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Google admite "espionagem" em dados de usuários do Gmail.
Google admite “espionagem” em dados de usuários do Gmail.

Exame.com

O Google adverte: Não espere privacidade ao usar o Gmail. Portanto, se você é um dos mais de 400 milhões de usuários do serviço gratuito de e-mails da empresa, é bom ter em mente que as mensagens trocadas via Gmail não são exatamente restritas apenas aos remetentes e destinatários.

“Assim como o remetente de uma carta para um colega de trabalho não pode se surpreender se o assistente do destinatário a abrir, quem usa serviços de e-mail baseados na web não pode se surpreender com o fato de que suas mensagens são processadas pelo provedor”, declarou o Google.

O contexto do argumento é um pedido de indeferimento solicitado pela empresa à justiça americana e é a resposta do Google a uma ação judicial da qual é alvo.

Esta ação, revelada pela entidade de proteção ao consumidor Consumer Watchdog, alega que a empresa viola leis americanas quando acessa os e-mails para determinar quais anúncios serão exibidos aos usuários no Gmail.

Já o Google, por sua vez, diz que os termos de serviço e as políticas de privacidade do Gmail são claros e explicam detalhadamente o que acontece com as mensagens trocadas através dos seus servidores. Quem concorda em usar o Gmail, portanto, também está de acordo com os seus termos. (Em nota, o Google diz que o processo de leitura não é feito por humanos, mas por “máquinas”.).

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Do Uol
Sob protestos, o Google faz valer a partir de hoje sua nova “política de privacidade”. O assunto é candente, já que o Google é possivelmente a empresa que mais coleta, armazena e processa informações no mundo, além de estar em primeiro lugar de audiência na internet nos EUA e em muitos outros países, com seu amplo conjunto de serviços.
A empresa decidiu reunir sob uma mesma política cerca de 60 produtos diferentes. Na prática, vai fazer o que nem o governo federal norte-americano conseguiu: criar um identificador único para cada usuário, com o máximo de informações pessoais que puder coletar.
Larry Page, o co-fundador e principal executivo do Google, recebeu semana passada uma carta assinada por 39 procuradores federais. A carta afirma que a nova política “invade a privacidade do consumidor ao compartilhar informações pessoais automaticamente em outros serviços, quando o usuário insere a informação em um serviço específico”.
Questionado pelo UOL se haveria alguma mudança na política prevista para começar neste 1o. de março, um porta-voz do Google respondeu que não. Disse também que essa nova política vem sendo ”amplamente” divulgada desde 24 de janeiro. (Leia aqui a íntegra da entrevista com um porta-voz do Google).