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Quem não quis ou não pôde viajar nesse feriadão de carnaval, acaba por, uma hora ou outra, tentar se salvar do tédio no Shopping Jequitibá, um dos raros locais de lazer nessa Itabuna quase fantasma.

O problema é que quando o marasmo da cidade se junta ao calor que os clientes do shopping estão sendo obrigados a enfrentar esses dias, o passeio se torna uma tortura.

Funcionários de empresas da praça de alimentação, certamente o local mais hot daquelas bandas, dizem que a administração alega que o ar-condicionado não dá conta do calorão porque agora (?) as portas de acesso ficam abertas, e a corrente de ar complica as coisas. Hum…, sei não.

Para complicar mais, diz o tal funcionário, a administração culpa o âncora Hiper Bompreço cujo ar já não ajuda como antes. “Isso aqui está assim desde outubro. Quem sofre somos nós, funcionários, e vocês, clientes, que pagam caro para enfrentar essa estufa”, desabafa o atendente.

Para o problema da porta aberta, uma solução simples seria uma cortina de vento, coisa que toda bodega tem. Quanto ao auxílio do ar dos outros, é algo que chega a preocupar, uma vez que, pelas taxas que são cobradas  dos lojistas, o próprio shopping deveria ter uma central que auxiliasse as demais.

Mas, reclamar a quem, se nem as filas ilegais conseguimos combater?

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A ministra Dilma Rousseff está, desde ontem, curtindo o carnaval de Salvador (BA). Por lá, divide as atenções entre o governador Jaques Wagner (PT) e o pré-candidato e ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). A petista e presidenciável vai exercitando um pouco já de olho nas eleições de outubro. Na hora da cobra fumar, ela espera contar com os dois palanques para decolar na Bahia.

Dilma acena para foliões, ao lado de Wagner (Foto Alberto Coutinho)…

… E com o ministro Geddel, pré-candidato a governador.
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O Pierrô Arruda passa carnaval no xilindró – charge: Clayton

O pedido de intervenção federal no governo de Brasília, feito pelo procurador-geral da república, Roberto Gurgel, encontra apoio até em lideranças do DEM, partido ao qual pertence o governador em exercício, Paulo Octávio.

A tática dos mangangões do DEM, a exemplo do senador Demóstenes Torres (GO), é afastar do ex-partido de Arruda qualquer possiblidade de contaminação pelo escândalo. Tarde demais.

A polícia federal já encontrou na sede oficial do governo do Distrito Federal documentos que ligam financeiramente Arruda ao DEM, através de recibos de doações de empreiteiras.

Os dirigentes democratas dizem que o dinheiro (apenas dois recibos registra mais de R$ 400 mil destinados à legenda) foi repassado de forma legal.

Só que, se assim fosse, os recibos deveriam estar na contabilidade das empresas e não no escritório de Arruda. Essa é a questão que mais intriga a Polícia Federal.

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Marcos Coimbra

O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina?

Tucanos e petistas, com suas adjacências, passaram boa parte da semana discutindo sobre quem fez mais nos períodos em que governaram. Foi um debate de “alto nível”, não pelo clima em que transcorreu, mas por ter envolvido os notáveis dos partidos, sem deixar de lado a ministra Dilma.

Tudo começou, como sabemos, com o artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado domingo último, intitulado “Sem Medo do Passado”. Nele, o ex-presidente diz que aceita o desafio de comparar seu governo ao de Lula, provavelmente por entender que, na comparação, é ele quem ganha.

Não deixa de ser um gesto de coragem, indispensável a quem exerce um papel de liderança intelectual e política no conjunto das oposições. Com o artigo, FHC mostra que não está disposto a permanecer acuado pela ameaça do plebiscito e que vai enfrentar “o touro a unha”, como se dizia antigamente.

Ou seja, para ele, o embate plebiscitário que Lula propõe começou, sendo seu texto (e as reações que provocou no PT) apenas o primeiro round. É como se dissesse que, se é inevitável que a eleição presidencial deste ano se torne um plebiscito, que seja feito e que comece logo: “Podem vir quentes, que eu estou fervendo!”.

Foi Lula quem inventou essa ideia de eleição plebiscitária. Ainda no final de 2007, ele passou a defendê-la, afirmando que os eleitores deveriam ser convidados a fazer uma escolha na hora de votar: se estivessem de acordo com seu trabalho nos últimos 8 anos, que votassem na candidatura que representa sua continuidade. Quem gostasse dele, que votasse em Dilma.

Até aí, nada demais. É natural que um partido que está no governo tenha um candidato identificado com a continuação (ainda mais quando conta com mais de 80% de aprovação). Já vimos isso mil vezes no plano estadual e municipal, e ninguém acha estranho. Pode ser que o indicado seja uma pessoa conhecida, que já disputou eleições e tem notoriedade. Mas não necessariamente, pois o candidato do governo pode ser até um completo desconhecido. Vem daí a ideia de “poste”, que reaparece com frequência nas situações em que administrações bem-sucedidas são representadas por candidatos sem grande biografia.

Assim, depois de ter ficado oito anos no poder, nada mais compreensível que o PT tenha uma candidata cuja proposta básica é manter as coisas como estão. O fato de Dilma ser pouco conhecida pelo eleitorado é quase irrelevante, como foi no caso de vários outros candidatos com perfil semelhante (a maioria dos quais vitoriosa, é bom lembrar).

O interessante no plebiscito que Lula quer fazer acontece fora do PT. Para começar, ele pressupõe que o vasto condomínio partidário que se representa em seu governo se coligue formalmente em torno da ministra, o que tem como primeira consequência que o tempo de propaganda eleitoral de todos os partidos será somado e oferecido a ela. Hoje, pelo andar da carruagem, falta pouco para isso seja confirmado.

Mas o mais interessante é que o plebiscito não é, propriamente, algo que saiu de sua cabeça. Antes, é sua resposta a algo que ele considerava inevitável, a candidatura de Serra. Foi procurando se adaptar a ela que a estratégia do plebiscito foi elaborada.

Se as oposições estavam prontas a marchar unidas em torno do governador, ex-ministro e candidato sempre apoiado por FHC, o cenário de um plebiscito entre os dois presidentes estava montado. Bastava fazer o mesmo de seu lado, com sua colaboradora como candidata, que o eixo da eleição poderia ser deslocado para uma escolha entre quem foi melhor como presidente, Lula ou Fernando Henrique?

Ao longo da semana, o sistema político se posicionou nos termos do plebiscito desejado por Lula. Todas as oposições tiveram que se pronunciar, defendendo FHC e assumindo a defesa de seu governo. Do lado do presidente, foi com gosto que seus correligionários mostraram sua preferência por Lula.

O plebiscito, de fato, começou. O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina? Será que consegue recuperar sua imagem nos próximos 8 meses, fazendo o que não conseguiu nos últimos 8 anos?

Marcos Coimbra é diretor do Vox Populi (artigo publicado no Correio Braziliense).

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Marco Wense

Borges e Dilma Rousseff.

O senador César Borges, cria política de Antônio Carlos Magalhães (ACM), presidente estadual do PR, quando questionado sobre sua posição diante da sucessão do governador Jaques Wagner, diz que tem “mais afinidade com o DEM, mas…”.

É esse “mas” que preocupa os democratas e, principalmente, o pré-candidato Paulo Souto. O “mas” de Borges pode ter várias interpretações, mas nenhuma delas a favor do soutismo.

Uma das interpretações é que o “mas” se refere a confortável posição de Wagner nas pesquisas de intenção de voto, com a possibilidade de reeleição já no primeiro turno.

Se esse “mas” diz respeito aos resultados das consultas populares, o senador vai buscar sua reeleição na chapa majoritária encabeçada pelo candidato com mais chances de vitória.

César Borges, ex-governador da Bahia, aquele da “água e óleo não se misturam”, fazendo uma alusão ao então PFL e ao PT, se acha, como diz o ditado popular, o “rei da cocada preta”.

DILMA E O PSDB

O tucanato, infantilmente e ingenuamente, entra no jogo do popular e carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista dos petistas. O petista-mor.

É perda de tempo ficar questionando na justiça que o presidente Lula faz campanha antecipada para Dilma Rousseff. Fica parecendo que o PSDB está com medo da ministra (Casa Civil).

Os tucanos erram quando atacam a pré-candidata do PT, chamando a petista de “liderança de silicone”, “ventríloquo” e “Frankenstein”. A impressão, principalmente no eleitorado feminino, é que existe um preconceito contra a figura da mulher na política.

Se os tucanos continuarem com essa política de agressão pessoal, de desqualificar a ministra, a vaca vai para o brejo mais cedo. Depois, a Inês é morta. Não adianta chorar o leite derramado.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Há pouco, o governador José Serra (PSDB) concedia entrevista à Rede Bahia e falava do seu desejo de ver Daniela Mercury cantando em cima de um trio elétrico em Salvador, onde o tucano se encontra neste momento. Serra, aliás, encontra-se no camarote da cantora.

Depois de falar da sua admiração pela rainha do axé, o governador de São Paulo se perdeu e pergunta à repórter Ana Valéria:

– É gravado?

– Não, governador, o senhor está ao vivo – responde a repórter da afiliada da rede Globo para um Serra com cara de seiquelá, seiquelá.

O deslize é natural. Serra entrou em competição com a petista Dilma Rousseff para ver quem visita mais cidades neste carnaval. Mais cedo, os dois estavam em Recife. Agora, ambos passeiam pelos circuitos da folia momesca em Salvador.