Concluo dizendo o óbvio ululante: salvando-se poucos, são todos loucos e irresponsáveis. A minha saudosa vovó Nair diria que merecem uma boa surra de cansanção. E no bumbum.
Mesmo diante de um gigantesco rombo nas contas públicas, os senhores “homens públicos” só pensam em milhões de reais para bancar suas campanhas eleitorais.
Essa é a preocupação principal dos deputados e senadores em detrimento da discussão sobre o caos na saúde, na educação e o degringolar da economia.
Quando é para aprovar projetos que beneficiam diretamente a população, é um Deus nos acuda. Mas tudo é muito rápido se é para deixar os parlamentares alegres e satisfeitos.
Tem até os que acham que R$ 3,6 bilhões do fundo partidário é pouco. Mudaram até o nome do “fundão”. Agora é o pomposo Fundo Especial de Financiamento da Democracia, o FEFD.
E mais (1): enquanto discutem a dinheirada para financiar as campanhas, já arquitetam um jeito – conhecido como jeitinho brasileiro – de permanecer na Casa Legislativa via “distritão”.
E mais (2): na calada da noite, como se fossem lobisomens esperando a lua cheia, tem também os que defendem a implantação do parlamentarismo.
Ora, ora, parlamentarismo em um país com um Congresso deteriorado, enraizado pelo toma-lá-dá-cá, vai durar menos do que cheiro de carro novo.
Concluo dizendo o óbvio ululante: salvando-se poucos, são todos loucos e irresponsáveis. A minha saudosa vovó Nair diria que merecem uma boa surra de cansanção. E no bumbum.
Marco Wense é o editor d´O Busílis.