Pelo menos três seguranças do Atakarejo estão entre os presos
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A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (11) um homem suspeito de envolvimento na morte de Bruno e Yan Barros da Silva, encontrados mortos no dia 26 de abril, em Salvador, após furto de carnes no supermercado Atakadão Atakarejo. O homem tinha mandado de prisão temporária aberto e se apresentou ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele é a nona pessoa presa no curso da investigação do caso.

De acordo com a titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), delegada Zaira Pimentel, o homem já tem passagem policial por tráfico de drogas. Ele está à disposição da Justiça.

Conforme a Polícia Civil, pelo menos três seguranças do supermercado estão entre os presos. Outros investigados, também detidos, teriam ligação com o tráfico de drogas.

Bruno e Ian aparecem rendidos por seguranças de supermercado em imagens que circulam nas redes sociais
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Bruno Barros da Silva, de 29 anos, e Yan Barros da Silva, 19, foram encontrados mortos dentro do porta-malas de um carro, no bairro de Brotas, em Salvador, na última segunda-feira (26). Horas antes, eles tinham furtado pacotes de carne no supermercado Atakadão Atakarejo, em Amaralina. Bruno era tio de Yan.

Os corpos tinham marcas de tiros e sinais de tortura. Familiares das vítimas disseram ao jornal Folha de S. Paulo que os seguranças do supermercado entregaram Bruno e Yan a traficantes de Amaralina.

Bruno enviou mensagem de áudio a uma amiga após o furto. Estava em apuros. Queria dinheiro para pagar a mercadoria furtada. “Se ligue, rodei no nordeste [de Amaralina]. Aqui, vê se desenrola R$ 700 para pagar as carnes que peguei aqui”, disse.

A Polícia Civil tem indícios sobre a autoria do duplo homicídio, mas ainda não pode divulgar detalhes.

O supermercado, segundo a Polícia Civil, não registrou ocorrência policial sobre o furto da carne. De acordo com a nota do Atakadão Atakarejo sobre o caso, trata-se “de fatos que envolvem segurança pública e que certamente serão investigados e conduzidos pela autoridade pública competente”.

O texto diz ainda que, “por agir de acordo com a legislação vigente e atuar rigorosamente com as normas legais, o Atakadão Atakarejo está à disposição e colaborando com todas as informações necessárias para a investigação”.

O deputado estadual Jacó (PT), presidente da comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia, exigiu investigação rigorosa sobre as circunstâncias dos homicídios. Nesta sexta-feira (30), a família de Bruno e Ian fizeram um ato por justiça em frente à sede do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).