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Sócrates Santana

Enquanto o PSB construía uma pauta afirmativa para o Brasil, o PMDB virou uma sigla de lideranças regionais.

A coalizão entre o PT e o PMDB, beneficiou o PSB. O partido socialista assumiu o papel de aliado programático da candidatura petista. Ao PMDB, diferentemente, coube a carapuça de um mal necessário para a eleição de Dilma Rousseff.
A distinção entre os partidos, PSB e PMDB, colocou o PT numa posição ambígua, que beira a esquizofrenia ideológica. Por um lado, árbitro de uma rede de interesses distintos, que podem empurrar os principais aliados para as hostes do PSDB. Por outro, vítima de uma descaracterização política, oriunda da influência peemedebista, ou de um esvaziamento das esquerdas, que encontram refúgio no PSB.
Para o bem ou para o mal, contudo, o PT continua sendo o fiel da balança. Seja ao manter Ciro Gomes e Eduardo Campos à esquerda do governo; seja ao estabilizar a governabilidade ao lado de Michel Temer e José Sarney.
O malabarismo em questão implica no equilíbrio entre o modelo comumente dicotômico da política brasileira (PT versus PSDB) e o universo pluralista em desenvolvimento no país. De uma esquerda que tende a ver o centro como uma direita camuflada, ou de uma direita que tende a ver o mesmo centro como o disfarce de uma esquerda que não deseja declarar-se enquanto tal.
À esquerda de Dilma, o partido socialista elegeu 6 governadores, 35 deputados federais e 4 senadores. Mas não foi só. Ao longo dos anos, o PSB ocupou – pouco a pouco – o espaço deixado vago com o deslocamento do PSDB em direção à direita do espectro ideológico. Após a aliança de FHC com o então PFL (hoje DEM), houve uma descaracterização do PSDB, como a que ameaça hoje o PT sob a égide do PMDB.
Enquanto o PSB construía uma pauta afirmativa para o Brasil, o PMDB virou uma sigla de lideranças regionais. Aparentemente, após a Constituição de 1988, o partido deixou de possuir um ideário comum, que por um aspecto, favoreceu seus afins a terem uma maior flexibilidade na ocupação de espaços de poder. Tal trânsito, contudo, possibilitou que o partido se tornasse também a noiva cobiçada de todos. O PMDB de 5 governadores, 20 senadores e 79 deputados.
Sócrates Santana é jornalista.

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Um túnel com quase 25 toneladas de maconha foi descoberto ontem, por autoridades dos Estados Unidos e México. O “ervotúnel” fica entre a cidade mexicana de Tijuana e San Diego, na Califórnia.
Do lado americano, agentes de imigração, alfândega e patrulha de fronteira descobriram de cara mais de 20 toneladas de erva. No México, o exército cuidou de sua parte da operação, apreendendo 4,5 toneladas do entorpecente. Uma denúncia anônima favoreceu a ação dos militares.
Outras 12,9 toneladas de maconha já haviam sido apreendidas em Tijuana na segunda-feira, 1º, numa casa que fica em frente a um centro de reabilitação para viciados em drogas. No mesmo local, houve a execução de 13 dependentes no dia 24 de outubro último.
Com informações do G1

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O fugitivo Roberto Carlos Magalhães, acusado de introduzir 31 agulhas em seu ex-enteado, de dois anos de idade, foi recapturado na noite desta quarta-feira, 3, numa ilha da região do Rio São Francisco, a 12 quilômetros de Ibotirama. Magalhães havia escapado da cadeia pública desta cidade no último sábado, 30, após serrar as grades da cela onde se encontrava.
O bandido foi preso quando jantava na casa de um irmão, numa operação que reuniu homens da 28ª Companhia Independente da Polícia Militar e da Polícia Civil. Ele ficará preso em Bom Jesus da Lapa.

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Como o governador Jaques Wagner arrumou as malas e rumou para um período de descanso na Argentina, a cadeira do titular foi assumida temporariamente pelo vice, Edmundo Pereira (PMDB). Este foi um dos políticos mais cortejados na pré-campanha eleitoral e chegou a ser cogitada sua ida para o PCdoB, onde poderia até mesmo repetir a chapa com Wagner.
No final, o peemedebista, que tem base em Brumado, sudoeste da Bahia, optou pelo correligionário Geddel Vieira Lima, com quem formou uma chapa puro-sangue.
A presença do PMDB na cadeira mais cobiçada da Bahia, neste momento, pode ser vista como uma ironia do poder. Geddel, que esperava utilizar o assento pelos próximos quatro anos, deve estar morrendo de inveja.