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A justiça determinou a soltura de José Orlando Dias de Moura, que é acusado de jogar gasolina e atear fogo na idosa Hilda Quirino Santos, que tinha 79 anos, quando foi morta, em 2015, na pequena cidade de Gongogi, no sul da Bahia. Um neto da idosa também foi atacado, teve corpo incendiado, mas conseguiu sobreviver depois de ficar vários dias internado no Hospital de Base, em Itabuna.

Conforme decisão obtida pelo PIMENTA, José Orlando Dias de Moura foi solto por causa de excesso de prazo da custodia cautelar. Ele já estava detido há mais de quatro anos sem que o processo tenha sido concluído, segundo a juíza substituta da Vara do Júri e Execuções Penais de Ubaitaba, Andreia Aquiles Sipriano da Silva Ortega. A decisão foi publicada no Diário Eletrônico do Poder Judiciário da Bahia.

A notícia sobre a decisão judicial deixou a família de dona Hilda Quirino assustada, com medo que o homem retorne para cidade e volta atacar. Entre as pessoas que temem um novo ataque está o neto da idosa. O rapaz, que tinha 21 anos quando ficou gravemente ferido por causa das queimaduras, até hoje ainda assustado.

Na decisão, a juíza estabeleceu que José Orlando Dias deve comparecer as audiências, manter o endereço atualizado e deve se recolher no período das 23 às 5h. Fica proibido de manter contato com a vítima sobrevivente, famílias e testemunhas do caso. Deve-se manter no, mínimo, numa distância de 500 metros para essas pessoas.

De acordo com denúncia apresentado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), a idosa foi morta ao tentar evitar que a filha fosse espancada por José Orlando, no Bairro Novo. O crime ocorreu oito dias após o acusado ter reatado o relacionamento com a filha de dona Hilda Quirino. O homem fugiu de carro e teve a prisão decretada pela justiça em 2015, mas só foi detido em 15 de maio de 2018, na cidade Mairinque, em São Paulo, onde teria cometido outro crime.