Câmara de Vereadores.

O senhor foi o primeiro vereador do PT em Itabuna, no início da década de 90. Era uma legislatura diferenciada, apesar do Caso Sérvia. Como é que vê a Câmara que temos hoje?
Mas o Caso Sérvia foi investigado. Apuramos e punimos com rigor os envolvidos, cassamos vereadores (no episódio, foram cassados José Raimundo, Herlon Brandão e Gegéu Barbosa, que depois retornaram por via judicial, mas absolvidos Eli Barbosa e José Domingos). Aquele caso é hoje uma gota d´água no meio do oceano em relação ao que acontece atualmente. Eu tenho vergonha dessa Câmara de Vereadores.
No que aquela legislatura se diferencia da atual?
Olha, naquela época nós tínhamos quatro assessores para 17 vereadores, e estes eram funcionários da Câmara. Era o assessor de comunicação da Câmara (Gonzalez Pereira, que era efetivo), os assessores jurídico e parlamentar e o diretor-administrativo. Não tinha verba parlamentar, não. O repasse era correspondente a 30%, 40% do que se recebe hoje em relação ao Orçamento. Agora, passa dos R$ 700 mil e esse dinheiro se consome todo. Isso é absurdo.
Eram quatro assessores para a Câmara?
Sim, e a Câmara funcionava. No meu gabinete, era eu e eu mesmo. Tudo era feito por mim com auxílio de colegas experientes ou de voluntários como os jornalistas Luiz Conceição e Ederivaldo Benedito e outras pessoas que sempre nos davam sugestões. Os vereadores hoje deveriam ter, no máximo, três, quatro assessores cada e não torrar dinheiro público enquanto vemos a cidade entregue ao lixo e às baratas.
O número de vereadores vai aumentar em Itabuna para 21 em 2013.
Eu acho muito. O ideal seriam 17. Eu acho muito para Itabuna 21 vereadores, até porque boa parte não pensa na população, mas em salário, pé-de-meia.
E o senhor disputando em 2012, terminando eleito…
Sendo vereador? Eu dispensaria metade dessa verba de gabinete. A Câmara não poder ser “Ilha da Fantasia”. Temos que nos adaptar à realidade da nossa região. O pior é vereadores fazerem empreguismo na Câmara. Eu era do partido de Geraldo [prefeito à época], mas nunca empreguei ninguém na prefeitura, nem botei parente meu. Nunca pedi emprego para nenhuma pessoa nem fiz empreguismo na Câmara ou na prefeitura.

Não sei o que o Ministério Público fazendo, porque foram feitas denúncias e ninguém ouviu um pio dos promotores.

Nesse sentido, a pressão em 2013 vai ser ainda maior, não?
É… O prefeito que for eleito vai perder os cabelos. Em vez de negociar com 13… Vamos ter poucos que não vão querer vender seu mandato [ao prefeito]. Isso é uma coisa deprimente. É corrupção deslavada que deve ser combatida duramente pela imprensa e pelas pessoas. Não sei o que Ministério Público fazendo, porque foram feitas denúncias no MP e ninguém ouviu um pio dos promotores. E a cidade entregue aos desmandos. Assim, a população começa a desacreditar em todo político.
É por causa dessa descrença que o senhor não pensa em disputar eleição?
Não, não é. Gostaria de ter mandato para fazer diferença. A gente tem que ir pelos meios legais para ser direito. Ter mandato pelos meios direitos é difícil, a não ser que tenha grupo de pessoas amigas, amigos direitos e que depois não queiram cobrar nenhum tipo de benefício pessoal. Mas não descarto a candidatura. A gente nunca deve perder a esperança.

Eu não perdi a esperança, gosto de fazer política. Na minha Câmara, a maioria era de pessoas direitas.

Mesmo com os fatos recentes?
Eu não perdi a esperança, gosto de fazer política. Na minha Câmara, a maioria era de pessoas direitas, Leo Guimarães, José Domingos, Herlon Brandão, Ana Carolina, Davidson Magalhães, José Japiassu, Anorina [Smith Lima]. Tínhamos grupo qualificado que discutia política e trabalhava mesmo.
O senhor tem a dimensão do que representaria retornar ao partido?
A dimensão exata eu não tenho (risos). Mas nunca fui uma pessoa que desacreditou na política. Acho desperdício não participar, com ideias, debates. Outra coisa que me influenciou a retornar para o PT foi o projeto nacional, que está dando certo. Antes de Lula, a Bahia só tinha uma universidade federal e agora vai ter quatro.
O senhor acha que o PT chega em condições favoráveis para disputar a prefeitura de Itabuna?
Itabuna ainda tem perfil de Vasco x Flamengo, de eleição disputada. Um bom número vai votar em que está na prefeitura pela questão ideológica. Pelo que está a cidade, o prefeito teria 3%, 4% dos votos. Vai ganhar em 2012 quem agregar mais. A disputa será definida entre o grupo que está na prefeitura e o grupo do PT. Não será eleição fácil para ninguém.