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HÉLIO PÓLVORA E A ESCOLHA DO SIMPLES
O título do primeiro romance de Hélio Pólvora (foto), Inúteis luas obscenas, é um achado, mas não surpreende: jornalista de batente (além de contista, ensaísta, cronista, tradutor e crítico de cinema) ele sabe a importância de bem titular (até procurou, em vão, convencer disso seu compadre Euclides Neto, que criou títulos não muito inteligíveis, como Machombongo). Mas o melhor de Inúteis luas obscenas não é o título, é o próprio livro, um retorno ao bom e velho estilo de contar histórias com começo, meio e fim. Senhor de erudição suficiente para atingir o esnobismo (poucos brasileiros leram tanto quanto ele), Hélio fugiu dos experimentos estéreis, em privilégio do simples.
O LEITOR ESCOLHE O FINAL “MELHOR”

AROMAS, CORES E SABORES DE CACAU

TEXTO PRAZEROSO, INOVADOR E ECONÔMICO

O QUE NOS IRRITA TAMBÉM NOS MELHORA

NO INESPERADO, O EROTISMO VOCABULAR

TEXTO QUE NOS EMBALA E TRANSPORTA

LIVRARIA ENTRE NÓS, NEM PRA REMÉDIO

XADREZ POR AQUI SÓ A CADEIA PÚBLICA
Um leitor indignado nos ofereceu outro metro comparativo (igualmente empírico, é verdade) do nosso nível cultural: quase a ponto de nos confundir com o Procon, ele reclama que vasculhou Ilhéus e Itabuna para, surpreso, descobrir que é impossível, em cidades tão culturalmente ”avançadas”, comprar um jogo de peças de xadrez, com o mínimo de qualidade. Ora, vejam só. O chamado nobre jogo é mesmo um padrão interessante para o caso. O leitor diz que Vitória da Conquista, por exemplo, tem o xadrez na escola fundamental, como prática educativa. Aqui, xadrez é apenas a super-povoada cadeia pública.
LUIZ GONZAGA E O INCÔMODO “VOZES DA SECA”

O CONSTRANGIMENTO DOS JOVENS COLEGAS

POR BURRICE, “ASA BRANCA” FOI CENSURADA

UMA EDIÇÃO COM MUITAS LÁGRIMAS
