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MÁRTIR CRUCIFICADO NOS POSTES DA META
“O único número um que não é o primeiro da turma é o goleiro. Para gente do jogo melhor seria se fosse o número zero. Tem quem ache o goleiro um zero à esquerda, que fica no meio do gol só porque não sabe chutar a bola com a direita. É um mártir crucificado nos postes da meta por um só lance. Como Barbosa, que pagou pela vida por uma culpa que não teve no gol da vitória do Uruguai, no Maracanazo de 1950. Tantas defesas não o salvaram dos ataques injustos. Ficou o gol. Não sobrou o goleiro”. Esta parte da orelha, assinada por Mauro Beting (foto), antecipa a qualidade da linguagem de Goleiros: heróis e anti-heróis da camisa 1, livro de Paulo Guilherme.
SUBIDA METEÓRICA E QUEDA RETUMBANTE

FENÔMENO QUE COMEÇOU EM MOSSORÓ

UM ERRO QUE JAMAIS SERÁ ESQUECIDO

CORTAR GASTOS, POR CONTA DO DUODÉCIMO

INVESTIGAÇÃO POR CONTA DAS SUSPEITAS

É PRECISO HAVER RELAÇÃO DE CAUSALIDADE

O INTENDENTE E O CALÇADÃO DE ILHÉUS

CULTO, DIGNO, INTELIGÊNCIA BRILHANTE
Fiquei tão indignado com a informação que decidi não ligar para a regência (a meu juízo) equivocada do verbo atender, economizando implicância para coisa mais grave: o nome do logradouro. Supõe-se que a placa ali fixada se refira a João Batista de Sá e Oliveira, primeiro intendente de Ilhéus, médico, jornalista, professor, etnólogo e pesquisador em antropologia. Fernando Sales o vê como “figura das mais fascinantes de sua geração, quer pelo brilho da inteligência e da cultura, quer pela clareza das palavras na cátedra [de medicina] que tanto honrou, ou nas concentrações políticas que tão bem soube dignificar”.
DESCASO DO LEGISLATIVO E DO EXECUTIVO

OPORTUNIDADE PARA CORRIGIR A OFENSA

BOB MARLEY A SERVIÇO DA ANISTIA

TALENTO “VISTO” POR STEVE WONDER

MESTRE EM PAPEL DE “COADJUVANTE”
No vídeo, uma interpretação magnífica, que marca também um lado pouco valorizado do ex-ministro, a humildade: na gravação, o mestre desce à simples condição de coadjuvante da cantora Carla Visi – que, com sua voz cristalina, se mostra à altura do momento. Clique, mesmo que isto faça aflorar antigos ferimentos do coração. Chorar faz bem aos olhos e à alma.
(O.C.)
4 respostas
Grande Ousarme, a canção tem um quarto de século e posso afirmar com segurança que sou apaixonado por elá há exatos 16 anos. Está aí uma música que tem lugar cativo na antologia musical de minha vida, em minha trilha sonora. Realmente, é um poema que emociona.
Valeu!
Ousarme, Ousarme!!!
Eu te amo, porque o melhor amor é aquele que não se toca, não se vê, mas o que se sente…
Lendo sobre Gilberto Gil, as letras de pura poesia em inteira completude com a melodia… Recordando No woman, no cry, me deu uma solitária sonoridade de mim mesma por não saber dizer o que sinto, que o jeito foi chorar…
leidikeite:
Há dias, citamos aqui o livro “por que escrevo?”, de José Domingos de Brito. Ao ler seu comentário, ocorreu-me que eu escrevo para emocionar as pessoas e elas, em resposta, me emocionarem. Admito que o Pimenta me paga (bem), mas ser amado pelos leitores é a maior recompensa que se pode almejar.
Muito obrigado a você, Juca, Gil e Bob Marley.
Serei breve.
Cara! Você me trouxe boas recordações ao citar o Estádio Luso-Brasileiro.
Pertencia à Associação Atlética Portuguesa (a Portuguesa Carioca) e ficava na Ilha do Governador no bairro denominado Portuguesa. Usei o verbo no pretérito porque hoje o estádio tem outro nome: Arena Petrobrás.
O antigo e charmoso estádio, nos anos 90, resistiu à especulação imobiliária, que era muito grande naquele local. Naquela época, espocavam shoppings-centers e conjuntos habitacionais pra todo lado na Ilha do Governador.
Vejam que interessante! O Luso-Brasileiro era conhecido como “Estádio dos Ventos Uivantes”, devido às fortes ventanias que sopram no local. E foi exatamente essa característica, digamos, “eólica” que ajudou o goleiro Ubirajara a marcar esse gol de sua área.
Assisti a alguns jogos no “Campo da Portuguesa”. Era assim que chamávamos. Tinha um amigo meio-campista que jogava no time da Lusa.
Esse amigo chamava-se Carlinos e era meu conterrâneo. Havíamos nascido em Canavieiras. Carlinhos, como eu, era um Fuzileiro Naval. Seu nome-de-guerra era Guimarães. Em Canavieiras, na nossa juventude, tinha o apelido de “Carlinhos Resseco”. Lembro-me muito bem que a Portuguesa não entrava em campo sem ele. Jogava no meio-campo e tinha um toque refinado, típico dos chamados “carregadores de piano”.
Na semana que antecedia os jogos, um diretor da Portuguesa comparecia ao Batalhão onde servíamos com o objetivo de verificar se o Carlinhos estava ou não de serviço no dia do jogo. Se tivesse, solicitava que ele fosse dispensado por troca de serviço para outro dia.
Tudo isso era legal porque, à época, existia um convênio o Conselho Nacional de Desportos (CND) e as Forças Armadas visando facilitar a liberação de atletas militares.
O mais curioso de toda essa narrativa não é o gol “eólico” do Ubirajara, mas, o fato de os canavieirenses não terem conhecido o Carlinhos como jogador. O melhor de todos entre os nascidos em Canavieiras. Fomos para o Rio aos 18 anos. Acabei retornando ao 49, o Carlinhos não: foi convidado por Deus um pouco antes de completar os 30 anos de serviço na briosa Marinha.
ADSUMUS!