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Coube a uma mineira de nascimento e baiana de coração resgatar um pedaço da história de Itabuna. A empresária Dalva Dantas conseguiu convencer a Família Mariano. Ela vai tocar o empreendimento que chegou aos 67 anos em 2010 e cerrou as portas no último dia 1º, o Café Pomar.

A notícia do fechamento no início do mês pegou Dalva de surpresa. E a comoveu. “O chá-mate, o bolinho de aipim, o bombocado, o cafezinho… Vamos manter essa tradição de mais de meio século”. Dalva diz que soube do fechamento do café ainda no dia 1º.
Estava ela no centro, em um supermercado, quando um amigo, “Seu Almir”, lamentava o fim do Café pelo qual passaram alguns dos principais nomes da cidade e do estado e sempre foi um lugar para manter a prosa em dia. “Seu Almir lamentava e dizia que, infelizmente, naquele dia havia bebido o último cafezinho no Pomar”.
Dalva conversou com a família Mariano e no dia 26 um dos pontos mais tradicionais do comércio central de Itabuna estará de volta. “O que vai mudar é o nosso toque feminino que chega”, diz, reforçando que o gostinho do bom café, do Bombocado e dos chás será o mesmo. Dona Vera, funcionária da casa, será convencida a lhe fazer companhia na empreitada. Acompanhe o papo-rápido com a mineirinha que se preocupa com a nossa história.
Negócio fechado?
Fechadíssimo. É oficial, agora.
O que muda no Café Pomar, “sob nova direção”?
Como mudar uma coisa que tinha um ser como Seu Mariano na direção? Temos que respeitar essa tradição, a história. A minha ideia é não modificar a estrutura do Café. Terá um toque feminino, com a característica de atendimento dele, do bom papo. Faremos uma reforminha para a abertura.
E as especialidades da casa?

O chá, o bolinho de aipim, o bombocado, tá tudo mantido. Vamos agregar também produtos da culinária mineira e portuguesa, além do delicioso pastel de Belém.
E Seu Mariano?
Ah, vai ser o nosso cliente especial.
O nome do negócio vai ser mantido?
Quer saber? Esse foi um presente de Seu Mariano pra gente. O Café Pomar continua. E os funcionários… Ainda não conversei com os funcionários. Tem Dona Vera, que está se aposentando. A prioridade é para elas.
O Café tem 67 anos de história. Foi essa tradição que a levou a assumir o negócio?

Olha, eu tenho o Café com Net, na Beira-Rio. Mas quanto ao Pomar, naquele dia (do fechamento), ouvi de Seu Almir, que tem um mercadinho aqui no centro: “Hoje eu tomei o último café na companhia de Seu Mariano”. Tava triste. Aí eu perguntei a ele se iam mesmo fechar o ponto. “Sim”, respondeu. Aquilo causou tristeza, sabe? Lá em Minas, na nossa família, há muito essa coisa de preservar a história. Isso vem de família, do meu pai. Vim, conversei… Minha alegria maior será levar essa tradição adiante.
E agora, quando é que sai aquele chá mate, geladinho?
Dia 26 de julho. Veja que maravilha: na semana de aniversário da cidade, história preservada, tradição mantida. Agora, deixa eu passar o telefone para o Sena, ele tá pedindo.
[O Sena citado por Dalva é o ex-vereador Luís Sena, que no dia 1º foi um dos últimos a sair do Café Pomar, lamentando o fechamento. Nesta segunda, o cururu estava numa alegria só. Alegria mais do que justificada: além da preocupação com a história, ele voltará a ter seu espaço para tomar o chá e até o cafezinho quando Sra. Sena estiver, digamos, indisposta para preparar a primeira refeição do dia…].

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Elenilza responderá a processo em liberdade (Foto Radar/Xilindroweb).

A Justiça mandou soltar a policial militar Maria Elenilza Madeira Ferreira, denunciada pela prática de racismo e desacato em Itabuna. Lotada no 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM) há mais de 10 anos, a policial foi presa no dia 20 de junho, em um bar na Rua São João, bairro de Fátima, em Itabuna.
A prisão da PM ocorreu depois de uma bebedeira, segundo denúncia de populares. A policial, que foi acusada de ofender verbalmente algumas pessoas que estavam no local, acabou solta no dia 30.
Além do procedimento administrativo, a policial vai responder na justiça comum por crime de racismo. Foi a juíza da 1ª Vara Crime de Itabuna, Antônia Maria Faleiros, quem concedeu liberdade provisória à policial, mediante algumas condições.
Conforme matéria do jornal  A Região, ela não pode mudar de endereço sem prévia comunicação ao juízo; não pode frequentar bares, boates, forrós e similares, nem fazer uso imoderado de bebidas alcoólicas ou se apresentar alcoolizada em público.
Além disso, deve manter ocupação lícita e comparecer sempre que intimada a todos os termos e atos do inquérito ou ação penal que por ventura vier a ser instaurada. Após ser ouvida na delegacia, a policial foi encaminhada ao 15º BPM, onde ficou cerca de uma semana.

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Literalmente, o novo escândalo na prefeitura de Itabuna vai acabar em pizza. Um dos envolvidos no escândalo, por sinal, não terá problema para garantir a massa italiana. Com suco, é claro. Não foi à toa que o governo evitou dar maiores detalhes sobre o desvio de produtos enviados pelo Ministério da Agricultura. Jogou o caso para a Polícia Civil. Mas o forno está quentinho.

Em tempo: o caso se refere ao desvio de parte dos 42 mil litros de suco enviados pelo Governo Federal para o município. Parte do produto foi encontrado à venda em supermercados da cidade. Segundo afirmou o secretário de Administração, Gilson Nascimento, o caso envolve dois servidores comissionados e um efetivo. Ele prometeu, por telefone, que os nomes seriam revelados nesta segunda-feira. Não cumpriu o dito.