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WENCESLAU1Wenceslau Júnior |

Os nomeados são sugestões dos partidos que compõem a base, bem como diversos militantes da campanha, considerado o critério do perfil técnico.

O prefeito Vane tem sido alvos de críticas sobre algumas nomeações para o segundo e terceiro escalões do seu governo. É preciso analisar com cautela antes de emitir juízo de valor.
O mesmo critério que valeu para a composição do Secretariado vale para os demais escalões: A indicação pode até ser política, e é justo que seja porque as relações políticas fazem parte do jogo democrático, mas o nome tem que ter perfil técnico adequado para o cargo.
Outro aspecto importante é de assegurar que não existe nomeação para os quatro anos de gestão. Se seguir a cartilha da gestão em termos de resultados estabelecidos no planejamento do governo, continua, se não mostrar resultados, será substituído.
Outro critério decisivo estabelecido pelo prefeito é o critério ético. Quem se afastar da linha de probidade, economicidade e eficiência, também vai procurar outro rumo, pois no governo não permanecerá.
Os nomeados são sugestões dos partidos que compõem a base, bem como diversos militantes da campanha, considerado o critério do perfil técnico.
Algumas pessoas que já contribuíram para outros governos e foram convidadas a contribuir com o governo Vane não podem e nem devem ser avaliadas apenas porque participaram do governo de “A” ou de “B”, mas pelo currículo, capacidade e pela conduta.
No time de craques escalado pelo técnico Vane, temos umas duas dezenas de quadros que já foram secretários de municípios importantes e/ou já ocuparam cargos de ponta a nível estadual.
Vamos dar tempo ao tempo, o governo está apenas começando. É como o trem que em algumas estações uns vão desembarcando e outros vão embarcando, mas só os que mostrarem competência e seriedade seguirão até a estação final. Afinal de contas, não é uma ou outra nomeação de segundo escalão que dará o norte do governo.
A linha político-administrativa a ser seguida é aquela anunciada pelo prefeito Vane, mudança, austeridade, economicidade, competência e seriedade no trato com a coisa pública.
Wenceslau Júnior (PCdoB) é vice-prefeito de Itabuna, advogado e professor de Direito.

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Hoje, a prefeitura de Itabuna convocou o vice-presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes de Itabuna (Avai), Márcio “Ikita” Higino, para uma reunião no centro administrativo Firmino Alves, e exigiu-se dele que decidisse, sozinho, para onde vão os camelôs que hoje atuam na avenida do Cinquentenário.

Aqui, abrimos parêntese: na última segunda-feira, 12, a prefeitura convocou os ambulantes para justamente definir, em assembleia, para qual lugar iriam. Deu praça Camacan. E a prefeitura acordou, com tudo registrado em ata.

Voltemos à reunião de hoje, pela manhã, na Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo: Foi enorme a pressão em cima do rapaz, gente humilde e uma liderança dos ambulantes. A certa altura, se disse que os camelôs terão até a próxima segunda-feira, 19, para deixar a Cinquentenário. É isso, ou sentirão o peso da repressão policial. E como se trata de um governo de militares, seria bom não duvidar da promessa, senhor “Ikita”. Mas ele resistiu.

A pressão psicológica, conforme relatos chegados a este blog, constou de tapa (nem tão leve) no ombro da liderança dos informais, seguido de um adjetivo que só os mais baixos dos senhores podem atribuir a um homem: “frouxo”.

O homem do tapinha (ou tapão) é conhecido por ser, digamos, “de fino trato”. É de família tradicional e ocupa terceiro escalão no governo. Muitos o conhecem apenas pelo sobrenome: Bittar. Disse que Ikita era frouxo e que não servia para liderar os camelôs, pois, do contrário, decidiria, sozinho, pelos demais. A ferro e fogo. Sabe como é que é, no estilo dele.

Com a calma e a resistência de Ikita – e a explicação de que ele decide, sim, mas em grupo -, os prepostos da prefeitura não tiveram outra saída a não ser oferecer duas novas opções para os camelôs. A praça Camacan foi descartada.

As novas possibilidades são a Alameda da Juventude (na Beira-Rio) e a praça em frente ao antigo Sesp, no “Cantinho da Mentira”. A decisão sai em assembleia na próxima terça, 20. Resta saber se os camelôs não serão chamados à uma nova assembleia.

(Ao secretário Carlos Leahy, da Indústria, Comércio e Turismo, e ao prefeito Capitão Azevedo, recomendamos mais atenção em relação aos seus colaboradores.)