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Maria Efigênia Oliveira | ambiente_educar@hotmail.com

O que a sociedade espera do governo é transparência, verdade, sabedoria, diálogo, civilidade, pois se o governador ofende servidores sob sua responsabilidade, destrói documentos e história da Educação, abre espaços para o recrudescimento da ignorância.

A greve dos professores do Estado continua, mesmo sob o imperativo de membro da justiça baiana que ignora a Corte Suprema. Diante do impasse estabelecido, é necessário que o mínimo de pessoas seja informado sobre alguns aspectos que envolvem o movimento, começando pelo controverso discurso de inclusão e evolução social.

No terreno das reflexões, estão implícitas atitudes do governo nada condizentes com propostas de inclusão. É público e notório que a atividade docente era ou ainda é realizada por pessoas de classes sociais em ascensão, ou seja, raros são os filhos de rico dispostos a fazerem curso universitário para conquistar diplomas em licenciatura, que é o diploma conferido ao exercício da docência.

Outro ponto importante para reflexão, é que a maioria do professorado é do gênero feminino e muito recentemente é que há ingresso mais frequente do público masculino a essa carreira. Não estaria aí a negativa dos governos e de muitos membros da sociedade em reconhecer e remunerar melhor a carreira de professor?

Parece que vige ainda o preconceito contra a Mulher, mesmo sendo ela egressa de Universidade, trabalhadora em ambiente social interessante e delicado, provedora da família – a maioria o é -, oriunda e emergente de famílias pobres, razão pela qual, para os preconceituosos, não merecem mais que isso.

O Piso Nacional é Lei e não compromete a Lei de responsabilidade fiscal porque o MEC, por meio da autarquia Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), compartimenta os valores aplicados na Educação desta forma: Programa Transporte Escolar (PTE); Programa do Livro Didático (PLI); Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae); Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE); Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb); Mais Educação e outros, que deputados desinformados vão a público dizer que saem do FUNDEB.

A despesa da Educação é captada dos mais diversos impostos recolhidos pelo cidadão em todo território nacional e enviado a Estados e Prefeituras, mediante planilha apresentada pelos citados executores do processo. As quantias enviadas estão no site do FNDE, mas a efetiva aplicação é uma incógnita, como dizem os dirigentes da APLB-Sindicato: “Estão na caixa preta que o governo não abre” para justificar porque não pode pagar o Piso Nacional, Lei sancionada pela Presidenta Dilma, constrangida por não conseguir evitar que bilhões alimentem esquemas individuais, enquanto os professores do Brasil amargam baixos salários.

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