Mãe de Lázaro conta que sofre ameaças de morte
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“As pessoas falam que eu mereço morrer da mesma forma que a família de Ceilândia (DF). Ligam me chamando de bandida, falam que sabem onde estou e em seguida falam direitinho meu endereço. As pessoas nem olham mais nos meus olhos. Pensei muito em sair daqui, mas não tenho para onde ir”, relata a baiana Eva Maria Sousa, mãe de Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos.

Lázaro é acusado de ter cometido 12 crimes no período de 2007 a maio de 2021, entre eles tentativa de estupro, roubo e homicídio. Desde o último dia 9, ele é procurado por centenas de policiais.

O baiano, do Barra do Mendes, é acusado de matar o empresário Cláudio Vidal, 48, e seus dois filhos, Gustavo, 21, e Carlos Eduardo, 15 . Os corpos foram encontrados na chácara da família, em Ceilândia (DF), com marcas de tiros e facadas. A mulher de Cláudio, Cleonice Marques, 43, foi sequestrada e encontrada morta três dias depois.

Semanas antes desses crimes, Lázaro teria atirado contra moradores dentro de uma propriedade em Cocalzinho (GO) e invadido uma casa em Ceilândia (DF), onde obrigou todos os moradores a ficarem nus, e roubou seus pertences.

“Eu queria conversar com eles, num primeiro momento, para pedir perdão. Perdão. Só perdão”, repete Eva Maria  , para depois suspirar e ficar em silêncio. Ela se refere aos familiares do empresário Cláudio Vidal.

MÃE NÃO ACREDITA QUE O FILHO É ESTUPRADOR

De fala rápida ao telefone, Eva Maria diz que “o povo fala muito” e não acredita em todos os crimes atribuídos ao primogênito. Ela defende que Lázaro tinha nojo de quem estuprava e que, por isso, não poderia ter cometido esse crime.

“Ele [Lázaro] matou, mas não mexeu com mulher, não. Isso é um demônio que atrapalha ele. Depois que faz, ele não sabe de nada e chora, sofre pelo acontecido. O que ele fez não foi do coração nem da alma”, defende dona Eva Maria.

No mesmo dia em que a família Vidal foi encontrada morta e Lázaro ser ser identificado como suspeito, Eva Maria e o marido, Getúlio José de Souza, foram demitidos pelo dono de uma chácara onde trabalhavam como caseiros. O patrão disse que não poderia continuar com eles após as ações de Lázaro.

Desde então, Eva Maria quase não sai de casa, a não ser para pegar comida na sogra. Sem renda, ela vive da ajuda da mãe do marido. Os vizinhos e amigos sumiram. A televisão e o rádio agora ficam desligados. Não quer mais escutar notícia ruim. Mas deseja ser ouvida, principalmente pelos parentes das famílias que passaram pelas mãos de Lázaro.

ASSASSINATOS NA BAHIA 

Lázaro foi preso pela primeira vez em 2007, na cidade natal, acusado de duplo homicídio, mas fugiu do cárcere. Dois anos depois, ele foi detido novamente, no Complexo Penitenciário da Papuda (CPP), em Brasília, por porte ilegal de arma de fogo, estupro e roubo. Lá, recebeu o diagnóstico de psicopatia imprevisível, com traços de agressividade, impulsividade e instabilidade emocional.

Em 2014 a Justiça autorizou sua ida para o regime semiaberto, em que o condenado tem o direito de trabalhar e fazer cursos fora da prisão durante o dia, e dormir na penitenciária à noite. Em 2016, Lázaro não retornou de uma de suas saídas. Só foi encontrado pela polícia em Goiás, em 2018, mas fugiu novamente. Com informações do UOL

Homem é acusado de matar quatro pessoas, balear outras três e incendiar casa
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Mais de 200 policiais seguem mobilizados na tentativa de prender o baiano Lázaro Barbosa Sousa, de 33 anos, suspeito de matar uma família em Ceilândia e aterrorizar moradores no Distrito Federal e Entorno. Já são seis dias de fuga após uma série de crimes e tentativa de homicídios.

De acordo com a polícia, Lázaro Barbosa, que nasceu no município baiano de Barra do Mendes, matou uma família inteira no último dia 9, em Ceilândia. Segundo a polícia, o suspeito invadiu uma casa e matou Cláudio Vidal, 48, e os dois filhos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. O bandido levou a empresária Cleonice Marques, de 43 anos, como refém. Ela era esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas

O corpo de Cleonice foi encontrado no sábado (12), em um córrego próximo a Sol Nascente, no Distrito Federal. O cadáver estava sem roupa e com diversos cortes. Já na tarde de domingo (13), o foragido furtou um carro em uma chácara de Cocalzinho (GO) e abandonou o veículo, um Corsa vermelho, após avistar um ponto de bloqueio montado pela polícia.

Lázaro é acusado de matar quatro pessoas, balear três, invadir chácaras, fazer reféns e atear fogo em uma casa — o ataque ocorreu na noite de sábado. Por volta das 8h de domingo, três caseiros de uma chácara afirmaram aos policiais que se depararam com o criminoso. Com facões e foices, foram fechar a porteira de uma chácara, em Cocalzinho, quando ficaram frente a frente com o suspeito, que fugiu.

Segundo os funcionários, o homem entrou em uma mata fechada próxima ao local. Para reforçar as buscas suspeito, mais 200 policiais e 50 viaturas do Distrito Federal e de Goiás se uniram e montaram uma base no trevo de Cocalzinho. Fazem parte do grupo unidades da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF).

INVASÃO DE FAZENDAS

A PMDF detalhou o rastro de violência deixado por Lázaro, no sábado. O suspeito invadiu a fazenda da família de um soldado da corporação. Segundo a polícia, Lázaro passou a tarde em uma chácara próxima à Lagoa Samuel, onde manteve um caseiro como refém.

Lázaro teria, ainda, ingerido bebida alcoólica, destruído o carro do rapaz e cortado os fios de wi-fi. Pouco depois disso, por volta de 19h, o suspeito invadiu outra residência, baleou três pessoas, roubou duas armas e munições. Os crimes não pararam por aí. O homem colocou fogo numa casa na região da Lagoa Samuel.

De acordo com a PMDF, 17 fazendas da região estão ocupadas por policiais para garantir a segurança da população. Segundo a corporação, as equipes estão distribuídas em pontos estratégicos, e as buscas ocorrem em propriedades e na mata com a ajuda de drones e cães farejadores. Saiba mais detalhes em leia mais.

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