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Marco Wense

O instituto da fidelidade partidária, que deveria ser um eficaz instrumento para moralizar o sistema político e acabar com a prostituição eleitoral, só serve para satisfazer os interesses de grupos políticos.

Só é acionado para fisgar os peixes miúdos, as piabinhas. Quando é para fisgar um peixe graúdo, um tubarão da política, os mangangões, é esquecido na empoeirada gaveta.

Uma combinação da fidelidade com a lista partidária, caindo nas mãos de um dirigente sem escrúpulo, que se acha dono de partido, seria o caos. Uma desgraça. Uma treva.

AUGUSTO CASTRO

Augusto Castro, do PSDB.

O pré-candidato do PSDB à Assembleia Legislativa do Estado, Augusto Castro, vem se transformando em uma espécie de “alfaiate político”. Vai alinhavando os acordos com muita competência.

Faz tudo como manda o figurino. Subiu cada degrau do processo político com sabedoria e paciência. Primeiro, se aproximou do jornalista José Adervan, presidente do PSDB de Itabuna. Depois, de Imbassahy, ex-prefeito de Salvador e presidente estadual da legenda.

É o pré-candidato a deputado estadual do sul da Bahia com mais prestígio junto aos diretórios estadual e municipal. Sua eleição é dada como certa por algumas lideranças tucanas.

Em relação a sua votação em Itabuna, o próprio Augusto Castro acha que terá mais de seis mil votos, ficando entre os cinco ou seis mais votados pelo imprevisível eleitorado itabunense.

O besteirol fica por conta de alguns correligionários que, embevecidos com sua campanha, ficam dizendo que o tucano é um bom nome para disputar a sucessão municipal de 2012.

PESQUISA

Uma nova pesquisa sobre a sucessão estadual, que não esteja a serviço dos partidos e dos políticos, é aguardada com muita ansiedade.

Na última consulta do Datafolha, Jaques Wagner aparece na dianteira, Paulo Souto na segunda posição e Geddel logo atrás. O governador seria reeleito no primeiro turno.

Os peemedebistas esperam um crescimento do ministro Geddel, diminuindo assim a diferença em relação a Paulo Souto. Os petistas acreditam em um distanciamento maior entre Wagner e o democrata (DEM).

VICE DE SERRA

Aécio: vice de Serra?

O comando nacional do DEM não vai abrir mão de um democrata como candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por José Serra (PSDB). O partido, no entanto, aceita uma composição puro sangue, com o tucano Aécio Neves, governador de Minas, na vice.

Uma das opções do DEM é o deputado federal ACM Neto. O nome do parlamentar baiano integra a lista da legenda. O senador José Agripino (RN), líder do democratas na Casa Legislativa, é o mais cotado.

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Severiano tá na marca do pênalti.
Severiano tá na marca do pênalti.

O presidente estadual do PDT, Alexandre Brust, aceitou o desafio feito pelo deputado federal Severiano Alves, e confirmou, neste domingo, 4, que vai pedir na Justiça o mandato do parlamentar – que trocou o PDT pelo PMDB do ministro Geddel Vieira Lima –, assim como todos os cargos que Severiano ocupa no governo do prefeito João Henrique Carneiro (PMDB). Segundo Brust, são mais de 100 postos que o ex-pedetista tem na prefeitura, beneficiando inclusive familiares.

Na última sexta-feira, ao ser informado de que o PDT iria pedir o seu mandato de volta, inclusive o do deputado federal Sérgio Brito, que foi para o PSC, Severiano Alves reagiu: “Vou esperar ver se eles vão ter coragem de querer  tomar o meu mandato. Vou provar que eles não têm condição moral, nem ele nem o Lupi, de dirigir o partido”, disse Severiano, referindo-se ao presidente da legenda na Bahia e ao ministro do Trabalho e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Na avaliação de Severiano, Lupi e Brust “lotearam e venderam” o PDT, transformando-o em uma “legenda de aluguel”.

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