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O governador Jaques Wagner deu entrada hoje pela manhã no Hospital Espanhol, para a realização de exames de rotina. Segundo ele, a intenção seria fazer um check up geral antes de entrar oficialmente em campanha.
A presença do petista na instituição de saúde deu ensejo a uma boataria generalizada na internet, onde se espalhou a versão de que ele teria sofrido um infarto. Até a primeira-dama do País, Marisa Letícia, telefonou para saber notícias do amigo. Também ligaram o ex-prefeito de Salvador, Mário Kertész, âncora do jornalismo da Metrópole FM, e o governador de Sergipe, Marcelo Deda.
“Fiz um exame normal para me preparar para a campanha, por isso ninguém foi avisado”, disse Wagner. O médico que atendeu o governador informou que ele se encontra “em perfeitas condições de saúde, pronto para desempenhar suas funções laborativas”.

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Ex-presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna  e ex-membro da Assembleia Legislativa, para a qual foi eleito com o slogan “O dentista do povo”, o intrépido Pedro Egídio volta à cena. Nesta semana, ele apareceu em uma reportagem do programa “Se Liga, Bocão”, acusado de utilizar os serviços charlatães de uma falsa odontóloga.

Egídio, que tem diversas clínicas espalhadas por Salvador e Região Metropolitana, esquivou-se da acusação, dizendo que a mulher (que foi presa) apenas auxiliava nos atendimentos. Ocorre que pacientes declararam ter sido de fato atendidos pela “dentista”, que assim se apresentou e fez procedimentos para os quais se exige a habilitação profissional.

Uma coisa não muda: tanto na política quanto na odontologia, este cidadão sempre se notabilizou pelas suas retumbantes lambanças.

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Nos bastidores da política, o comentário é que os deputados federais Mário Negromonte e João Leão deixaram o secretário-geral do PP baiano, Jabes Ribeiro, em má-situação e sem as condições financeiras necessárias para disputar uma vaga à Assembleia Legislativa.
Velhas raposas da política estadual, Negromonte e Leão preferiram investir em seus filhos a apostar em Jabes. O presidente do PP baiano lançará Negromonte Júnior a estadual. Já o ex-secretário de Infraestrutura, aposta no filho Cacá Leão.
Ainda nos bastidores, se diz que Jabes teria recebido pressões para desistir da candidatura a deputado estadual para apoiar Negromonte Jr. Primeiro, o apoio a “Juninho” chegou como sondagem, tornando-se uma imposição com o passar do tempo. Aguardemos os próximos capítulos desta novela.

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DUNGA É DEMITIDO horas depois do desembarque em Porto Alegre (Foto Google).

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu ao ex-jogador Dunga a chance de fazer estágio como técnico de futebol já na Seleção Brasileira. Ele até conquistou títulos – os mais variados – e só não trouxe para casa os dois mais importantes: O ouro em Pequim-2008 e o hexacampeonato na África do Sul.

O período de estágio, que começou em 2006, encerrou-se neste domingo, 4, dois dias após a derrota do Brasil para a Holanda, por 2×1. A demissão de Dunga e da comissão técnica foi anunciada em nota oficial publicada no site da CBF. Jogadores e comissão técnica chegaram ao Brasil nesta madrugada. Abaixo, a nota.
Encerrado o ciclo de trabalho que teve início em agosto de 2006, e que culminou com a eliminação do Brasil da Copa do Mundo da África do Sul, a CBF comunica que está dispensada a comissão técnica da Seleção Brasileira. A nova comissão técnica será anunciada até o final deste mês de julho.

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Leandro Afonso | www.ohomemsemnome.blogspot.com
Em Brilho de uma Paixão (Bright Star – Reino Unido/ Austrália/ França, 2009), Jane Campion mostra o que parece ser um alter-ego sem talento. Ao revisitar temas, sentimentos e tipos de abordagens, ela não se apresenta, por exemplo, como a mesma diretora de O Piano (1993). Visto Brilho de uma Paixão, é inevitável pensar que ela fez este como um rascunho para o outro – o que, óbvia e infelizmente, não é o caso.
Ainda que baseado na biografia de John Keats (1795-1821) por Andrew Motion, o que temos aqui é a relação de Keats (Ben Whishaw) – um dos maiores poetas britânicos do romantismo –, no final da vida, com Fanny Brawne (linda e ótima Abbie Conish, que parece irmã de Jack White). Temos um homem romântico, uma mulher mais jovem que mostra paixão recíproca, e a impossibilidade de ficarem juntos – por alguns motivos, mas especialmente pela falta de condições para Keats pagar as contas.
É Campion em retorno ao biofilme sobre personagem literário, como em Um Anjo em Minha Mesa (1990), quando falou sobre a (conterrânea) neo-zelandesa Janet Frame. Só que, ao abordar o poeta britânico, Campion cai em todas as armadilhas possíveis.
Poemas são recitados sem a fruição que podem ter quando lidos, e sem o poder que a mise-en-scène pode oferecer. O mel jogado na tela, mesmo não excessivo, é o suficiente para tirar a sensualidade melancólica ali presente. E os pequenos detalhes que envolvem a relação, um dos pontos altos do filme, parecem fracos quando vemos Conish em sintonia diferente da de Whishaw – e isso não em termo de situação social no filme, mas de atuação mesmo.
Todo o apego de Campion ao texto, a Keats e à dor dele, é tão perceptível quanto prejudicial à imagem. Até no final, quando ela nos lembra que Keats morreu sem ser reconhecido e que hoje é tido como expoente do movimento, a impressão é de que o personagem e sua obra só ficam maiores quando postos ao lado do filme. É quando a paixão, bem perceptível, atrapalha mais que cativa a transposição e o resultado.

Visto no Cinema do Museu – Salvador, junho de 2010.

Filmes da semana

1. O Corvo (1943), de Henri-Georges Clouzot (DVDRip) (***)
2. Brilho de uma Paixão (2009), de Jane Campion (Cinema do Museu) (**)
3. Paris, Texas (1984), de Wim Wenders (DVDRip) (****)
4. Sissi (1955), de Ernst Marischka (**)
Curta:
5. Futebol Além dos Sentidos (2010), de Luciana Queiroz (Espaço Unibanco – Glauber Rocha) (**1/2)

Filmes do mês

10. O Profeta (2009), de Jacques Audiard (Espaço Unibanco – Glauber Rocha) (***1/2)
9. Cidade Baixa (2003), de Sergio Machado (DVD) (***1/2)
8. Ligações Perigosas (1988), de Stephen Frears (DVD) (***1/2)
7. Batalha no Céu (2008), de Carlos Reygadas (sala Walter da Silveira) (***1/2)
6. Ascensor para o Cadafalso (1957), de Louis Malle (DVDRip) (****)
5. O Demônio das 11 Horas (1965), de Jean-Luc Godard (DVDRip) (****)
4. Na Cidade de Sylvia (2007), de José Luis Guerín (DVDRip) (****)
3. Inimigos Públicos (2009), de Michael Mann (DVD) (****)
2. Paris, Texas (1984), de Wim Wenders (DVDRip) (****)
1. A Infância de Ivan (1962), de Andrei Tarkovsky (DVDRip) (****1/2)
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Leandro Afonso é comunicólogo, blogueiro e diretor do documentário “Do goleiro ao ponta esquerda”.

<p style=”text-align: center;”><a href=”http://www.pimentanamuqueca.com.br/wp-content/uploads/70-MM2.jpg”><img title=”70 MM” src=”http://www.pimentanamuqueca.com.br/wp-content/uploads/70-MM2.jpg” alt=”” width=”559″ height=”95″ /></a></p>
<p style=”text-align: center;”><a href=”http://www.pimentanamuqueca.com.br/wp-content/uploads/Final-3.jpg”><img class=”aligncenter size-full wp-image-30092″ title=”Final 3″ src=”http://www.pimentanamuqueca.com.br/wp-content/uploads/Final-3.jpg” alt=”” width=”42″ height=”13″ /></a></p>
<p style=”text-align: center;”>
<p><strong>Leandro Afonso</strong> | <a href=”http://www.ohomemsemnome.blogspot.com”>www.ohomemsemnome.blogspot.com</a></p>
<p><em><img class=”alignright” src=”http://roteiroceara.uol.com.br/wp-content/uploads/2009/09/BLOG2_viajo_porque_preciso_volto_porque_te_amo_cultura.jpg” alt=”” width=”368″ height=”182″ />Viajo porque preciso, volto porque te amo</em> (<em>idem</em> – Brasil, 2009), de Karim Aïnouz (<em>O Céu de Suely</em>, <em>Madame Satã</em>) e Marcelo Gomes (<em>Cinema, Aspirinas e Urubus</em>), é um <em>road-movie </em>experimental (também por isso inevitavelmente irregular) que tem de melhor o que de melhor seus dois diretores podem oferecer – especialmente Aïnouz. É um filme em um meio, o semi-árido nordestino, e sobre sentimentos – carinho, amor, rejeição – já visitados por ambos, mas trata também e principalmente das divagações e aflições do personagem principal.</p>
<p>Faz sentido dizer que a maioria dos planos de <em>Viajo porque preciso…</em> não tem significado concreto ou função narrativa. Do mesmo modo, praticamente tudo aquilo que visa o horizonte e paisagens afins dura mais que o que o plano de fato mostra – mas esses fatos são menos um demérito que uma defesa da contemplação. E ainda que muitas vezes simplesmente não haja o que ser contemplado, faz parte do personagem esse sentir-se parado – a agonia e o tédio do personagem chegam a nos atingir, às vezes, sem eufemismo algum</p>
<p>Em filme que se assume tão ou mais experimental quanto narrativo, temos aí, no entanto, talvez – e paradoxalmente – uma tentativa de evitar uma monotonia que a ideia do filme sugere. Quase tudo não acontece em cena, mas na cabeça do personagem principal, a escrever suas cartas – trata-se de um filme epistolar de mão única. Como, então, filmar isso – algo tão ligado a um diário, algo a princípio tão anti-audiovisual?</p>
<p>Não temos uma resposta, mas uma opção arriscada, na qual os melhores momentos vêm de depoimentos (prostituta falando em vida-lazer, por exemplo), quando percebemos que os dois souberam extrair uma sinceridade tocante que emana daqueles que dirigem. Isso sem falar do personagem como entrevistador/provocador, em situação que nos liga inevitavelmente a ele fazendo o papel de diretor.</p>
<p>Esse caráter experimental, contudo, pode camuflar desnecessários tremeliques de câmera ao mostrar o personagem em meio à sua jornada, uma vez que não dá para chamar de experimental (ou dar qualquer mérito aqui) o que já virou um quase padrão – a câmera na mão nos dias de hoje.</p>
<p>Ainda assim, vale dizer que os altos do filme atingem um nível de sensibilidade que vem, entre outras coisas, justamente dessa abstração da narrativa convencional: da por vezes completa imersão em um mundo acima de tudo sensorial. Torto, talvez fatalmente torto, talvez o mais fraco trabalho de ambos, mas com momentos de coragem e brilhantismo bem-vindos.</p>
<h2><span style=”color: #800000;”>8mm</span></h2>
<p><strong>Paixão do visível</strong></p>
<p style=”text-align: left;”><em><img class=”aligncenter” src=”http://harpymarx.files.wordpress.com/2009/03/sylvia2.jpg” alt=”” width=”480″ height=”270″ />Na Cidade de Sylvia</em> (<em>En La Ciudad de Sylvia</em> – Espanha/ França, 2007) é meu primeiro contato com José Luis Guerín, catalão que teve três de seus longas exibidos no Panorama Internacional Coisa de Cinema. (Alguém sabe falar sobre?)</p>
<p>Guerín se mostra preocupado com a cidade, às vezes mais que com seus dois personagens principais, ou – o que pinta com alguma prioridade – as relações entre personagens diversos e o lugar onde vivem. No entanto, a busca dele (Xavier Lafitte) por ela (Pilar López de Ayala) é interessante a ponto de causar angústia quando algo foge do esperado. Ele desenha e retrata a cidade, é ele o mais afetado e sobre quem é o filme, é ele que não sabemos de fato o que sente, viveu ou viu; mas é ela que magnetiza a tela quando aparece.</p>
<p>Todavia, e felizmente, o filme vai além da contemplação de um sensacional rosto de uma boa atriz. Pode-se entrar em longas discussões e análises sobre memória e imagem, sobre miragem e dúvida; em uma palavra, sobre cinema. E, o que é melhor, através do cinema.</p>
<h2><span style=”color: #800000;”>Filmes da semana<br />
</span></h2>
<ol>
<li><strong>Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009), de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes (Cine Vivo) (***)</strong></li>
<li><strong>Batalha no Céu (2008), de Carlos Reygadas (sala Walter da Silveira) (***1/2)</strong></li>
<li><strong>O Refúgio (2009), de François Ozon (Espaço Unibanco – Glauber Rocha) (***)</strong></li>
<li><strong>O Profeta (2009), de Jacques Audiard (Espaço Unibanco – Glauber Rocha) (***1/2)</strong></li>
<li>O Demônio das 11 Horas (1965), de Jean-Luc Godard (DVDRip) (****)</li>
<li>Na Cidade de Sylvia (2007), de José Luis Guerín (DVDRip) (***1/2)</li>
</ol>
<p>______________</p>
<p><strong>Leandro Afonso</strong> é comunicólogo, blogueiro e diretor do documentário “Do goleiro ao ponta esquerda”.</p>
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Marinheiro de primeira viagem na Câmara dos Deputados, o vice de José Serra, Índio da Costa (DEM) tem um histórico de proposições pra lá de estranhas, como revela matéria publicada na edição deste domingo da Folha de S. Paulo.
Ainda na época de vereador no Rio de Janeiro, Índio apresentou proposta para punir com multa os cariocas que dessem esmolas e outra para impedir totalmente o comércio ambulante. Bastante “sensível” o rapaz!
No parlamento federal, um de seus discursos foi em defesa de plebiscito para discutir a pena de morte, tema evitado pelos políticos experientes.
Caso Serra seja eleito, Índio da Costa será o seu substituto quando o titular estiver em viagem ou afastado por qualquer motivo. Se o presidente vier a falecer ou ficar impedido, o Índio com todas as suas ideias “fascinantes” assume o cargo em definitivo.

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As campanhas eleitorais terão início oficialmente nesta terça-feira, dia 6, com a liberação dos comícios e propaganda nas ruas. O horário eleitoral gratuito no rádio e na TV começa no dia 17 de agosto. 
De acordo com reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, as estratégias estão definidas. Enquanto o tucano José Serra se organiza para um intenso corpo a corpo na região Sudeste, onde as pesquisas apontam uma certa queda de sua liderança, a candidata Marina Silva, do PV, empenha-se na preparação para os debates diretos – sua grande arma, já que seu tempo em rádio e TV será de apenas 72 segundos.
Para Dilma Rousseff (PT) – diz o jornal paulistano com certo sarcasmo – a prioridade são as cenas e falas para preencher “os seus longos 10min25s no horário gratuito”.

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foto Max Haack / Bahia Notícias

A regra do TSE que limita a participação de candidatos à Presidência nas campanhas estaduais já provocou duas baixas. Os partidos PHS  e PSL, que teriam postulantes à sucessão de Lula, desistiram, para não comprometer sua presença em chapas regionais.
Jaques Wagner (PT), candidato ao governo da Bahia, é beneficiado pela decisão do PSL, que integra a sua coligação e, caso mantivesse o nome de Américo de Souza para presidente, poderia tornar impossível o uso da imagem de Dilma Roussef na campanha petista baiana.
A regra, no entanto, ainda complica a vida do candidato do PMDB ao governo, Geddel Vieira Lima. Ele apoia Dilma, mas cinco partidos de sua coligação têm candidatos a presidente.

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Do Herald Tribune

Neuer, goleiro da Alemanha, vê bola dentro do gol. A Inglaterra foi roubada – descaradamente! (Foto Getty Images/Fifa).

O mundo inteiro viu o gol claramente, mas o juiz e os bandeirinhas não. E, nesta era das câmeras onipresentes e das verdades fornecidas por inúmeras fontes, surpreendentemente, o erro de uns poucos indivíduos prevaleceu diante daquilo que foi mostrado pelas câmeras e visto pelos olhos de muita gente.
Assim, apesar das desculpas apresentadas dias depois por Sepp Blatter, o presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), e de uma promessa de reavaliar a questão da tecnologia nos jogos, a Inglaterra não recuperou o segundo gol que marcou contra a Alemanha no fim de semana passado.
Qual poderia ter sido o resultado do jogo se a Inglaterra tivesse entrado no segundo tempo com a tranquilidade psíquica condizente com um placar empatado? Torcedores e comentaristas ficaram furiosos: como é que esses jogos multibilionários podem desprezar uma tecnologia que é encontrada em qualquer telefone celular comum? Por que não adotar o inevitável?
Mas uma outra forma de enxergar a abordagem da Fifa é como um ato raro e revelador de resistência em uma era incessantemente digitalizadora.
A tecnologia é criada pelo ser humano. Mas nos dias de hoje, nós agimos de forma a organizar a vida em torno dos aparelhos tecnológicos, em vez de fazermos com que estes é que existam em nossa função. Se os tecnologistas vendem banda larga de acesso ininterrupto, nós nos tornamos criaturas que acessam ininterruptamente o ciberespaço.
Se eles inventam um novo aparelho, nós fazemos fila para comprar a novidade antes de sequer sabermos como usá-la. Se os e-mails podem chegar até nós em qualquer lugar, nós assumimos que eles têm que nos ser enviado em qualquer lugar em que nos encontremos.
O ceticismo digital da Fifa é uma exceção notável a essa cultura. Em uma declaração notável feita três meses antes da Copa do Mundo, a associação não apresentou simplesmente um argumento ludista para explicar essa sua reticência. Ela falou de um jogo caracterizado por certas essências profundas que a associação deseja preservar, e argumentou que a tecnologia ameaça essas essências.
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