Julio Gomes escreve sobre o genocídio em curso na Palestina || Foto Fepal/Facebook
Tempo de leitura: 3 minutos

Em razão do genocídio praticado pelo exército e pelos líderes de Israel, todo o carinho, a visão afetiva, o respeito que um dia tive por este país e, especialmente, pelos Judeus ao longo de sua milenar história, simplesmente desapareceu. Foi sepultado em vala comum de corpos anônimos junto com as mulheres e crianças que eles mataram e continuam matando sistematicamente.

 

Julio Gomes

Sempre, desde criança, aprendi a ter um carinho especial pelo povo Judeu, com um olhar de admiração e desejo sincero de que prosperassem e encontrassem a paz e a felicidade, e isso tem uma explicação simples e lógica.

Quem estudou um pouquinho que seja de História sabe o que os judeus ou israelitas passaram, sobretudo no Século XX, quando da ascensão do nazismo ao poder na Alemanha: perseguições, segregação racial, confisco e invasão de suas propriedades, demonização, segregação com base em leis absurdas e, por fim, confinamento nos campos de concentração, trabalhos forçados e extermínio em massa nas câmaras de gás de Treblinka, Auschwitz, Dachau e inúmeras outras fábricas da morte, onde foram consumidas as vidas de seis milhões de judeu, homens mulheres e crianças.

Terminada a 2ª Guerra Mundial com a derrota do nazismo e do fascismo, a ONU, guiada pelos países vencedores, teve a feliz ideia de criar um território onde a nação, o povo judeu, pudesse constituir um estado próprio, formando aquilo que aqui no Brasil chamamos popularmente de um país, e assim nasceu Israel no ano de 1948, plantado no território denominado Palestina.

Os anos passaram. O estado de Israel, sempre apoiado pelos Estados Unidos por representar uma presença dos EUA no conturbado e rico em petróleo Oriente Médio, se consolidou como um país próspero e como uma potência militar, passando a tomar sucessivamente faixas de território que pertenciam à nação palestina devido ao poderio de suas forças militares, terminando por anexar territórios até que não restasse aos palestinos muito mais do que uma estreita faixa em que sobreviviam cerca de dois milhões de palestinos: a Faixa de Gaza.

Talvez como reação às agressões de Israel, talvez insuflado por radicais fundamentalistas ou em razão das condições subumanas de boa parte da população palestina, em 1987, surgiu o Hamas, que se consolidou como força política e acabou cometendo os odiosos atos terroristas que assistimos no final do ano de 2023, matando centenas de israelenses, sobretudo civis.

Entretanto, a resposta que Israel deu e está dando aos palestinos é de uma desproporção e crueldade que supera qualquer argumento de justiça ou de autodefesa. Já são cerca de 30 mil palestinos mortos e 10 mil desaparecidos, além da expulsão em massa da população civil, da destruição sistemática das habitações, hospitais, universidades, indústrias, escolas, enfim, das cidades palestinas e da morte de cera de 8.000 crianças em um genocídio que choca o mundo a cada dia pela brutalidade, estupidez e impunidade com que é feito.

Em razão do genocídio praticado pelo exército e pelos líderes de Israel, todo o carinho, a visão afetiva, o respeito que um dia tive por este país e, especialmente, pelos Judeus ao longo de sua milenar história, simplesmente desapareceu. Foi sepultado em vala comum de corpos anônimos junto com as mulheres e crianças que eles mataram e continuam matando sistematicamente em cada bombardeio, na destruição de cada prédio, vítimas também da proposital falta de alimentos, de medicação, de água e, sim, pelo genocídio que neste momento praticam contra o povo da Palestina.

Oh, Israel, que fizeste para passar de vítima a algoz, de violentado a assassino, de flagelado a genocida impiedoso? Que fizeste do holocausto sofrido, de tua história milenar? Que fizeste dos exemplos que Jesus deu há dois mil anos, ao pisar nestas mesmas terras e ensinar as lições que agora, mais do que nunca, não queres escutar? Afasta-te de mim, Israel.

Julio Cezar de Oliveira Gomes é graduado em História e em Direito pela Uesc.

Tempo de leitura: 2 minutos

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) doou duas toneladas de alimentos para os palestinos vítimas da crise humanitária na Faixa de Gaza. O carregamento com arroz, derivados de milho e leite em pó será levado por avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em voo marcado para esta segunda-feira (30).  

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, “o governo federal e a sociedade civil farão nova contribuição para os esforços internacionais de assistência humanitária aos afetados pelo conflito na Faixa de Gaza, com a doação de 2 toneladas de alimentos oferecida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)”.

Os cerca de 2,2 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza sofrem uma grave crise humanitária causada pelos bombardeiros de Israel e pelo cerco imposto ao enclave palestino. Há escassez de água, gás de cozinha e alimentos.

Desde o dia 21 de outubro, começou a entrar ajuda humanitária pela fronteira com o Egito, mas as organizações que atuam em Gaza defendem que o volume é insuficiente para atender a população local.

Antes das hostilidades, entravam em Gaza uma média 500 caminhões por dia. Agora, a ajuda humanitária que entra na região é de cerca de 12 caminhões por dia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A ONU classifica a ajuda como “uma gota no oceano de necessidades”.

No último sábado (30), milhares de pessoas invadiram armazéns e centros de distribuição da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) nas áreas central e sul da Faixa de Gaza. De acordo com a agência, foram retirados farinha de trigo e itens básicos de sobrevivência.

“Este é um sinal preocupante de que a ordem civil começa a ruir depois de três semanas de guerra e de um cerco rigoroso a Gaza. As pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas”, disse o diretor de assuntos da UNRWA na Faixa de Gaza, Thomas White.

Centro de Estudos da Santa Casa de Itabuna participa de pesquisa para tratamento do câncer de bexiga || Foto Divulgação
Tempo de leitura: 2 minutos

Ajudar na descoberta de um novo tratamento para o câncer de bexiga. Esse é um dos desafios do Centro de Pesquisas Clínicas da Santa Casa de Itabuna, que participa de um estudo internacional desenvolvido visando oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes com a doença. O estudo foi iniciado em 2019 e aprovado em abril deste ano.

Realizada em 199 centros investigativos de 14 países, a pesquisa está testando fármacos como alternativos ao tratamento tradicional, que é a aplicação de injeções ou cirurgias. Segundo os profissionais dos centros de pesquisas, o estudo tem apresentado resultados muito positivo para os pacientes em tratamento nas unidades oncológicas.

No sul da Bahia, a pesquisa é conduzida pelo médico oncologista Eduardo Kowalski Neto, com colaboração do farmacêutico Bruno Setenta. O “Estudo de Biomarcadores para Identificar Participantes com Câncer Urotelial e Aberrações no Gene do Receptor do Fator de Crescimento de Fibroblastos” conta com a participação de 11 pacientes em tratamento na Unidade de Quimioterapia da Santa Casa de Itabuna.

O médico Eduardo Kowalski coordena estudo internacional em Itabuna || Divulgação

TRATAMENTO MENOS DOLOROSO

Realizada no período de 1º de agosto de 2019 a 19 de setembro de 2022, a primeira etapa do estudo clínico internacional foi aprovada no 13 de abril deste ano. A segunda etapa da pesquisa consiste no acompanhamento do estado clínico do paciente e manutenção do tratamento ofertado no período.

O oncologista destaca que atualmente o tratamento de paciente com câncer na bexiga é feito com aplicação de injeção ou procedimento cirúrgico, a depender de cada situação. “O nosso estudo trouxe mais uma opção de tratamento, que é o uso de comprimidos. Isso facilita muito a vida do paciente que passa a contar com a possibilidade ingerir o medicamento de onde estiver”, observa.

Para Eduardo Kowalski, a utilização do medicamento via oral significa praticidade e é menos dolorido para a pessoa em tratamento do câncer de bexiga. O médico acrescenta que a tendência da medicina é a substituição de procedimento invasivo pelo tratamento via oral. “Os envolvidos nos estudos estão participando da vanguarda do tratamento”, assegura o médico.

RESULTADOS ANIMADORES

De acordo com o médico, o estudo tem resultados positivos, com pacientes apresentando boa evolução. Agora, a expectativa é para a análise da medicação pela vigilância sanitária dos Estados Unidos. Sendo liberado para produção e comercialização, passará, no Brasil, pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Além de Brasil, o estudo inclui participantes da Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Japão, Reino Unido, Rússia, Turquia e Ucrânia.

A vacinação contra a Covid-19 já começou no Chile
Tempo de leitura: < 1 minuto

Mais de 40 países já começaram a vacinação da população contra a Covid-19. O Reino Unido foi o primeiro país a usar a vacina da Pfizer/BioNTech, seguido de Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita, Israel e os 27 países da União Europeia. Na América do Sul, países como Argentina e Chile já começaram a imunizar seus habitantes contra a doença.

Em todo o mundo, mais de 12 milhões de doses já foram aplicadas: a China já administrou mais de 4,5 milhões de doses, seguida pelos EUA, com 4,2 milhões. Embora lidera a quantidade de pessoas imunizadas, muita gente no Brasil acredita que os chineses não estão usando a sua própria vacina. São as fakes influenciado uma parcela dos brasaleiros.

A Rússia usa a vacina Sputnik V, do Instituto Gamaleya, para imunização em massa. O governo disse que mais de 200 mil pessoas foram vacinadas. A China usa doses das candidatas da Sinovac e Sinopharm (as duas são fabricadas no país). Com informações do G1.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Netanyahu surpreende (Foto Bernat Armangue).
Netanyahu surpreende (Foto Bernat Armangue).

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, superou as expectativas dos analistas ao vencer as eleições legislativas dessa terça-feira (17).

No momento em que a contagem dos votos estava praticamente concluída, o partido de Benjamin Netanyahu – o Likud (direita) – tinha garantido, nesta manhã, 30 dos 120 assentos do Parlamento israelense, contra 24 da coligação de centro-esquerda União Sionista.

Antes da votação, as pesquisas mostravam os dois candidatos no mesmo nível, com 27 lugares para cada uma das respectivas formações políticas.

“Contra todas as expectativas, conseguimos grande vitória para o Likud (…) para o campo nacional (…) para o povo de Israel”, disse o primeiro-ministro no discurso da vitória, em Tel Aviv, onde integrantes do Likud celebraram a vitória com festejos que se prolongaram pela noite.

O líder da União Sionista, Isaac Herzog, reconheceu a derrota e felicitous Netanyahu pelo terceiro mandato consecutivo.

“Falei há poucos minutos com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Felicitei-o pela vitória e desejei-lhe sorte”, afirmou, afastando qualquer hipótese de coligação.

Netanyahu prometeu estabelecer um novo governo nas próximas semanas, lembrando que já falou com os líderes de outros partidos de direita, de cujo apoio precisa para formar uma coligação majoritária. Informações da Agência Brasil.