Relatório utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios || Foto Agência Brasil
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Pelo menos 32 milhões de meninos e meninas no Brasil vivem na pobreza. O número representa 63% do total de crianças e adolescentes no país e abarca a pobreza em diversas dimensões: renda, alimentação, educação, trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação. É o que indica a pesquisa As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil, divulgada hoje (14) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O levantamento apresenta dados até 2019 (trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação), até 2021 (renda e alimentação) e até 2022 (educação). “Neste momento em que presidente, vice-presidente, ministros, governadores, senadores e deputados iniciam novos mandatos, o Unicef alerta para a urgência de priorizar políticas públicas com recursos suficientes voltadas a crianças e adolescentes no país”, ressalta o Unicef.

A pesquisa destaca que a pobreza na infância e na adolescência vai além da renda e inclui aspectos como, por exemplo, estar fora da escola, viver em moradias precárias, não ter acesso à água e saneamento, não ter uma alimentação adequada, trabalho infantil e não ter acesso à informação, fatores considerados privações e que fazem com que tantos meninos e meninas estejam inseridos nesse contexto de pobreza multidimensional.

O relatório utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) e os resultados, conforme a própria entidade, revelam um cenário preocupante. O último ano, para o qual há informações disponíveis para todos os oito indicadores, é 2019 – quando havia 32 milhões de meninas e meninos de até 17 anos de idade privados de um ou mais desses direitos. Para os anos seguintes, só há dados de renda, alimentação e educação – e os três pioraram.

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Índice de desenvolvimento de Itabuna apresenta evolução, mas fica abaixo da média nacional (Foto José Nazal).
Índice de Itabuna apresenta evolução, mas fica abaixo da média nacional (Foto José Nazal).

– IDH REVELA QUE ILHEENSE VIVE MAIS QUE ITABUNENSE

– ITABUNENSES TÊM MELHOR EDUCAÇÃO E MAIOR RENDA

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Itabuna apresentou evolução de mais de 57,17% entre 1991 e 2010, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, divulgado nesta segunda (29). No período, o índice que afere longevidade, educação e renda saltou de 0,453 para 0,712, situando-se na faixa dos municípios com IDH alto. A média nacional é 0,727.

A evolução ocorre mesmo o município estando, por vários anos consecutivos, entre os mais violentos do país, o que afeta um dos fatores do IDH (longevidade). Itabuna apresenta o 5º melhor índice dentre os 417 municípios baianos. No Brasil é o 1456º.

O que contribui para o alto IDH de Itabuna é o fator longevidade (0,807), seguido de renda (0,695) e educação (0,643). Na média, o itabunense vive 73 anos e 4 meses, de acordo com o estudo. Em 1991, a expectativa de vida era de 61 anos e 4 meses.

O estudo considera IDH muito baixo aquele situado entre 0 e 0,49. Já o baixo, situa-se entre 0,5 e 0,59. O médio, de 0,6 e 0,69. O alto varia entre 0,7 e 0,79. O muito alto vai de 0,8 a 1,0. Segundo o atlas, cinquenta municípios brasileiros possuem IDH muito alto.

ILHÉUS

Ilhéus aparece no estado com IDHM médio: 0,690 em 2010. No início da década de 90, o índice era 0,389. A evolução do IDH ilheense, no período, foi de 77,38%.

De acordo com o estudo feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ilhéus tem o 13º melhor IDH da Bahia e o 2182º do país.

O fator longevidade apresenta índice 0,808. Já o educação, 0,590 e o renda, 0,688. Em 2010, de acordo com o estudo, o ilheense tinha expectativa de viver 73 anos e cinco meses.

COMPARATIVO

Quando destrinchados os números por áreas, os ilheenses vive mais que os itabunenses, mas possuem renda e educação inferiores aos vizinhos. As diferenças nos quesitos renda e expectativa de vida, porém, são pequenas. A distância é maior no índice educacional.