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Os aprovados em concurso da prefeitura de Itabuna em janeiro do ano passado vão se reunir, hoje, às 14h30min, no plenário da Câmara de Vereadores. Uma comissão, formada mês passado, quer definir com os aprovados e ainda não contratados ações legais e políticas para pressionar o governo a convocá-los imediatamente. A intenção é também sensibilizar a opinião pública.

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Moradora do bairro Pontalzinho enfrentou uma noite insone de ontem para hoje, sendo obrigada o ouvir uma trilha sonora que só pode ter sido composta pelo “coisa ruim”, e em momentos de péssima inspiração.
Em frente à residência, um Fiat Uno escuro emitia o som de altíssimo volume e – como de costume – de péssima qualidade.
A barulheira invadiu a madrugada e, às 00h30min, a moradora decidiu ligar para o 190. Passou as informações de praxe e aguardou a bendita viatura da PM, que não chegava.
Uma hora após o primeiro chamado, nova ligação para o 190 e a resposta da atendente doeu mais no ouvido do que o arrocha que rolava solto na porta da casa.
Disse a policial: “minha filha, a viatura não vai na hora que você quer, não”. E isso, repetimos, foi uma hora após o primeiro chamado.
Danada da vida, a pobre cidadã ficou quase toda a madrugada “curtindo” a poluição sonora. E o Fiat mal-assombrado só foi embora  às 3h da madruga.

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emilio1-1Emílio Gusmão

emilio.gusmao@gmail.com

 

 

” Nos povoados camponeses mestiços, inclusive naqueles onde a língua mudou e a indumentária tradicional foi abandonada, subsistem traços da ‘cultura material, das atividades produtivas, dos padrões de consumo, da organização familiar e comunitária, das práticas médicas e culinárias e de grande parte do universo simbólico’: a desindianização provoca nesses grupos ‘a ruptura da identidade étnica original ‘, mas continuam tendo consciência de ser diferentes ao se assumir como depositários de um patrimônio cultural criado ao longo da história”.

Nestor Garcia Canclini
Culturas Híbridas, editora Edusp.

As discussão sobre a demarcação das terras Tupinambás, em Olivença, não deve cair no erro de questionar a legitimidade “étnica” dos índios.

A mestiçagem nos caracteriza e é um componente intrínseco do povo brasileiro.
Devemos levar em consideração o diálogo permanente entre as culturas e a influência do capitalismo, que altera as relações humanas em todos os aspectos. Considerar índio apenas o “primitivo” que come carne humana ou anda com as suas “vergonhas” de fora, é, sem sombra de dúvida, uma opinião equivocada e ignorante.
O desenvolvimento capitalista influencia qualquer comunidade que não seja totalmente isolada das outras, sendo assim, não há porque exigir do índio “comportamentos” de um silvícola.
Os povos indígenas submetidos à hegemonia cultural do homem “iluminista”, com o passar dos tempos, perderam componentes valiosos de sua identidade. Essa imposição, além de ser dura, é cínica, pois cobra deles autenticidade.
Dúvidas relacionadas às origens dos índios de Olivença (Tupinambás ou Aimorés ou Tupiniquins), podem ser consideradas problemas de pesquisa, porém, isso não lhes tira o direito pela terra, pois o reconhecimento étnico-cultural veio em 2002, através da FUNAI.
Caso o amigo leitor não acredite, na “persistência” de tradições indígenas no cotidiano deste grupo, sugiro maior atenção à citação do escritor argentino Nestor Canclini, colocada no início do texto.
A discussão sobre a dimensão da reserva merece outro artigo, que não poderá ignorar os direitos dos moradores de Olivença, e dos demais grupos ali presentes.

 

Emílio Gusmão é comunicólogo e autor do Blog do Gusmão.