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Marco Wense
Nenhuma surpresa com os quatro deputados federais da Bahia que farão oposição de verdade ao governo da eleita presidente Dilma Rousseff: ACM Neto, Fábio Souto, Antônio Imbassahy e Jutahy Júnior.
E os outros deputados, eleitos pelo DEM e PSDB? A resposta é que não são confiáveis. Vão se aproximar do governo federal assim que a petista Dilma Rousseff assumir o comando do Palácio do Planalto.
ACM Neto, com sua atuação parlamentar, pode se transformar na principal figura nacional do Partido Democratas (DEM). Fábio Souto é filho do presidente estadual da legenda, o ex-governador Paulo Souto.
Em relação aos tucanos, Imbassahy preside o PSDB baiano. O deputado Jutahy Júnior é amicíssimo de José Serra, que ainda sonha com uma candidatura à presidência da República na eleição de 2014.
INDIRETAS & DIRETAS
1) Mudança no PSDB só com o senador eleito Aécio Neves no comando nacional da legenda. Se continuar sob o domínio do tucanato da Avenida Paulista, o sonho da Presidência da República vira um eterno e angustiante pesadelo.
2)  Dagoberto Brandão vai comemorar, em Salvador, junto com sua companheira Marielza, os 50 anos de engenharia civil com os colegas de formatura. Dagô, fundador do PDT de Itabuna, é exemplo de político com P maiúsculo.
3) Michel Temer, eleito vice-presidente da República, não vai deixar Geddel na rua da amargura.  Se Geddel ficar de fora do governo Dilma, será o próximo comandante nacional do PMDB.
4) Imbassahy, presidente estadual do PSDB, quer o partido longe de qualquer apoio ao governo do reeleito Jaques Wagner. O deputado Jutahy Júnior, também tucano, não concorda com a posição intransigente do ex-prefeito de Salvador.
5) Imbassahy versus Jutahy. O diretório do PSDB de Itabuna, tendo a frente o jornalista José Adervan, deve ficar do lado de Imbassahy. Adervan é dirigente partidário obediente, refratário a qualquer atitude rebelde.
6) O PDT de Itabuna, que já foi um partido de respeito, um grande partido político, não existe perante a justiça eleitoral.  Pobre PDT. Hoje insípido, inodoro, incolor, acéfalo, sem rumo, sem nada.
7) “Bom cabrito não berra”, diz um velho ditado popular. Na política, em determinadas circunstâncias, é preciso “berrar”. A Bahia, por exemplo, não pode ficar em segundo plano na composição ministerial do governo Dilma Rousseff.
8 ) A dobradinha entre os deputados Coronel Santana(estadual-PTN) e Félix Mendonça Júnior(federal-PDT) vai movimentar a sucessão do prefeito Azevedo(DEM).
9) Saudades do blog Política, Gente e Poder, do irreverente jornalista Eduardo Anunciação e este modesto comentarista político.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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O itabunense Beto Oliveira, treinador de Porto.

A Seleção de Porto Seguro tem a chance de conquistar de forma invicta o Campeonato Intermunicipal de Futebol 2010.
O primeiro confronto das finais será neste domingo (12), às 15h, contra o selecionado de Conceição do Coité.
A seleção do sul da Bahia jogou 18 vezes, ganhou 14 partidas e empatou 4. Coité apresenta campanha parecida: 14 vitórias, 3 empates e uma derrota.
Os dois times já se enfrentaram numa final. Foi em 2007, quando Conceição do Coité levou a melhor. Ao contrário daquele ano, na atual temporada a seleção de Porto jogará a partida decisiva em casa. Mas é bom se cuidar. Se 2007 é relembrado como o ano da “assombração”, Coité chega à última fase cheia de moral: no domingo passado bateu Coaraci por 7 a 1. Ou seja, vai com tudo.
As duas seleções finalistas alcançaram essa condição com grande investimento em jogadores e infraestrutura esportiva. Porto Seguro faz trabalho de longo prazo no futebol e tem apoio maciço da prefeitura. A seleção é comandada pelo técnico itabunense Beto Oliveira. Porto, aliás, ainda não descartou o sonho de disputar o Aceso em 2011, estratégia antecipada pelo treinador numa entrevista exclusiva ao PIMENTA (relembre aqui).

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Casa de abelha é ameaça a moradores no Santo Antônio (Foto Pimenta).

Os moradores da travessa Santo Antônio, no bairro homônimo, estão vivendo sob a ameaça de abelhas. Alguns até já abandonaram suas casas devido à agressividade. A rua estreita e sem saída só faz aumentar o temor de ataque. Os moradores apelam ao Corpo de Bombeiros para a remoção da colônia, principalmente pelos riscos de ataques a crianças que moram na travessa. É que, alheias ao perigo, algumas delas até lançam pedras e objetos contra a colônia.

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ARMANDO E O CUIDADO COM AS PALAVRAS

Ousarme Citoaian

O caso eu conto como o caso me foi contado: perguntaram a Armando Oliveira (foto), que ganhara várias vezes consecutivas o troféu Bola de Ouro como melhor cronista esportivo, se ele era melhor do que os outros colegas. A provocação não tirou do sério o elegante jornalista, que nunca pisava na bola. “Não é que eu seja melhor do que ninguém. É que sou muito cuidadoso com o que digo”, respondeu – deixando uma lição para todos nós profissionais do ramo. Em termos de qualidade do texto não me parece que o “saber” diferencie os jornalistas, pois todos conhecem as mesmas regras de estilística; o que os diferencia é o cuidado com o que fazem.

ESTULTICE LEONINA QUE A TODOS DRIBLOU

Leio em edição recente do bom caderno Esporte Clube (A Tarde), no alto da página, um título absolutamente inusitado: “Por renda três vezes maior, Leão luta pela sua salvação”. Depois de nada entender, pus-me a cismar sobre o que levaria um profissional a escrever tamanha estultice, como tamanha estultice logrou driblar o editor da página e chegar às bancas e se quem produziu tamanha estultice sabe que produziu tamanha estultice. Só encontro resposta para esta última: sabe, sim. Escreveu dessa forma por não ter captado a lição de Armando (atenção: entendi que o Leão do título infeliz é o infeliz Vitória).

POR AQUI, NÃO GANHOU NEM NOME EM BECO

Armando Oliveira nasceu em Água Preta/Uruçuca e fez carreira em Ilhéus (Banco do Brasil e Rádio Cultura), transferindo-se já maduro para a Rádio Sociedade da Bahia, na capital. Cobriu cinco Copas do Mundo como comentarista e recebeu oito vezes o Bola de Ouro. Camaçari batizou de Armando Oliveira seu estádio, os melhores de cada temporada do futebol baiano recebem o troféu Armando Oliveira e a sala de imprensa do Carnaval de Salvador, montada em 2005 pela prefeitura, chama-se Sala de Imprensa Armando Oliveira. Ali em Ilhéus ele não é nem nome de beco, e em Uruçuca é um desconhecido ilustre. Coisas nossas, como diria Noel.

UM ANIMAL EM EXTINÇÃO CHAMADO LEITOR

O escritor Flávio Moreira da Costa dá a receita em Modelo para morrer (Record/1999), com o personagem Wallace Jones, que ensina a regra de ouro do ofício de escrever: “envolver e não chatear esse animal desconhecido e em extinção chamado leitor”. Detalhista, Jones, autor de livros policiais, acrescenta que “é importante pegar o leitor pelo colarinho logo de início e levá-lo a acompanhar o livro até o final”. Quem encontra um leitor encontra um tesouro, disso sei eu. Mas como pegá-lo pelo colarinho e levá-lo ao final do texto é que é o “x” do problema” (outra referência proposital a Noel centenário). Na escrita também parece viger o preceito bíblico de que muitos são chamados e poucos escolhidos, ou, como diria o mano Cae: quem lê tanta notícia?

JUAZEIROS VERDES NA PLANÍCIE VERMELHA

O texto frouxo, cheio de circunlóquios, evasivas, negaças, lugares-comuns e obviedades serve apenas a leitores ociosos, quando os aeroportos estão em crise. Econômico, direto, despojado, Graciliano Ramos começa Vidas secas assim: “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos”. Pronto. Pegou o leitor. Outros exemplos: “A síndica cheirava muitíssimo bem. Foi a primeira coisa que percebi ao entrar no edifício” (Flávio Moreira da Costa, obra citada); “Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo” (Gabriel García Márquez, Cem anos de solidão).

BURRINHO PEDRÊS VINDO DE NÃO SEI ONDE

“Aos 16 anos matei meu professor de lógica. Invocando legítima defesa – e qual defesa seria mais legítima? – logrei ser absolvido por cinco votos contra dois, e fui morar sob uma ponte do Sena, embora nunca tenha estado em Paris” (Campos de Carvalho, A lua vem da Ásia); Guimarães Rosa, abrindo Grande sertão: veredas: “Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja”; outra, de O burrinho pedrês: “Era um burrinho pedrês, miúdo e resignado, vindo de Passa-Tempo, Conceição do Serro, ou não sei onde no sertão”; e mais uma, da novela Duelo: “Turíbio Todo, nascido à beira do Borrachudo, era seleiro de profissão, tinha pelos compridos nas narinas, e chorava sem fazer caretas; palavra por palavra: papudo, vagabundo, vingativo e mau”.

O LEITOR NÃO TEM PIEDADE DO MAU TEXTO

Não resisto a mais referências, colhidas ao acaso: “Os primeiros dragões que apareceram na cidade muito sofreram com o atraso dos nossos costumes” (Murilo Rubião, Os dragões); ou Ruy Castro, em Tempestade de ritmos: “Agora que Miles Davis está morto, quem reclamará seu corpo? “Ainda me lembro daquele amanhecer em que meu pai me levou pela primeira vez para visitar o Cemitério dos Livros Esquecidos” (Carlos Ruiz Zafón, A sombra do vento). Para encerrar a pequena mostra, Monteiro Lobato, em O colocador de pronomes: “Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática”. Está certo Wallace Jones: se as frases iniciais não segurarem o animal em extinção chamado leitor, o texto será abandonado, sem piedade.

DIPLOMA, MELINDRES, MÁGOAS E RANCORES

Sinto que uma discussão estéril e rasteira tenha nascido de um comentário desta coluna (na semana passada), a propósito da atividade jornalística no Sul da Bahia. Não tratamos dessa cretina dicotomia entre ter ou não ter diploma (ser contra o diploma de qualquer curso é uma estupidez a cujo luxo não nos damos): deploramos que a Fenaj casse a pedradas os profissionais não diplomados, quando estes exercem honestamente (nem sempre, é verdade!) sua atividade e que os veículos abriguem “colunistas” (bissextos ou não) a quem não remuneram – sugerindo que eles recebem “por fora”, numa moeda podre, não publicável. Não é nossa intenção servir de canal para suspeitos melindres, mágoas adormecidas e rancores mal resolvidos.

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NOEL É VÍTIMA DE CANTORES DESLEIXADOS

Fizemos referência a erros da cantora Elizeth Cardoso na interpretação de Três apitos, e parece chegado o tempo de retomar o assunto, para que não fiquemos no campo da difamação. Antes, é conveniente dizer que erros em letras da MPB não são tema para uma notinha nesta coluna, mas motivo para livro, e livro grande, alentado, livrão (ou livralhão, como preferem os eruditos lusitanos). São muitos os exemplos, em várias épocas, com os mais diversos letristas. Por ser Noel um dos autores que mais “visitei”, o aponto como a maior vítima desse desleixo dos intérpretes. Mas vamos, por enquanto, à acusação contra a extraordinária Elizeth, o que faço sem nenhum prazer.

MESMO COM OS ERROS, UM MOMENTO ÚNICO

O poeta escreveu “Mas você anda/ sem dúvida bem zangada/ ou está interessada/ em fingir que não me vê” e Elizeth leu “… sem dúvidas bem zangada/ E está interessada…”; mais adiante, um erro na rima famosa: “Mas você não sabe/ que enquanto você faz pano/ faço junto do piano/ estes versos pra você” foi gravado como “Mas só não sabe/ que enquanto você faz pano/ Faço junto de um piano/ esses versos pra você”; para encerrar, “Nos meus olhos você lê/ como eu sofro cruelmente” saiu “Nos meus olhos você vê/ que eu sofro cruelmente”. Apesar das derrapagens (lembrar que era um show ao vivo) esta gravação de Três apitos, com Elizeth e Jacob (ao bandolim), é um momento apoteótico da MPB.

DE COMO ARACI DE ALMEIDA PISOU NA BOLA

Ao que me consta, Noel não ouviu Último desejo em disco: ele morreu em maio de 1937 e Araci de Almeida só fez a gravação em junho. Mas isso é da minha memória, informação sujeita àquelas já famosas chuvas e trovoadas desta coluna, não tive como conferir. “Araci de Almeida é, na minha opinião, a pessoa que interpreta com exatidão o que eu produzo”, disse Noel  em 1936,  numa entrevista. Gosto de pensar que ele nunca ouviu o erro de Araci, que passou a ser repetido por futuros intérpretes: o poeta escreveu “Às pessoas que eu detesto/ diga sempre que eu não presto/ e que meu lar é o botequim” e Araci, cabeça de vento, gravou “… e que o meu lar é um botequim”.

NOEL MORREU INOCENTE DO ERRO FAMOSO

Olívia Byington fez em 1997 um CD antológico, A dama do Encantado, reeditando gravações de Araci, com muito Noel, é óbvio (das vinte faixas, dez são dele). Preocupada em ser fiel ao texto, Olívia chama a atenção para o famigerado erro e explica, didaticamente, a distância entre o botequim (conforme escreveu Noel) e um botequim (como Araci tornou “oficial”): se eu digo que minha casa é o botequim, digo que “moro” no bar; se falo que minha casa é um botequim, estou dizendo que minha casa é uma zona… Ainda bem que Noel, também cantor, morreu sem saber o que sua cantora preferida aprontou. Voltaremos ao tema. Por enquanto, ouçamos Maria Betânia, com Feitio de oração (com erros, é claro).

(O.C.)

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Microônibus circulava irregularmente (Foto Pimenta).

Um microônibus da prefeitura de Barro Preto foi apreendido pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) por circular de forma irregular. O veículo transportava professores da rede municipal quando foi retido numa abordagem da PRE, por volta das 17h.
“Retornavamos para casa quando aconteceu isso. É inaceitável isso, um veículo da prefeitura circular de forma irregular”, explicou, irritada, uma professora que teme ser identificada. Os educadores participam de um programa de formação dos professores em nível superior.
O micro-ônibus foi apreendido e seria levado para o pátio da Polícia Rodoviária Estadual, conforme a educadora. Mais de três horas depois, a prefeitura encaminhou um outro ônibus para que os professores pudessem retornar para casa. “Vivemos uma situação absurda. Imagine que trabalhamos uma semana inteira. Aí acontece isso. É irresponsabilidade da prefeitura”.

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O Tribunal de Justiça da Bahia negou habeas corpus para a escrivã da Vara do Júri e Execuções Penais de Itabuna, Sádia Consuelo Cândido Pitanga. Ela está presa desde o dia 21 de outubro.
A defesa ingressou com quatro pedidos de soltura na primeira Câmara Criminal do TJB. O habeas corpus impetrado no dia 31 de outubro pelo advogado Paulo Cesar Pires foi o negado. A decisão foi publicada no Diário da Justiça de quinta.
Sádia Pitanga está presa na Penitenciária Lemos de Brito, em Salvador. Ela é acusada de receber propina para beneficiar traficantes e responde a diversos processos na corregedoria do Tribunal de Justiça.
Segundo o Ministério Público Estadual, a servidora recebeu R$ 45 mil, além de presentes das quadrilhas comandadas por Bartolomeu Rocha Mangabeira, o “Bartô”, e Gilson Oliveira Queiroz, o “Gilson Oclinho”. O primeiro está preso no Conjunto Penal de Itabuna e o segundo foi assassinado por inimigos. Informações do jornal A Região.

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No início da semana, o governador Jaques Wagner disse que a Bahia fecharia o ano com 953 mil jovens e adultos alfabetizados.
Hoje, anúncio do governo baiano publicado em jornais de circulação estadual informa uma quantidade diferente: 751 mil alfabetizados pelo Topa.
Puxa daqui, puxa dali, a diferença entre uma conta e outra dá 201 mil por alfabetizar – ou, noutra leitura, alfabetizado. É muito.

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Após pesadas críticas às deficiências do sistema brasileiro para o transporte da produção de grãos no Brasil, a Rede Globo voltou à carga contra as obras do Complexo da Ferrovia da Integração Oeste-Leste. A postura, incoerente para alguns, tem a ver com os interesses dos donos da Vênus Platinada no sul da Bahia. No Jornal da Globo desta sexta, a emissora destacou a visita presidencial a Ilhéus para renovar a artilharia. Espaço novamente aproveitado pelo professor Rui Rocha, do Instituto Floresta Viva. “Essa obra pode ser uma tragédia”, enfatiza o dirigente da ONG.

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O prefeito de Eunápolis, a 644km de Salvador, José Robério Batista de Oliveira, foi acusado de gastar cerca de R$ 1 milhão com a contratação irregular de bandas e cantores para os festejos de São João e São Pedro na cidade.
O Ministério Público estadual encaminhou ao Tribunal de Justiça da Bahia, ontem, denúncia de que o prefeito contratou uma empresa, a PR Promoções, para prestar serviços de gerenciar apresentação de bandas sem o procedimento licitatório e, segundo o promotor de Justiça Carlos Artur Pires, utilizou indevidamente recursos públicos em benefício alheio.
Segundo Carlos Pires, o contrato firmado com a empresa, cujo proprietário Paulo Roberto Alves dos Santos também foi denunciado, foi “fraudulento”. O representante do MP explicou que a PR Promoções obteve, sem qualquer disputa com outros concorrentes, a exclusividade para a realização do evento. Informações do Correio da Bahia.

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A cabana Beira-Rio, na Vila Juerana, zona norte de Ilhéus, será o cenário do I Festival de Comida de Boteco. O evento  começa às 13 horas deste sábado, 11, e vai premiar a melhor receita da gastronomia de mesa de bar, entre sete pratos a serem apresentados pelos alunos do curso de comida de boteco, que reuniu 31 moradores da vila.
As receitas serão avaliadas pelos quesitos sabor, criatividade, apresentação e nome do prato. Um júri formado por cinco pessoas ficará responsável pelas notas.
O curso de comida de boteco é uma das atividades do Projeto Transformar, realizado em Ilhéus pela empresa Bahia Mineração (Bamin), em parceria com o Instituto Aliança.
Antes do festival, haverá duas partidas de futebol na vila. A primeira começa às 10 horas, entre mulheres da Juerana. Logo em seguida, acontece o jogo entre a equipe da comunidade e um time formado por convidados.

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Walmir Rosário | ciadanoticia@ciadanoticia.com.br
Era uma vez. É assim que começam as estórias, principalmente os ‘Contos da Carochinha’ que fomos acostumados a ouvir desde os tempos de menino. Agora, já na idade adulta, continuamos a ouvir esse tipo de ‘lorotas’, só que não mais de nossos amigos e pessoas da família, com o intuito de nos fazer dormir, mas pelos políticos, especialmente os ocupantes de cargos públicos.
Em Itabuna, o prefeito capitão Azevedo se tornou useiro e vezeiro dessa prática. Seus discursos – tanto de viva voz como através dos comunicados à imprensa – são vistos com desconfiança. Se disser que vai apurar com todo o rigor é porque nada fará para esclarecer, sobretudo acaso envolvam os amigos.
E olha que o prefeito está ficando famoso pelas companhias que faz questão de cultivar. Amigos ruins cujas presenças constantes a lhe cercar prejudicam sua imagem e de seu governo. Assim dizem os populares nas ruas, os comunicadores nos seus veículos de comunicação, os políticos nos seus encontros com eleitores, enfim, as más companhias do prefeito são voz corrente em Itabuna e adjacências. E a voz do povo é a voz de Deus.
Não é de hoje que o prefeito promete promover uma ampla e irrestrita reforma administrativa, com a finalidade de dar uma “sacudida” em seu governo. Mas até agora nada foi feito e já virou até motivo de piada. Outra ação prometida seria a exoneração de ocupantes de cargos de confiança, com a finalidade anunciada de ajustar as despesas com pessoal dentro do limite constitucional de 54%.
A título de ajuste na folha de pessoal, Azevedo cortou apenas alguns cargos minguados, decepando somente a cabeça de servidores com baixos salários, deixando intocável uma legião de servidores temporários – atualmente são quase mil servidores -, que tiveram suas presenças justificadas pelas infindáveis e ambíguas seleções públicas realizadas ao longo dos últimos dois anos. É bom lembrar que seu antecessor deixou esse número zerado, fruto de um compromisso assumido com os representantes do Ministério Público do Trabalho e MP estadual.
Sem mencionar aqui mais uma vez aqueles comissionados que, apesar de receberem regularmente, ninguém sabe dizer onde trabalham ou o que fazem, mas por possuírem padrinhos fortes, seguem tranqüilos e inabaláveis a rechear a folha de pagamento. O resultado final foi que a medida foi considerada um fiasco, diante da necessidade de ajuste do limite constitucional para gastos com pessoal, economizando apenas R$ 40 mil.
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Gilson vinha tomando posições contrárias ao prefeito, principalmente no campo político, onde o terreno é movediço e traiçoeiro.

Marco Wense
Na sucessão municipal de 2008, o então candidato Capitão Azevedo, do Democratas (DEM), teve a sorte de contar com um tripé – Gilson Nascimento, Carlos Burgos e Josias Miguel – que terminou sendo imprescindível para sua vitória.
Cada um no seu cada qual, fazendo o que sabia fazer. Carlos Burgos, o advogado, cuidando dos entraves jurídicos inerentes ao processo eleitoral. Josias Miguel, o publicitário, dando conta do recado. E Gilson, o sargento, cuidando das negociações políticas.
É bom lembrar, até mesmo por uma questão de justiça, que Josias também participou, com bastante desenvoltura, da aproximação do candidato Azevedo com os partidos e suas respectivas lideranças.
Com a eleição do Capitão Azevedo para prefeito de Itabuna, Gilson Nascimento, Carlos Burgos e Josias Miguel viraram secretários, respectivamente de Administração, Finanças e Ações Governamentais.
Josias Miguel deixou o governo. Não saiu atirando. Mas totalmente decepcionado com o prefeito, principalmente com sua pouca autoridade diante dos que ocupam cargos de confiança.
Agora é a vez do “rebelde” Gilson Nascimento. Sua saída provoca um vácuo político no governo, um desmoronamento no diálogo com os partidos, lideranças partidárias e comunitárias.
O prefeito José Nilton Azevedo não ficou surpreso com o pedido de exoneração do colega de farda. Em conversas reservadas, o chefe do Executivo já teria dito que a situação de Gilson era insustentável.
Na cúpula do azevismo, a opinião que prevalece é a de que o sargento Gilson vinha tomando posições contrárias ao prefeito, principalmente no campo político, onde o terreno é movediço e traiçoeiro. Gilson seria o protagonista-mor de um “governo paralelo”.
O prefeito-capitão e o secretário-sargento continuam amigos. A sintonia política acabou. Cada um vai seguir o seu rumo. Integrantes do diretório do PT de Itabuna não descartam a possibilidade de Gilson apoiar Geraldo Simões (ou Juçara Feitosa) na sucessão de 2012.
REMANESCENTE
O ex-marinheiro Raimundo Vieira, que tem suas hilariantes histórias contadas pelo empresário “Mané Cem”, é o mais fiel remanescente do fernandismo. É companheiro de todos os minutos do ex-prefeito Fernando Gomes.
Somente três pessoas participaram da primeira reunião com Lúcio Vieira Lima, presidente estadual do PMDB, para tratar da campanha de Renato Costa à Assembleia Legislativa do Estado: Fernando Gomes, Juvenal Maynart e Raimundo Vieira.
Entre o ex-alcaide, que é o presidente de honra do PMDB de Itabuna, e o aposentado Raimundo Vieira, ex-proprietário de empresa funerária, existe uma recíproca e inabalável confiança.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Emerson e Luciano estavam com submetralhadora carregada (Foto Pimenta).

Por volta das 22 horas desta sexta, 10, policiais do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) e da Operação Nazireu prenderam no posto da Polícia Rodoviária Estadual, na Nova Itabuna, dois homens que planejavam assaltar um taxista.
Emerson Santos de Jesus, 19 anos, e Luciano Barbosa dos Santos, 21, foram até a Praça 2, no Pontalzinho, e solicitaram uma corrida para o bairro Nova Ferradas.
O taxista João Santos Oliveira, 55 anos, seguiu e, desconfiado, parou no posto da Polícia Rodoviária Estadual, no bairro Nova Itabuna, durante abordagem policial. Os agentes flagraram os dois jovens com uma submetralhadora 9mm, de uso restrito das Força Armadas, dois celulares e R$ 100,00 em espécie.
Emerson e Luciano tinham acabado de comprar a arma, por R$ 2.500,00, para realizar o primeiro assalto, segundo afirmaram à polícia. Os dois já contam com várias passagens pelo Complexo Policial de Itabuna, por porte ilegal de arma e assaltos.
A última passagem foi por tentativa de assalto a um ônibus da Rota Transportes. Os agentes de plantão, Pedro Vieira Júnior, Luis Fernando e Euclides Matos, fizeram a ocorrência policial. Os dois devem ser encaminhados para o Conjunto Penal de Itabuna.

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Ainda na cerimônia que marcou o início das obras da Ferrovia da Integração Oeste-Leste, em Ilhéus, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez projeções sobre o começo da construção do Porto Sul, na região da Ponta da Tulha. Segundo o presidente, é provável que a ordem de serviço desta obra seja assinada já no primeiro trimestre de 2011.
“Penso que, se tudo der certo, lá para o mês de março a companheira Dilma estará aqui para assinar a ordem de serviço”, declarou o presidente.
O porto público será construído na região da Ponta da Tulha, ao lado do Terminal de Uso Privativo da Bahia Mineração (Bamin), empresa que irá explorar minério de ferro na região de Caetité e transportar o produto via Fiol até Ilhéus.
No momento, tanto o Porto Sul como o TUP encontram-se na fase de licenciamento ambiental.

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Lula e Wagner se encontram no aeroporto de Ilhéus, pouco antes do evento no Centro de Convenções (foto Clodoaldo Ribeiro)

Não tem jeito. Cada evento com o presidente Lula até o fim do mandato será em clima de despedida e não faltará afago, elogio e rasgação de seda escancarada. Foi o que todas as autoridades fizeram nesta sexta-feira, em Ilhéus.
O governador Jaques Wagner, por exemplo, afirmou algo que não chega a ser uma grande novidade. Segundo ele, Lula “sai da presidência, mas não deixa o comando do projeto político que foi inaugurado com a sua eleição”.
Wagner disse ainda que hoje o brasileiro canta o Hino Nacional com mais orgulho e comparou Lula aos ex-presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. “Se Juscelino disse que faria cinquenta anos em cinco e Getúlio ficou conhecido como pai dos pobres, eu digo que o senhor fez oitocentos anos em oito”.
O encerramento do discurso foi de elevar o ego presidencial a níveis estratosféricos. Disse Wagner: “o senhor é o presidente de sempre, o eterno presidente dos brasileiros e dos nordestinos”.
Lula, em retribuição, declarou sobre o “galego”: “pode ter governador igual a ele, mas melhor eu duvido”. E justificou a avaliação, observando que o governador baiano é “90% alma e emoção e 10% racionalidade” e que “é disso que a classe política precisa”.