Centro de Hemodiálise inaugurado no Hospital São Lucas, em Itabuna || Foto Matheus Landim/GovBA
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O Centro de Hemodiálise Dr. Renato Borges da Costa, no Hospital São Lucas, em Itabuna, foi inaugurado nesta quinta-feira (13) pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e pelo prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), durante solenidade com a presença de profissionais da saúde e de autoridades regionais.

O Centro de Hemodiálise recebeu investimento de R$ 8,1 milhões, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), e conta com 54 leitos para pacientes com doença renal crônica, ampliando a oferta de serviços especializados na região. Os primeiros pacientes começam a ser atendidos amanhã (14).

– Estamos garantindo que essas pessoas tenham um tratamento mais acessível e humanizado, reduzindo deslocamentos e melhorando sua qualidade de vida. Esse centro é um avanço para a saúde pública no sul da Bahia – afirmou Jerônimo.

Jerônimo durante inauguração de Centro de Hemodiálise no São Lucas || Foto Matheus Landim/GovBA

A iniciativa faz parte do programa de cofinanciamento estadual na Atenção Especializada às Pessoas com Doença Renal Crônica. A secretária da Saúde (Sesab), Roberta Santana, ressaltou que a nova unidade fortalece a rede de atendimento especializada. “Esse investimento possibilita um atendimento mais eficiente, com mais conforto e dignidade para os pacientes. É um grande reforço na infraestrutura da saúde regional.”

O governador também participou da entrega da requalificação da Ala Pediátrica SUS do Hospital Manoel Novaes, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, que agora conta com 34 leitos totalmente reformados. Além disso, o governo do estado investiu R$ 442,4 mil na aquisição de novos equipamentos pediátricos para a unidade, melhorando a qualidade do atendimento infantil. A Santa Casa também mantém o Hospital São Lucas.

Charanga da Alegria, ao fundo, leva clima de carnaval à Oncologia da Santa Casa de Itabuna
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O clima de Carnaval tomou conta da oncologia pediátrica e da radioterapia do Hospital Manoel Novaes na semana que antecede o carnaval. Com muita música, cores e animação, a Charanga da Alegria levou descontração e sorrisos às crianças em tratamento, transformando o ambiente hospitalar em um espaço de festa e esperança.

A iniciativa faz parte das ações de humanização da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, instituição mantenedora da unidade , que busca proporcionar momentos de alegria aos pacientes, amenizando os desafios do tratamento. Para os pequenos, a presença dos músicos, os adereços carnavalescos e a energia contagiante foram um alívio na rotina hospitalar.

“A música tem um impacto muito positivo no bem-estar dos pacientes. É gratificante ver o sorriso no rosto das crianças e perceber como esses momentos fazem diferença no tratamento”, disse a psicóloga da oncopediatria, Bárbara Souza do Carmo Godoi.

O Hospital Manoel Novaes é referência no atendimento pediátrico no sul da Bahia, segue promovendo iniciativas que unem cuidado, acolhimento e humanização, reforçando o compromisso com a saúde e o bem-estar dos pacientes.

Eric Júnior é coordenador do curso de Medicina da UnexMed Itabuna
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Cirurgião do aparelho digestivo, médico intensivista, ex-provedor da Santa Casa de Itabuna e, desde o ano passado, coordenador do curso de Medicina da UnexMed, Eric Ettinger Júnior falou, em entrevista exclusiva ao PIMENTA, dos desafios de aliar as novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem em cursos de Medicina. O coordenador ainda apontou, para ele, o que é preciso para o aluno tornar-se profissional de excelência.

O coordenador ainda falou da expectativa de construção da clínica-escola, com oferta de consultas gratuitas para pacientes do SUS de Itabuna e municípios do sul da Bahia. Formado há 22 anos, MBA Executivo em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eric Júnior contou também sobre a influência de sua mãe, a médica neonatologista Maria Lúcia de Menezes, em sua formação. Leia abaixo.

PIMENTA – Professor, um excelente aluno será, necessariamente, um bom médico?

ERIC ETTINGER JÚNIOR – Essa é uma pergunta complexa. O que posso lhe dizer é que um mau aluno não será um bom médico. Digo-lhe também que a qualidade de ser um bom aluno não é garantia de que teremos um bom profissional. Para ser um médico de excelência é preciso de muitas competências. Ele precisa ter uma boa relação interpessoal, saber respeitar as pessoas, saber acolher um paciente, dentre outros requisitos. São qualidades que, aqui na faculdade, buscamos desde o início. Somos preocupados com o atendimento humanizado. Temos a missão de contribuir para que o nosso aluno assimile o conteúdo transmitido, desenvolva ou aperfeiçoe características fundamentais de um bom profissional.

Qual a importância do professor na carreira do médico?

Na Medicina tem muito de o aluno seguir o exemplo do profissional que contribui para a sua formação acadêmica. O chamado espelho é muito importante. O aluno costuma seguir os bons exemplos e as boas práticas dos mestres, que, além de serem muito capacitados, são profissionais de boa índole, referência por sua capacidade técnica, comportamento ético, cuidado e trato com o paciente. O nosso desafio como faculdade de Medicina é entregar um bom médico para a sociedade.

Como médico e diante das inovações e adoção cada vez maior da tecnologia, o que o senhor elege como principais desafios?

O principal desafio é preparar o aluno para trabalhar com as tecnologias disponíveis. Formaremos a primeira turma daqui a quatro anos e, certamente, esses profissionais chegarão capacitados para usar o ChatGPT, com todas as tecnologias de informação, e outras tecnologias disponíveis, como aliadas. Hoje, trabalhamos muito com tecnologia. Usamos bastante a Inteligência Artificial para oferecer a melhor assistência aos nossos pacientes. Aqui na faculdade, na nossa rede, usamos bastante a tecnologia para o treinamento dos alunos.

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O nosso desafio como faculdade de Medicina é entregar um bom médico para a sociedade.

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Com relação às tecnologias, o que mudou na Medicina?

Quando me formei, há 22 anos, não existia quase nada dessas tecnologias. Na faculdade, treinávamos em cadáver que passava por inúmeras turmas. Por isso, não conseguimos identificar praticamente nada. Além disso, treinávamos em pacientes. Hoje, são práticas inadmissíveis. Não existe mais isso de 5 e 10 alunos examinando o mesmo paciente, fazer as mesmas solicitações. Trabalhamos com turmas menores para facilitar a orientação mais personalizada. Usamos muito a tecnologia nas simulações de atendimento ao paciente, com inteligência artificial, uso de óculos de realidade virtual e utilização de manequim. Com isso, quando for para a prática, o estudante já vai saber exatamente o que fazer. Esse é um grande avanço que a tecnologia permitiu.

O avanço da tecnologia, certamente, traz mais segurança.

Um dos grandes avanços que a tecnologia nos permitiu no processo de aprendizado na Medicina é a condição de fazermos uma educação médica muito mais ética para o paciente, no sentido de preservá-lo. Eu sou de uma geração em que ainda não existia internet, havia outros meios de treinamentos e as aulas práticas eram bem diferentes das de hoje. Por isso, estamos buscando o que existe de mais moderno para a melhor utilização de conteúdo. Como professores e médicos, estamos cada vez mais antenados. A tecnologia não conseguirá substituir o médico, mas é uma grande aliada nesse processo.

Com essas transformações, o que o professor precisa fazer para manter o estudante atento ao conteúdo? Como é que se capacita para transmitir a mensagem ao seu aluno?

Esse é um ponto sobre o qual temos muito cuidado. Na minha época de estudante, as aulas eram somente expositivas, com o professor na frente do quadro, dando aulas para 100 ou 150 alunos na mesma turma. Existiu uma época em que havia 200 estudantes na mesma sala de aula. Eram mais aulas teóricas expositivas. Não estou dizendo que o ensino era ruim. Pelo contrário, era de excelência. Estou afirmando que hoje é muito diferente. O estudante é protagonista de seu aprendizado. Ou seja, precisa buscar muito mais conteúdo do que antes, quando os professores entregavam todo o material de “mão beijada”. Hoje, usamos a metodologia de ensino que tem como aliada sala de aula invertida e tutorial, onde o professor atua guiando o aluno, indicando os caminhos e compartilhando conhecimentos.

O contato do aluno de Medicina com o paciente ocorre quando?

A nossa formação é para que o profissional seja um médico generalista, com capacidade técnica para atender nas unidades básicas de saúde. Estamos em rede, com unidades em Jequié, Vitória da Conquista e Feira de Santana, mas o nosso curso foi desenhado para Itabuna, sob as perspectivas de saúde do nosso município e da nossa região. Desde o primeiro semestre que preparamos o estudante para atuar aqui, na cidade. É lógico que o aluno, no primeiro semestre, não está preparado para atendimento ao paciente, mas precisa frequentar às unidades básicas de saúde, entender os processos: o papel da enfermeira, recepcionista e como o agente comunitário de saúde faz a territorialização e assiste o paciente. Conhecer o papel de cada um.

E nos demais semestres?

No segundo semestre, o aluno já começa a acompanhar o agente comunitário na visita domiciliar. Paralelamente a isso, na faculdade, está aprendendo como fazer a anamnese (entrevista inicial) com o paciente. No terceiro semestre, supervisionado por um médico-professor, o estudante começa o contato com o paciente para colocar em prática o que viu até aquele momento do curso. É um processo construído e pensado desde o primeiro semestre. O estudante passa por etapas com aulas teóricas e práticas até a formação.

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O bom médico reúne um conjunto de características fundamentais. Ele não pode ser somente aquele que sabe receber e atender bem o paciente, mas entende pouco de Medicina.

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Na Medicina, os melhores profissionais são, necessariamente, os mais talentosos, os mais esforçados?

É importante e preciso reunir talento com esforço. Se o estudante for talentoso, do ponto de vista intelectual, mas sem outras habilidades, não será um bom médico. Se o aluno considerado mediano conseguir desenvolver habilidades importantes durante o processo de formação, talvez ele seja mais bem-sucedido que aquele que começou o curso demostrando conhecimento acima da curva. O bom médico reúne um conjunto de características fundamentais. Ele não pode ser somente aquele que sabe receber e atender bem o paciente, mas entende pouco de Medicina. E não pode ser o contrário. O profissional precisa reunir as qualidades de ser acolhedor, receber bem a família, e fazer o diagnóstico correto, dentre os outros atributos fundamentais. Repito: precisa reunir um conjunto de qualidades.

Itabuna, embora tenha enfrentado algumas dificuldades com perdas de serviços importantes, ainda é considerada um polo regional de saúde. O senhor considera o município um polo regional de Medicina?

Sim. Somos um polo de educação na área de saúde. Apesar de a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) estar geograficamente no município de Ilhéus, a história dos cursos da área de saúde têm relação muito estreita com os hospitais de Itabuna. O nosso município abriga duas importantes instituições de ensino superior com cursos na área de saúde. Uma dessas instituições é a nossa faculdade, a Unex. Isso mostra a força de Itabuna como cidade-polo. Entendo que é dever da minha geração trabalhar para que possamos colocar profissionais de excelência no mercado e ajudar a melhorar os serviços prestados nessa área.

Em Itabuna, foi feito o primeiro transplante de rim no interior da Bahia. Aqui foi feita a primeira sessão de hemodiálise em um hospital fora da capital. Entendo que tivemos algumas perdas nessa área, mas que precisamos trabalhar para que o município volte ao seu protagonismo. A nossa faculdade tem um papel fundamental, que é formar bons médicos. O nosso objetivo é presentear Itabuna com bons profissionais.

Quais são, hoje, os desafios para os novos cursos da área?

Um grande desafio é a implementação e aproveitamento das novas tecnologias nos cursos. É um desafio, por exemplo, ter professores, de modo geral, com habilidade para uma atender uma nova geração, que surgiu já no meio de tantos inventos tecnológicos. A maioria dos estudantes é de uma geração bem diferente da nossa. Precisamos estar preparados para entender os anseios, perspectivas e sonhos deles. Por isso, promovemos atualizações constantes para atender a demanda de uma geração que é diferente da nossa.

Qual a diferença do público de hoje para o de duas décadas atrás?

Hoje temos um público heterogêneo, com pessoas de diferentes faixas etárias, com 18, 30, 40, 45 anos. Pessoas casadas, com filhos; solteiras. Isso é muito positivo. Na minha época de faculdade, o público era mais homogêneo, na faixa de 18 e 20. É um grande desafio hoje trabalhar esse público tão heterogêneo, de idade e personalidades.

Volto a uma pergunta sua, de como os professores usam a tecnologia, para dizer que o início de semestre promovemos uma semana pedagógica, que, na verdade, são 15 dias para capacitação de professores, para que possam utilizar bem as novas ferramentas tecnológicas. Aproveitamos para fazer uma análise do que poderia ter sido melhor no semestre anterior. Todo o professor é capacitado para entender e aplicar a nossa moderna metodologia de ensino.

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Entendendo que tenho um compromisso de deixar para a saúde de Itabuna bons médicos. Que as pessoas falem assim: esses médicos saíram da Unex. E nos esforçamos todos os dias para isso.

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Doutor, se eu tivesse interesse em cursar Medicina e estivesse visitando os cursos da região, o que senhor me diria para me convencer a escolher a sua faculdade?

Não posso falar sobre os concorrentes. Posso falar da Unex, que é onde estou. Uma certa vez, uma mãe de aluno, fez-me essa mesma pergunta. Eu respondi: porque estou aqui. Não foi para ser arrogante, mas para que ela entendesse o que eu poderia fazer, o que estava ao meu alcance, a nossa estrutura e meu comprometimento em ofertar o melhor possível. Disse-lhe que eu poderia assegurar a qualidade de ensino que a nossa faculdade oferece. Entendendo que tenho um compromisso de deixar para a saúde de Itabuna bons médicos. Que as pessoas falem assim: esses médicos saíram da Unex. E nos esforçamos todos os dias para isso.

Como ocorre essa relação com os alunos?

Fazemos questão de contato direto com os nossos alunos. Sabemos o nome de cada um, da história familiar, se está ou não com problemas, mora longe ou perto. Conversamos com mãe e pai. Mantemos essa relação bem próxima, cuidadosa e familiar. Além da tecnologia, da estrutura e corpo docente, o nosso diferencial é o acolhimento do aluno. Vou no corredor, questiono como eles estão, como foram na prova do dia anterior. Digo: olha, vai até a minha sala para conversamos. Tenho essa proximidade e o compromisso de entregar bons médicos à sociedade. Enquanto estiver aqui, essa relação será assim.

Qual a influência da sua mãe, a média Maria Lúcia de Menezes, em sua formação e na sua carreira enquanto médico? 

Ninguém nunca tinha feito essa pergunta antes. A minha mãe é neonatologista. Desde pequeno, eu via a dedicação dela com os pacientes e a dedicação com que ela se propunha a fazer as coisas. Ela foi uma das fundadoras da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo) do Hospital Manoel Novaes, sempre na vanguarda do tratamento de pediatria. Quando criança, mesmo sentindo falta, porque minha mãe passava muito tempo fora de casa, trabalhando, eu não via isso com negativo. Eu pensava: minha mãe está no hospital, porque está cuidando de alguém que está precisando. O maior exemplo que ela me deu foi de comprometimento com a profissão que ela escolheu. Ela escolheu ser mãe, mas também por ser médica.

Então esse é um legado dela para o senhor?

Sem dúvida. Ela é mãe, mas tem um enorme comprometimento com a Medicina, com a profissão que escolheu. Eu trago isso para a minha vida. Às vezes, a minha filha, de 11 anos, pergunta: poxa, pai, você vai no hospital de novo? E eu respondo: vou porque tem um paciente que está precisando de seu pai. Eu acho que é isso que posso oferecer. Provavelmente, o exemplo da minha mãe tenha me motivado a ser o que sou hoje. Meu exemplo de casa era de uma profissional comprometida. Sempre ouvi coisas boas sempre minha mãe como médica. É isso que tento ser.

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Esse é um grande projeto para 2025. Acreditamos que a Clínica-escola esteja pronta no final do ano que vem e comece a funcionar em 2026. Essa é a nossa meta.

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O que a Unex planeja de investimentos em Itabuna para os próximos anos?

Além do investimento que a faculdade vem fazendo semestralmente, sempre buscando assegurar melhorias para os nossos estudantes e profissionais, ano que vem vamos construir a nossa clínica-escola. A unidade será implantada em um desses blocos. Os alunos continuarão frequentando as unidades básicas de saúde, mas os atendimentos de cardiologia, endocrinologia e neurologia, dentre outros, serão aqui, no campus, com os nossos professores. Serão atendidos pacientes de Itabuna e região. Já somos conveniados com a Secretaria Municipal de Saúde e parceiros da Santa Casa de Itabuna. Vamos oferecer consultas mensais das especialidades, com atuação do nosso aluno numa fase mais avançada. Supervisionados, eles irão atender nesses consultórios. Esse é um grande projeto para 2025. Acreditamos que a Clínica-escola esteja pronta no final do ano que vem e comece a funcionar em 2026. Essa é a nossa meta.

Santa Casa alerta pacientes e familiares sobre cobranças falsas por telefone
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A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna alerta a população sobre tentativas de golpe envolvendo ligações telefônicas fraudulentas. A instituição esclarece que não faz, sob nenhuma circunstância, solicitações de pagamentos por telefone para exames, procedimentos médicos ou hospitalares. Todas as tratativas financeiras e administrativas são feitas exclusivamente na instituição, diretamente com os setores autorizados.

Recentemente, a Santa Casa recebeu relatos de pessoas que foram contatadas por criminosos se passando por médicos e exigindo pagamento por procedimentos falsos. Esses tentam enganar famílias de boa-fé. A instituição reforça que não faz nenhum tipo de cobrança por telefone.

A comunicação com pacientes e seus familiares segue rigorosamente as normas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), garantindo que informações confidenciais não sejam repassadas a terceiros, informa a Santa Casa. “Reforçamos que nenhum funcionário ou representante da instituição está autorizado a solicitar pagamentos ou transferências bancárias por telefone”, diz a instituição em nota.

A Santa Casa orienta os pacientes e familiares a não fazer qualquer pagamento ou transferência bancária; a não fornecer dados pessoas ou bancários; e a entrar em contato com a instituição pelo (73) 3214-9244, em caso de abordagem suspeita.

Ariadina Oliveira encerra tratamento na Santa Casa de Itabuna || Foto SCMI
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O badalar do sino tem um enorme significado para pacientes que concluem o tratamento nas unidades de Quimioterapia e Radioterapia da Santa Casa de Itabuna. Para quase todas as pessoas que vivem a experiência e vencem a batalha contra o câncer, a sensação é de vitória, conquista e superação física e emocional. Este foi o caso da comerciante Ariadina Oliveira Lima.

Nesta quinta-feira (31), a moradora de Olivença, em Ilhéus, teve a experiência de tocar o sino e relembrar um pouco da sua história desde a descoberta de que estava com câncer de mama e até a conclusão do tratamento. Ela descobriu o nódulo no autoexame e, imediatamente, procurou um médico para saber quais seriam as orientações.

A comerciante relata que, além da descoberta precoce e o ambiente que encontrou nas unidades de Quimioterapia e Radioterapia, a maneira como decidiu enfrentar a doença ajudou no tratamento. “Estava preparada até para um processo mais doloroso, mas o carinho e acolhimento da equipe fizeram com que o tratamento ficasse mais leve. Tenho muito a agradecer a Deus e aos profissionais, desde médicos aos recepcionistas. São pessoas maravilhosas. Humanas que nos tratam com todo amor e carinho”, agradece.

TRATAMENTO

Ariadina e a equipe da Santa Casa de Itabuna | Foto SCMI

Ariadina Oliveira Lima foi submetida a uma cirurgia para remover o tumor e linfonodos (mastectomia radical), passou por sessões de quimioterapia para eliminar células cancerígenas restantes e concluiu o tratamento adjuvante com medicamentos (trastuzumabe) para prevenir recorrência. Nesta quinta-feira, ela concluiu a etapa de acompanhamento pós-tratamento, com foco em completar o tratamento adjuvante e monitorar a evolução da doença.

De acordo com o coordenador de enfermagem do Serviço de Oncologia da Santa Casa de Itabuna, enfermeiro Alexandre Melo, o badalar do sino é um ritual indicando a vitória não somente de quem está concluindo o tratamento, mas também dos pacientes que se motivam com o exemplo positivo. “O tocar do sino tem muitos significados. Tem um enorme impacto terapêutico. O som, neste caso, tem o sentido de despertar da vida e serve de inspiração e motivação para as pessoas que estão lutando contra a doença”, avalia Melo.

Alexandre afirma que, como quem badala o sino torna-se protagonista do processo de tratamento, os demais pacientes sonham com roteiro parecido para o filme que passa em suas cabeças. “Percebo isso nas conversas diárias com os nossos pacientes. O ritual de tocar o sino tem uma influência muito forte em quem continua na batalha contra a doença”, conta.

O enfermeiro destaca que o ritual é sempre marcado por muita emoção tanto dos pacientes, como também dos profissionais de saúde. “O badalar do sino indica que um novo ciclo, uma batalha vencida e uma fase nova na vida da pessoa. É um momento de celebração não somente deles, mas de todos nós que convivemos e criamos laços durante a fase de tratamento”.

Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente entre as mulheres, atrás somente do câncer de pele. A estimativa é que neste ano sejam registrados 73, 6 mil novos casos, com risco de 66,54 casos a cada grupo de 100 mil mulheres. A incidência é maior nas mulheres acima dos 35 anos. Segundo o Ministério da Saúde, 17% dos casos podem ser evitados com hábitos de vida saudáveis.

Hospitais da Santa Casa suspendem atendimento pela Unimed Nacional
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Na tarde desta terça-feira (13), a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna decidiu suspender o atendimento aos pacientes da Central Nacional Unimed (CNU) nos hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novais. Segundo o comunicado da instituição, a medida se deve “ao descumprimento do contrato por parte da CNU”.

A Santa Casa relata “atrasos significativos nos repasses financeiros” e “glosas indevidas” em torno de “10% a 15% do faturamento”. Ainda conforme o comunicado, o comportamento adotado pela Central Nacional da Unimed “inviabiliza a manutenção dos serviços” com qualidade.

A Instituição expressa desconforto, mas reforça a necessidade de adoção da medida. A Unimed Nacional ainda não se posicionou quanto à decisão drástica tomada pela prestadora de serviço. Em outubro de 2022, a Santa Casa também suspendeu o atendimento devido a divergências contratuais. Abaixo, confira a íntegra do comunicado de hoje.

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Colégio Adeum Sauer é um dos investimentos recentes do Estado em Itabuna || Foto GovBA
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Dona da maior economia do sul baiano e polo regional de comércio e serviços, Itabuna completa 114 anos de emancipação neste domingo (28). O Dia da Cidade levou o Governo da Bahia a divulgar balanço dos investimentos que o município recebeu do Estado nos últimos anos, nas áreas de educação, saúde, infraestrutura, saneamento básico, cultura e esportes.

A lista começa pelo Colégio em Tempo Integral Professor Adeum Sauer, no Vila Anália. Com capacidade para 2.500 alunos, a escola tem 24 salas de aula, quatro laboratórios, auditório, biblioteca, sala multifuncional, refeitório, piscina, quadra poliesportiva coberta, campo de futebol society, pista de atletismo e bicicletário.

Já o Complexo Integrado de Educação Básica Profissional e Tecnológica, no São Caetano, atende a cerca de dois mil alunos, com 65 salas de aulas climatizadas, sete laboratórios, auditório e quadras poliesportivas. Também foi autorizada a construção de um Complexo Integrado de Educação no Santo Antônio, com 24 salas, restaurante estudantil, laboratórios e biblioteca.

SAÚDE 

A reabertura do Hospital São Lucas, há um ano, foi resultado de parceria da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna com o Governo da Bahia e a Prefeitura. Totalmente dedicado ao Sistema Único de Saúde (SUS), dispõe de 27 leitos clínicos, sendo 13 quartos com dois leitos e um leito de isolamento.

Ampliação do Hospital de Base, em Itabuna

Estão em andamento as obras de ampliação e reforma do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, que pertence ao município, mas também recebe recursos das esferas estadual e federal de governo, no regime de financiamento compartilhado do SUS.

Estado e município também atuaram em parceria na construção da Unidade Básica de Saúde Antônio Menezes Filho, já inaugurada, no Vila Anália. O equipamento tem apoio ao diagnóstico e terapia com recursos de imagem, centro cirúrgico com seis salas e agência transfusional.

O Governo do Estado também ressaltou a importâncias dos mutirões que facilitam o acesso a procedimentos oftalmológicos, odontológicos e de outras especialidades.

INFRAESTRUTURA E HABITAÇÃO

Condomínio Jardim Jaçanã abriga famílias atingidas pela enchente de 2021

A Secretaria da Infraestrutura da Bahia (Seinfra) é responsável pela construção da BA-649, que vai se estender por 18 quilômetros, saindo de Itabuna em direção a Ilhéus, à direita do curso do Rio Cachoeira e paralela à Rodovia Jorge Amado (BR-415). A Pasta também iniciou a duplicação de trechos que ligam o entroncamento da nova rodovia à área urbana de Itabuna.

De acordo com o Governo, nos últimos três anos, o cofre estadual bancou pavimentação asfáltica em 27 ruas e avenidas de Itabuna. Já no último dia 5, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) entregou 80 apartamentos a famílias atingidas pela enchente do Natal de 2021 e autorizou a requalificação do espaço da feira livre do Califórnia e as obras de contenção de encosta na Avenida Juracy Magalhães, no Alto Maron.

ÁGUA

Além de construir a Barragem do Rio Colônia, em Itapé, que ampliou o abastecimento de água em Itabuna e controla a vazão do Rio Cachoeira reduzindo o risco de enchentes, o Governo do Estado investe no Projeto Mais Água para a Cidade, executado em parceria com a Prefeitura. O objetivo é ampliar a capacidade de armazenamento e distribuição de água para abastecer as residências grapiúnas diariamente, eliminando o sistema de manobras.

ESPORTE E CULTURA

O Governo do Estado também construiu o Campo do Esporte Amador, no Sarinha Alcântara, um antigo sonho dos desportistas locais, requalificou a Vila Olímpica e construiu o campo de futebol society e a pista de atletismo do 15º. Batalhão da Polícia Militar, além das areninhas da Avenida Beira Rio e do Bairro Conceição.

Na área artística e cultural, o Centro de Cultura Adonias Filho, importante equipamento para a arte e a cultura regionais, foi totalmente requalificado e tem sido palco de shows, apresentações teatrais, projetos recreativos, oficinas, recepções e cursos de capacitação.

O espaço conta com uma sala de espetáculos com 297 poltronas e seis lugares para cadeirantes, três salas multiuso, um foyer/galeria e um anfiteatro na área externa que comporta até 2 mil pessoas, além de dois anexos e um coreto.

Arraiá da Misericórdia terá várias atrações regionais, na Terceira Via Hall
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Dani Matos, Banda Caxangá, Gabriel K, Rafa Motah, DJ Nadinho e Charanga da Alegria são algumas das atrações confirmadas do Arraiá da Misericórdia, no próximo dia 20, a partir das 17h, na Terceira Via Hall. O evento é parte de uma campanha de arrecadação de recursos para reformar 34 leitos do Pavilhão SUS do Hospital Manoel Novaes.

Serão 7 horas de muito arrasta-pé numa prévia dos festejos de São João e São Pedro. Os ingressos já estão à venda. A casadinha fica R$ 100,00 e o ingresso individual custa R$ 60,00.

Os pontos de vendas externas são as lojas Trend, no Shopping Jequitibá, e Pérola Luxo, na Paulino Vieira, além dos setores de Comunicação Institucional e de Gestão de Projetos, na administração do Hospital Calixto Midlej Filho, na rua Antônio Muniz, no Pontalzinho.

Para o público interno (funcionários da Santa Casa), o ingresso deve ser adquirido no setor de Gestão de Pessoas nos hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novaes, das 7h30min às 12h, e das 13h30min às 17h40min, de segunda a sexta-feira.

SOLIDARIEDADE 

A campanha para arrecadar recursos financeiros para a requalificação dos leitos de internação e tratamento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) envolve funcionários da Santa Casa, artistas regionais, empresas parceiras, entidades, veículos de comunicação e a comunidade em geral.

De acordo com os organizadores do Arraiá da Misericórdia, será montada grande estrutura para atendimento ao público. Além de boa música e muito arrasta-pé, o público poderá participar de brincadeiras e dança de quadrilha. Comidas e bebidas típicas serão comercializadas no local da festa. Todo o valor arrecadado será destinado à requalificação dos leitos.

REABERTURA DO PAVILHÃO SUS

Será uma festa para reunir toda a família, destaca a diretora técnica do Hospital Manoel Novaes, a médica Fabiane Chávez. “A expectativa é que seja uma grande festa e que possamos concluir a primeira etapa das obras de requalificação neste semestre e a reabertura do pavilhão em janeiro de 2025”, afirma.

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A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna alerta, mais uma vez, aos familiares e pacientes que não faz, em hipótese alguma, ligações telefônicas solicitando pagamento para a realização de procedimentos médicos ou hospitalares.

Recentemente, a Santa Casa recebeu relatos de pessoas que foram contatadas por marginais se passando por representantes da instituição. Esses bandidos têm exigido dinheiro para liberar exames, cirurgias ou outros serviços de saúde. A SCMI reforça que se trata de golpe. São bandidos tentando extorquir dinheiro de pessoas de boa-fé.

A Santa Casa de Itabuna ressalta que todas as tratativas relacionadas a procedimentos administrativos e financeiros da são feitas diretamente na instituição, seguindo protocolos rigorosos e transparentes. Nenhum funcionário ou representante da Santa Casa está autorizado a solicitar pagamentos ou transferências bancárias por telefone.

Caso você ou algum familiar receba uma ligação suspeita, pedimos que:

1. Não efetue qualquer pagamento ou transferência.

2. Não forneça dados pessoais ou bancários.

3. Entre em contato imediatamente com a Santa Casa para relatar o ocorrido.

A Santa Casa de Itabuna preza pela segurança e bem-estar de seus pacientes e familiares. A instituição conta com a colaboração de todos para combater essas tentativas de golpes e manter a confiança em seus serviços.

As queixas podem ser registradas pelo telefone (73) 3214-9244

Água invade quarto e corredor do Hospital São Lucas
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A chuva que atingiu parte do sul da Bahia na madrugada desta terça-feira (16) causou danos à estrutura do Hospital São Lucas, em Itabuna. Segundo a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, mantenedora da unidade, a grande volume de água provocou o transbordamento da calha principal do telhado e comprometeu a rede elétrica do prédio.

A situação exigiu a transferência de todos os pacientes do São Lucas para o Hospital Calixto Midlej Filho, que também pertence à Santa Casa. A medida, segundo a instituição, visa garantir a segurança das pessoas, além do atendimento médico adequado.

“Essa ação emergencial reflete o compromisso da equipe do Hospital São Lucas com a segurança e o bem-estar dos pacientes, mesmo diante de desafios causados por eventos climáticos extremos”, afirmou a Santa Casa, em nota. A equipe de manutenção trabalha para recuperar o Hospital.

Funcionários da Santa Casa aprovam greve || Foto PIMENTA
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Assembleia do Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos de Saúde de Itabuna e Região aprovou greve, por tempo indeterminado, nos três hospitais mantidos pela Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (Manoel Novaes, São Lucas e Calixto Midlej Filho). Eles vão paralisar as atividades, a partir de segunda-feira (18), para cobrar o pagamento do salário de fevereiro, que venceu na quinta-feira da semana passada (7), mas ainda não foi pago a profissionais de Enfermagem e de outras categorias, informa o presidente do Sintesi, Raimundo Santana.

“A Santa Casa diz que não pagou porque o recurso que recebeu da Prefeitura  de Itabuna foi insuficiente. Agora, é com eles lá. Segunda-feira, na primeira hora, nós estamos na porta do hospital para paralisar”, complementa Raimundo, acrescentando que apenas 30% dos funcionários irão trabalhar.

SANTA CASA SE MANIFESTA

O trabalhadores aprovaram a greve na noite de ontem e comunicaram à Santa Casa na manhã desta sexta-feira (15). Ao PIMENTA, a direção da mantenedora afirmou que espera repasse de verba da Prefeitura de Itabuna para quitar os salários de fevereiro. A entidade busca interlocução com a secretária de Saúde do município, Lívia Mendes Aguiar, para tentar resolver o que chama de impasse.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A Prefeitura de Itabuna informou, em nota enviada ao PIMENTA, que, neste mês, repassou R$ 2,1 milhões para a Santa Casa.

O Governo menciona o fato de a instituição não ter apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) como tomador de serviço. “Em primeira análise, não há nexo causal para imputar ao município a responsabilidade pelo atraso salarial do funcionalismo daquela instituição, uma vez que há outras fontes de financiamento para o custeio de suas atividades, incluindo um plano de saúde próprio”, diz a nota.

A Prefeitura também argumenta que administra uma dívida histórica, herdada de gestões anteriores, com a instituição filantrópica. “A Secretaria Municipal de Saúde sempre repassa valores suficientes para que a instituição honre com os seus trabalhadores e sempre tem sensibilidade para dialogar, amenizando as urgências do complexo hospitalar da Santa Casa”.

Pacientes aguardam atendimento no Hospital Manoel Novaes || Foto Divulgação
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A disparada de casos suspeitos de arboviroses (como dengue, zika, chikungunya) sobrecarrega o Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, informa a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, mantenedora da unidade. A Coordenação Administrativa do Hospital aponta aumento de 250% dos atendimentos, com um salto de 50 para 125 pacientes por dia.

Os pais que procuram a unidade em busca de atendimento para seus filhos têm esperado um pouco mais na Unidade de Pronto Atendimento, que funciona 24 horas, com dois pediatras por turno, acrescenta a direção do Hospital, em nota. A triagem e o atendimento, que funcionam por classificação de risco, possibilitam a priorização dos casos mais graves.

Ainda segundo a direção, muitas crianças que chegam ao Manoel Novaes deveriam passar por outras unidades no município. Para o HMN, só deveriam ser levados os casos graves, reforça.

PREVENÇÃO E CONTROLE

A diretora técnica do Manoel Novaes, médica Fabiane Chávez, alerta que é importante a prevenção e controle das arboviroses. Ela ressalta a necessidade de medidas eficazes de combate ao mosquito transmissor das doenças. “São ações que dependem da participação de todos. Da população, que deve cuidar para não ter criadouros do mosquito, e do poder público, com campanhas de orientação e trabalho de campo. Caso contrário, o sistema de saúde não irá suportar por muito tempo”.

Os dados indicam que entre os dias 1º e 13 foram contabilizados 1.160 atendimentos pediátricos, sendo 113 na última quarta-feira (13). “E, pela nossa classificação de risco, 85% dos casos que chegam não são da média e alta complexidade. Por causa da falta de direcionamento correto, a nossa unidade está sobrecarregada”, reforçou a médica. “As equipes do nosso hospital seguem trabalhando, incansavelmente, para fornecer cuidados de qualidade a todos os pacientes”, finalizou.

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Hoje, 14 de março, Dia Mundial do Rim, contamos as histórias de confiança, persistência, superação e conquistas de dois ex-pacientes que passaram por tratamento na Unidade de Hemodiálise da Santa Casa de Itabuna. Um deles é o servidor federal Fábio Rodrigo Sampaio Dias, que conquistou a aprovação no concurso público enquanto fazia sessões de hemodiálise.

Outro servidor público federal que passou pela unidade de Hemodiálise da Santa Casa é Marcos Vinícius. Amigos de infância, Fábio e Marcos fizeram o ensino médio na mesma escola, frequentaram a mesma turma de Medicina Veterinária na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e foram aprovados no concurso do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Mas as coincidências não pararam por aí. Eles conseguiram, em épocas e instituições de ensino diferentes, aprovação no curso de Direito.

Fábio Dias foi aprovado no concurso público federal na década de 2000, no período em que fazia três sessões de hemodiálise por semana. “Enquanto cuidava da saúde, ficava ocioso. Foi aí que comprei material e estudava para o concurso. Fiz a prova na época, entre 2002/2003, em que estava fazendo hemodiálise. Acabei fazendo o transplante e, três meses depois, o INSS me chamou para a posse”, recorda.

O servidor público afirma que é preciso acabar com estigma de que o tratamento é o fim da vida de uma pessoa. “Quando vimos uma pessoa fazendo diálise, imaginamos um ambiente muito triste, tenebrosa. É um tratamento um pouco longo, cansativo, mas melhora muito a qualidade de vida de quem perdeu o funcionamento dos rins”.

DESCOBRIU A DOENÇA POR ACASO

Fábio Dias descobriu a complicação renal por caso, ao fazer exames para identificar um problema no estômago. “Quando descobri que os rins estavam comprometidos e passei a fazer hemodiálise, acendeu um alerta, meio que uma bandeira vermelha, para toda a família. A situação começou a ser investigada. Descobrimos que meu irmão gêmeo também tinha complicação renal”.

O irmão de Fábio Dias conseguiu prolongar a vida dos rins dele por mais 10 anos. Ele só precisou ser transplantado em 2015 e hoje tem uma vida normal. Já Fábio fez o primeiro trasplante em setembro de 2003, depois de fazer um tratamento conservador por três anos e um período de hemodiálise. No primeiro transplante, aos 23 anos de idade, o servidor público federal recebeu a doação da mãe. O rim funcionou bem por 19 anos e, no início de 2022, voltou a fazer hemodiálise. Ele fez um novo transplante em 2023.

Quem também tem uma história de superação e conquistas é o servidor público Marcos Vinícius, amigo de infância e colega de trabalho de Fábio Dias. Ele fez dois anos de sessões de hemodiálise na unidade de Hemodiálise da Santa Casa de Itabuna e é transplantado há 17 anos. “Minha pressão estava muito alta e acabei descobrindo que estava com insuficiência renal. Pouco meses depois já estava fazendo as sessões”.

ACEITAR O TRATAMENTO

De acordo com Marcos Vinícius, a superação do obstáculo se deve ao fato de ter aceitado, de pronto, o tratamento. “Aceitei a hemodiálise como parceira e não desisti de procurar o transplante. Quem fez a doação foi minha mãe, que tinha 66 anos na época. Hoje ela goza de uma excelente saúde. Faço um apelo a quem está pensando em doar, que faça esse grande gesto de solidariedade. Estou muito bem. Faço atividades físicas: musculação e crossfitt”.

No período em que estava fazendo a hemodiálise, o servidor público, que é médico veterinário e bacharel em Direito, fez pós-graduação relacionada à primeira graduação e, hoje, cursa mestrado em Administração Pública. “Eu e Fábio temos uma história de vida parecida. Passamos pela hemodiálise, estudamos juntos na infância e na faculdade, trabalhamos na mesma unidade do INSS em Ibirapitanga. Hoje trabalhamos em Itabuna. A gente tem essa história marcada pela coincidência. Temos muito orgulho de ter passado pela hemodiálise e transplante. Estamos aqui para dizer para pessoas terem coragem e fazerem o tratamento corretamente”.

O nefrologista Rodolfo Nascimento, da Santa Casa de Itabuna, alerta que insuficiência renal é uma doença silenciosa. O médico destaca a importância do diagnóstico precoce para que o tratamento seja iniciado o mais cedo possível. A maioria dos pacientes que chega à unidade tem comorbidades como diabetes e hipertensão. Isso significa que é importante a alimentação saudável, atividades físicas e ingestão de água. A pessoa deve ainda fazer exames de rotina.

Assembleia aprova greve || Foto Sintesi
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Empregados da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI) decidiram entrar em greve, a partir das próxima segunda-feira (18), caso não recebam o salário de novembro, que deveria ter sigo pago até 7 de dezembro, quinto dia útil deste mês. A decisão foi tomada em assembleia, na noite desta quarta-feira (13), no sindicato da categoria. Cerca de 700 trabalhadores vão aderir à paralisação, estima o presidente do Sintesi, Raimundo Santana, referindo-se aos funcionários dos três hospitais mantidos pela SCMI.

Ao PIMENTA, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Itabuna e Região (Sintesi) alegou que enfermeiros, técnicos e outros colaboradores dos hospitais Manoel Novaes, Calixto Midlej Filho e São Lucas não têm alternativa a não ser lutar pelo direito trabalhista mais básico, o salário. “Tem sido assim todo mês, as pessoas estão cansadas”.

A Santa Casa culpa a Prefeitura de Itabuna pelo atraso salarial, reivindicando fatura de convênios pactuados com a Secretaria Municipal de Saúde. Também ouvido pelo PIMENTA, o provedor Francisco Valdece afirmou que os serviços prestados via SUS equivalem a 50% do faturamento da SCMI. Ele acrescentou que o vínculo é deficitário para a SCMI, mas que a instituição prioriza seu compromisso filantrópico com a sociedade.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Itabuna informou o pagamento de R$ 2 milhões à Santa Casa (veja detalhes aqui).

João Evangelista, de branco: greve suspensa após garantia de pagamento
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Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna decidiram suspender a greve que seria deflagrada na manhã desta terça-feira (14). De acordo com João Evangelista, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna, houve sinalização de pagamento do salário de outubro ainda nos próximos dias.

A provedoria tem atribuído à Prefeitura de Itabuna a culpa pelos atrasados no pagamento de salários. O município já reconheceu a dívida com a Santa Casa de Misericórdia, hoje superior a R$ 5 milhões.

Numa entrevista na última semana, o prefeito Augusto Castro disse que a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tem comprometido pagamento aos fornecedores.