Estudo aponta ações para enfrentamento a desastres climáticos em Itabuna || Foto PIMENTA/26Jan21
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Os impactos dos desastres naturais, impulsionados pelas mudanças climáticas, têm se tornado cada vez mais evidentes em escala global. No Brasil, o recente evento de inundações no Rio Grande do Sul destaca a urgência em lidar com os extremos climáticos. A enchente que atingiu o sul da Bahia no final de 2021 chamou a atenção de pesquisadores do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces).

Numa parceria com a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) Sul da Bahia, o projeto Aprendizados e Desafios para a Gestão de Riscos de Desastres Relacionados a Extremos de Chuva em Municípios Brasileiros foi iniciado no ano passado, tendo Itabuna como um dos focos.

O estudo de caso, que também envolveu Petrópolis (RJ) e Franco da Rocha (SP), visa fornecer subsídios para fortalecer a prevenção, resposta e capacidades adaptativas das cidades diante de inundações, alagamentos e deslizamentos de terra associados a tempestades.

Os resultados finais do estudo foram divulgados durante o seminário Extremo de chuva, gestão de risco e adaptação climática em cidades brasileiras, promovido pela FGV em São Paulo, no mês de 24 de abril, e contou com a presença de representantes da gestão municipal de Itabuna.

Além do relatório final, o grupo divulgou um sumário executivo para cada município. O de Itabuna está disponível no repositório da FGVces e aponta recomendações e boas práticas que o município deve adotar na gestão de riscos de desastres.

GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES

No âmbito da Defesa Civil, algumas das sugestões de gestão destes riscos são a disponibilização de recursos materiais para a prevenção de riscos; o fortalecimento da capacidade operacional com a contratação de servidores próprios, permanentes e com expertise técnica; além do estabelecimento de leis e outras regulamentações que tornem as atribuições, funcionários e recursos da Defesa Civil uma política pública do município, para além dos mandatos de governo.

Nos arranjos de governança, a pesquisa sugere a articulação entre os municípios, e não apenas entre pastas, uma vez que as consequências de desastres e ações efetivas de prevenção, em grande parte das vezes, ultrapassam fronteiras administrativas. Já na gestão de dados e informações, destaca-se, entre outras recomendações, o planejamento e a tomada de decisões baseados em dados e evidências.

Desta forma, as ações podem ser direcionadas para a redução de riscos no município e em seus territórios mais vulnerabilizados, possibilitando definição de prioridades para formulação e implementação de políticas, estratégias e ações a curto, médio e longo prazo. O uso de dados e evidências auxilia ainda na criação de protocolos de emergência mais precisos e com maior chance de diminuir e mitigar impactos.

Além disso, o sumário engloba recomendações abrangentes em áreas cruciais, como políticas de habitação, instrumentos de planejamento, participação e mobilização social, origens de recursos e estratégias de investimento. O conteúdo completo do documento está disponível para acesso pelo link https://shre.ink/8aTs.

FIEB obteve doação de mais de 4,8 mil cestas básicas para atingidos pelas enchentes || Foto Gilberto Jr/FIEB
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Cerca de 4,85 mil cestas básicas serão entregues pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) para assistência às famílias vítimas das chuvas nas regiões sul, extremo-sul e sudoeste. Ontem (29), a entidade passou ao governo baiano 2.427 cestas do total anunciado.

De acordo com a entidade, as empresas Bracell, Forever Oceans, Largo/Vanádio de Maracás, Basf, Ferbasa, Unigel e Agrovale fizeram doações para o pequeno lote de cestas.

A presidência da FIEB espera que os primeiros gestos no setor industrial estimule doações de outras empresas. “A FIEB segue mobilizando empresas industriais para arrecadar doações. A expectativa é que outras empresas e instituições participem da mobilização, para que os recursos arrecadados sejam destinados à aquisição de itens de primeira necessidade”.

Confirmaram a adesão à campanha a Associação Nordeste Forte e a Pró-Amazônia, que reúnem as federações de indústria das regiões Nordeste e Norte, respectivamente, além das Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo. “É um momento difícil para milhares de famílias atingidas pelas enchentes. Como representantes do setor produtivo, temos o dever de ajudar, da forma que pudermos”, afirmou o presidente da FIEB, Ricardo Alban.