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Geraldo, ao centro, com Sodré (à esquerda) e Jairo durante live

Geraldo Simões (PT) se comprometeu a implementar amplo programa de geração de emprego, com destaque para comércio, indústria e serviços, em Itabuna, caso eleito. A promessa foi feita durante live do candidato a prefeito de Itabuna com o secretário de Organização do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (SindAlimentação), Eduardo Sodré, nesta terça-feira (3).

Ressaltando a importância da parceria com o governador Rui Costa para geração de emprego e renda, Geraldo afirmou que já tem entendimentos com Governo Estadual para que Itabuna tenha uma compensação por causa da perda de indústrias no município. “As empresas querem isenção de impostos e é o governador quem escolhe as cidades aonde elas vão se instalar. Nós vamos colar em Rui Costa para que Itabuna seja candidata para receber essas indústrias”.

Geraldo afirma que vai utilizar as relações que tem com o senador Jaques Wagner e o governador Rui Costa, para trazer o Porto Seco, coletar 100% do esgoto e tratar 100% água e pavimentar as ruas com asfalto de qualidade. “Está na hora da gente reverter esse declínio e ajudar Itabuna a dar a volta por cima”, afirmou.

Para Jairo Araújo, candidato a vice-prefeito, Itabuna necessita de uma gestão que trate os problemas da cidade, que são muitos, mas que também construa oportunidades e alternativas de emprego e renda. Geraldo pontuou que Itabuna está com apenas 22% de trabalhadores com a carteira assinada, destacando que é 81ª cidade no estado da Bahia com trabalhadores registrados.

Ele criticou a desativação da fábrica da Nestlé na cidade e alertou que acarretará um aumento do número de desempregados com carteira assinada, próprios como também dos terceirizados. “Além do empobrecimento das pessoas, isso diminui a arrecadação da prefeitura”.Leia Mais

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Nestlé desativa mais uma linha de produção em Itabuna e demite 28 funcionários
Nestlé desativa mais uma linha de produção em Itabuna e demite 28 funcionários

A unidade da Nestlé em Itabuna desativou uma das três linhas de produção do achocolatado Nescau e demitiu 28 trabalhadores, no início da noite de ontem (31). A linha de alta performance produzia, por hora, 24 mil litros de Nescau líquido em caixinha. A empresa alegou ter sido afetada pela queda no consumo em todo o país.

A notícia levou preocupação a vários setores da economia. Já em 2014, a multinacional de alimentos encerrou a produção de leite em pó Ninho em Itabuna, que produzia média de 60 mil litros de leite em pó, diariamente. A unidade foi transferindo para Minas Gerais. A multinacional demitiu 180 funcionários nos últimos quatro anos em Itabuna, conforme o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (SindAlimentação).

O diretor regional da entidade, Eduardo Sodré, cobra maior envolvimento dos governos estadual e municipal para evitar que a unidade itabunense “feche de vez”. Desde 2014, a partir das pressões do sindicato e dos funcionários, foram realizadas audiências públicas e reuniões no Governo da Bahia. “Sem a mobilização dos governos, Itabuna perderá de vez a unidade da Nestlé”, afirmou Sodré em entrevista ao PIMENTA.

Trabalhadores reunidos em assembleia na manhã desta terça (1º).
Trabalhadores reunidos em assembleia na manhã desta terça (1º).

Com o desmanche da linha de produção itabunense, diz Sodré, fica difícil não pensar no pior. O dirigente sindical lembra ter buscado apoio governamental e político para tentar frear as demissões na unidade, mas critica prefeitura e governo do estado pela falta de empenho. E alerta: “Se não houver interesse público em todas as esferas, a fábrica não levará muito tempo para o desfecho final”, lamenta.

As demissões ocorrem mesmo com a unidade contando com vários incentivos governamentais. Um dos incentivos é o desconto de 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

De acordo com Sodré, a unidade da multinacional contava com 343 trabalhadores, quantidade que caiu para menos de 170 com as demissões registradas ao final de ontem.

OUTRO LADO

A Nestlé Brasil confirmou ao PIMENTA a desativação da linha de produção do achocolatado, “para adequar o volume de produção à atual demanda do mercado”. A desativação, reforça, é por tempo indeterminado. Porém, negou que haja intenção de encerrar as atividades em Itabuna.

Ainda segundo a empresa, “a decisão foi tomada em função da consistente retração da categoria de Achocolatados Líquidos que, nos últimos 3 anos, apresenta retração acima de 15%, de acordo com dados apurados pela Nielsen no Brasil. A diminuição das vendas desse tipo de produto tem sido ainda mais relevante no Norte e Nordeste, impactando diretamente a unidade de Itabuna, responsável pelo abastecimento dessas duas regiões”.

A Nestlé disse que cumprirá com todas a suas obrigações com os colaboradores e familaires e “oferecerá suporte e pacotes com benefícios adicionais” aos demitidos.

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Nestlé concederá férias coletivas a trabalhadores em Itabuna.
Nestlé concederá férias coletivas a trabalhadores em Itabuna.

A Nestlé anunciou a concessão de férias coletivas aos trabalhadores da fábrica de Itabuna. A medida atingirá a produção de achocolatado Nescau e começará a valer a partir do dia 19 de dezembro. A unidade tem 216 funcionários.

Sodré, do Sindalimentação.
Sodré teme desemprego e desativação de fábrica.

Serão 15 dias de férias coletivas, período em que apenas os setores administrativo e de vendas funcionarão, segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Alimentação (Sindalimentação), Eduardo Sodré. A empresa teria alegado aos funcionários, segundo o sindicalista, uma retração do mercado causada pela crise econômica. As férias seriam medidas de ajuste entre produção e demanda.

Sodré teme nova onda de demissões na fábrica. A unidade de Itabuna tinha 343 funcionários até o ano passado. O corte de vagas ocorreu com a desativação da linha de leite em pó. Parte dos trabalhadores foi transferida para a unidade de Feira de Santana e quase 100 foram demitidos.

MAQUINÁRIO LOCADO

O dirigente diz temer, também, a desativação da linha de produção em Itabuna. “O maquinário utilizado em Itabuna é locado pela Nestlé [pertence à Tetra Pak]”, disse o sindicalista ao PIMENTA.

Demonstrando preocupação com o cenário local, Sodré disse ser necessário envolvimento efetivo da Câmara e do município para evitar demissões e desativação da unidade itabunense. “Vamos acionar os governos municipal e estadual. Já perdemos a linha de produção de leite em pó”, diz, acrescentando que a empresa não descarta medidas mais duras no município sul-baiano.

A Nestlé instalou-se no Centro Industrial de Itabuna, na BR-415, há mais de 30 anos. Durante este período, sempre esteve entre os maiores geradores de receita oriunda do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

 

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Reunião tratou da situação de funcionários da Nestlé em Itabuna.
Reunião tratou da situação de funcionários da Nestlé em Itabuna.

O clima é de apreensão entre os funcionários da Nestlé em Itabuna. Desde o início do ano, mais de 40 demissões foram registradas na área de produção de leite em pó, após a desativação da linha Ideal, um dos produtos comercializados pela multinacional de alimentos.

Dirigentes do SindAlimentação se reuniram com dirigentes nacionais da Nestlé e deles obtiveram resposta nada alentadora. De acordo com Eduardo Sodré, da base do Sindalimentação em Itabuna, a garantia da Nestlé é de que as operações serão mantidas até dezembro deste ano.

Sodré e dirigentes do Federação Latino-Americana dos Trabalhadores da Nestlé (Felatran) se reuniram com o diretores da Nestlé nas áreas de Recursos Humanos (Luiz Fruet) e de Relações Trabalhistas Marcos Baccarin). Os dois diretores informaram que o programa de produção de leite está mantido até dezembro.

A Nestlé deverá definir, até a segunda quinzena de outubro, um dirigente para conversar com os trabalhadores da unidade em Itabuna. “O clima de terror (na empresa) vem aumentando a cada dia devido ao não esclarecimento por parte da Nestlé”, diz Sodré.

A Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (Adasb) já havia alertado para os prejuízos com as mudanças nas operações da multinacional de alimentos no sul da Bahia. Além de reduzir o valor pago pelo litro do leite (de R$ 1,15 para R$ 0,85), a Nestlé também diminuiu para 100 quilômetros o raio de captação do produto in natura. Sodré, do Sindalimentação, diz que o risco é de mais 100 demissões na unidade de Itabuna.