Tempo de leitura: 3 minutos

O celular é o principal dispositivo usado tanto por estudantes, para acompanhar aulas remotas, quanto por trabalhadores que tiveram que migrar as atividades para a internet por causa da pandemia. Os dados são da 3ª edição do Painel TIC covid-19 do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A ênfase desta edição foi ensino remoto e teletrabalho. 

A pesquisa, divulgada hoje (5), foi feita com base em entrevistas com 2.728 usuário de internet de 16 anos ou mais, entre 10 de setembro e 1º de outubro deste ano, pela web e por telefone.

Entre os estudantes, 37%, o maior percentual, usam o celular para realizar atividades e acompanhar aulas, 29% usam notebooks e 11%, computadores de mesa. Entre os trabalhadores, 41% usam o celular, 40% notebook e 19%, computadores de mesa.

Embora ajude a ampliar o acesso à internet, o celular tem uma série de limitações, de acordo com a analista de informação no Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), vinculado ao CGI.br, Daniela Costa: “Aqueles que contam com computador em casa, que contam com tablet e uma diversidade maior de dispositivos têm melhores oportunidades de realização desse trabalho ou desse ensino remoto”.

Há diferenças entre as classes sociais. O celular é mais usado como ferramenta de estudos e trabalho pelas classes D e E do que pelas classes A e B. Entre os estudantes, 54% das classes D e E usam celulares e apenas 10%, notebooks. Nas classes A e B, o percentual dos que usam notebooks aumenta, passando para 45%, enquanto aqueles que usam celulares cai para 22%.

Entre os trabalhadores, nas classes D e E, 84% usam celulares, enquanto nas classes A e B, esse percentual é 22%. O computador, seja notebook ou de mesa, é usado por 77% dos trabalhadores usuários de internet das classes A e B.

“Algumas pessoas utilizam planos de dados limitados, que não permitem que acessem a internet de forma completa. Acessam, na verdade, determinados aplicativos. Se precisam fazer pesquisas escolares, não conseguem acessar sites de maneira ilimitada, acessam aplicativos, às vezes de mensagem instantânea ou redes sociais”, diz Daniela. Leia Mais

Tel consegue na justiça autorização para funcionar em Itabuna
Tempo de leitura: < 1 minuto

A filial da Tel em Itabuna decidiu adotar o teletrabalho após sofrer derrota judicial ao tentar obter liminar que permitisse abrir a unidade de telemarketing no sul da Bahia. Hoje, os funcionários estão sendo comunicados que irão trabalhar em casa (teletrabalho). Os equipamentos estão sendo entregues aos funcionários em suas residências.

A Tel resistia a cumprir decreto do prefeito em exercício de Itabuna, Fernando Vita, que proibiu a abertura de empresas de vários segmentos na guerra contra o coronavírus. Na manhã de sábado, homens da Guarda Municipal foram até o local e fecharam a empresa.

Logo depois a Tel entrou com ação judicial para tentar reverter o fechamento temporário no período de isolamento social determinado em decreto municipal. O juiz da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Itabuna, Ulisses Maynard Salgado, indeferiu o pedido, observando que a medida é excepcional e as autoridades em saúde fazem estimativa de pico de casos de coronavírus em prazo de duas semanas, razão pela qual a medida do município é necessária. A empresa adotou o teletrabalho, como também já havia sugerido o Ministério Público do Trabalho (MPT) a empresas do sul da Bahia.