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Da Folha Online:
Pela primeira vez, o Nordeste ultrapassou o Centro-Oeste no financiamento ao consumo. O aumento do crédito à pessoa física deixou a região atrás apenas de Sudeste e Sul neste ranking.
Em 2004, o Centro-Oeste tinha um estoque de crédito 50% maior que o Nordeste para pessoas físicas, diferença que foi sendo eliminada gradativamente desde então.
Apesar do aumento nas dívidas, a região registra a maior queda na inadimplência, cerca de 40%, entre janeiro de 2004 e setembro de 2010, período coberto pelos dados do Banco Central.
Os Estados nordestinos também são os únicos onde o crédito a empresas ganhou participação no período.
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O virtuoso pianista Márcio Thadeu volta a se apresentar em Itabuna, após o sucesso do show “Piano e Eternas Lembranças”. Agora, com “Absolute Piano”, o músico inicia em sua terra natal uma turnê que entrará pelo ano de 2011.
As apresentações serão nesta segunda-feira, 20, e na terça, 21, a partir das 20 horas, no Centro de Cultura Adonias Filho. Estão previstas participações especiais de Lucas Abude e Sérgio Sinattra, entre outras atrações, como a presença da Bahia 4 Quintet Jazz Band, formada pelo próprio Márcio Thadeu (piano), além de Sandro Lima (sax), Silvano Gonzaga (violão), Marcelo Carvalho (baixo) e Damião Santana (bateria).
Ingressos: R$ 10,00 (R$ 5,00 a meia-entrada), mais um quilo de alimento não-perecível, que será doado ao Abrigo São Francisco de Assis.

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Acusado de matar os professores Elisney Pereira e Álvaro Henrique, em setembro de 2009, o ex-secretário de Governo de Porto Seguro, Edésio Lima, será levado a júri popular. A decisão é do juiz Roberto Freitas Júnior, da Vara Crime de Porto.
Elisney e Álvaro eram dirigentes do Sindicato dos Professores e, na época em que ocorreu o crime, lideravam uma campanha salarial da categoria, além de denunciar desmandos do governo municipal na área da educação. Eles foram mortos em uma emboscada na comunidade de Roça do Povo e Edésio Lima foi acusado de ser o mandante do crime.
O ex-secretário chegou a ser preso em Salvador, mas se encontra em liberdade desde o dia 28 de outubro. Três policiais militares que teriam participado dos homicídios ainda estavam encarcerados, mas responderão ao processo em liberdade.

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Wagner em Ibicaraí: contrariedade com grandes produtores (Foto Pimenta).

Os quase três mil produtores de cacau do sul da Bahia beneficiados pela MP 500 já podem refinaciar suas dívidas e se submeter a análise para ter acesso a crédito, segundo afirmou o governador Jaques Wagner em visita a Ibicaraí. A medida provisória foi aprovada no Senado Federal nesta semana e dependia de sanção presidencial. “Uma vez refinanciada a dívida, eles terão condições de crédito para que possam alavancar seus negócios e a lavoura”.
O governador fez questão de observar, tanto no discurso como na coletiva, que a renegociação da dívida do cacau foi a que teve a melhor condição. “Nenhum outro setor da agricultura teve esse processo de negociação. Se alguns não acham que é o ideal, o.k. Foi o máximo que conseguimos tirar do governo federal. O prazo está esticado até 30 de junho de 2011”.
Antes, Wagner já havia feito um discurso duro contra grandes produtores que têm puxado a corda do governo contra o programa de refinanciamento da lavoura. Ele citou um grupo de 4% dos 13 mil produtores beneficiados que buscam o plano “ideal”, apesar das condições “excepcionais” em que foram negociados descontos de 50% a 80% da dívida, a depender do porte do produtor.
Os mais críticos à renegociação estão ligados à Associação de Produtores de Cacau (APC), entidade presidida pelo também diretor do Instituto Biofábrica de Cacau, Henrique Almeida. Ele não esteve na solenidade.
WAGNER: OBRAS DA ILHÉUS-ITABUNA COMEÇAM EM 2011
O governador disse não ter dúvidas de que as obras de construção da nova pista da rodovia Ilhéus-Itabuna começam em 2o11. “Não tenho dúvida nenhuma de que máquinas já estarão trabalhando na duplicação da rodovia em 2011”, afirmou.
Segundo ele, o projeto está nas mãos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Os recursos para a obra serão oriundos da versão 2 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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IMPRENSA, CRISE E SALTO DE QUALIDADE

Ousarme Citoaian

Esta coluna está no ar há um ano, o que possibilita a quem a acompanha saber que temos alguma tendência a meter a mão em cumbuca, cutucar onça com vara curta e mexer em casa de abelhas africanizadas. Então, mexamos, como disse a dançarina: o signatário deste espaço tem, com mais freqüência do que devia, sido chamado a opinar sobre o futuro da imprensa, hoje chamada mídia impressa – e dado uma resposta provocadora: esse segmento não está necessariamente em extinção, como muitos apregoam, mas vivendo uma crise que o mostra maduro para o salto qualitativo que precisa ser dado.

O FIM PRÓXIMO, MELANCÓLICO E INGLÓRIO

Temos dito (e ainda não mudamos de pensar) que parte dos jornais sobreviverá e parte está condenada a um final melancólico. No Sul da Bahia, onde o setor não tem recebido nenhuma espécie de investimento – ao contrário, vê seu capital de giro escapar pelo ralo da irresponsabilidade – a morte da comunicação impressa parece iminente, implacável, inexorável e irreversível. Sem atualização das linhas editoriais, sem investimentos em tecnologia e, sobretudo, em pessoal, o fim se aproxima, e estamos destinados a engrossar as estatísticas dos mortos sem glória na guerra contra a internet.

NOTÍCIA COM QUALIDADE DE PÃO DORMIDO

Nossos jornais se erguem sobre uma estratégia pouco resistente: acreditam que seu público está disposto a comprar notícia como se fosse pão mofado; que esse público não se incomoda de ver a mesma matéria (em geral produzida por órgãos públicos) em todos os jornais; e que os leitores gostam de publicações que se fazem de boletins partidários à direita ou à esquerda, quando deveriam fornecer análises mais ou menos isentas das campanhas políticas. Logo, faz-se uma aposta suicida na falta de inteligência do leitor, quando a lógica recomenda o contrário. Que isso vai dar errado, todo mundo faz que não sabe.

CIDADÃOS CUMPREM A LEI; BANDIDOS, NÃO

Dia desses, em tom aberto de desafio que aceitei de bom grado, me perguntaram se eu era cidadão. Respondi que me esforçava para sê-lo. “E o que é ser cidadão?” – insistiram, agora com uma pergunta de resposta mais difícil. Improvisei algo que, a meu juízo, diferencia cidadãos e bandidos (sejam estes do morro ou da cidade, descalços ou de colarinho engomado, andando de buzu ou em carro de luxo): o cumprimento da lei. É a lei que iguala as pessoas, dá a todas elas os mesmos direitos e deveres, não é feita para servir uns e prejudicar outros. O dito cidadão que não cumpre a lei, bandido é, pois a ele se equipara em comportamento. O substantivo “fora-da-lei” lhe cai muito bem.

VIVEMOS EM BAIXO NÍVEL DE CIDADANIA

Tentei me explicar, com uma espécie de decálogo do cidadão, que vai aqui repetida, não exatamente na ordem em que foi apresentada naquele momento. Cidadão, dentre outras coisas, 1) paga seus impostos, 2) não dirige alcoolizado, 3) não compra CD/DVD pirata, 4) usa cinto de segurança, 5) não joga no bicho, 6) não faz “gato” (serviços de água e/ou energia elétrica), 7) não ultrapassa em faixa dupla, 8 ) não contrabandeia drogas, armas, bebidas ou soja transgênica, 9) respeita a faixa de pedestres e 10) não ”invade” sinal vermelho. Se acaso você disser que não conhece muita gente que proceda assim, estará atestando o indigente grau de cidadania em que vivemos. Mas não me culpe.

O QUE CONTA É LEVAR VANTAGEM EM TUDO

É claro que há outros metros para avaliar o comportamento cidadão (jogar lixo na rua, e dirigir falando ao celular, por exemplo) e também é preciso consciência sobre os direitos, cobrar os compromissos do governo, a clareza de que os serviços públicos não constituem doação de governante bonzinho, mas obrigação do cargo ocupado. Nesta parte, entretanto, estamos bem: mesmo àqueles que não cumprem nenhum item do “decálogo” acima, não falta disposição para criticar todo tipo de atitude oficial. Embora use abertamente a lei da vantagem, o crítico exige pureza do governo. Nesse quesito, o brasileiro costuma valer-se de uma fórmula velha e calhorda: “Faça o que eu mando, não faça o que eu faço”.

O ADJETIVO EM BUSCA DE UM LUGAR AO SOL

Os que escrevem habitualmente dividem preferências quanto ao adjetivo: uns o execram sem o menor sinal de compaixão, pregando reduzir a zero sua presença no texto; outros o aspergem aleatoriamente na página, atrelando-o a qualquer substantivo descuidado. Talvez seja possível encontrar-lhe um lugar, o meio termo, o uso quando necessário. Graciliano Ramos, escritor de estilo “descarnado”, usava esse penduricalho no lugar certo, no momento aprazado. “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes”, diz ele abrindo magistralmente Vidas secas (citado aqui há poucos dias). Na mesma frase, dois adjetivos certeiros e indispensáveis.

O TROPEL DA BOIADA TOCADA  A ADJETIVOS

Ao descrever a marcha dos bois em “O burrinho pedrês” (Sagarana), Guimarães Rosa (foto) constroi um período cheio de adjetivos relativos ao gado: Galhudos, gaiolos, estrelos, espécios, combucos, cubetos, lobunos, lompardos, caldeiros, sambraias, chamurros, churriados, corombos, coruetos bocaleos, borralhos, chumbados, chitados, vareiros, silveiros… E os toscos da testa do mocho macheado, e as rugas antigas do boi corualão… Uma fartura de dez aliterações, em catorze versos pentassilábicos, se não errei a contagem. Mas o autor ainda não esgotou sua riqueza vocabular para essa impressionante descrição da boiada em movimento.

“DEFEITO” RECEBE ELOGIOS DE GRACILIANO

Algumas páginas à frente, voltamos a ouvir o rumor dos cascos no chão, agora marcado por mais dezesseis versos de cinco sílabas: As ancas balançam, e as vagas de dorsos das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa embolada, com atritos de couros, estratos de guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso do gado junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de lá do sertão… Comentando estes trechos, Graciliano Ramos, tido como inimigo dos adjetivos, percebeu em Rosa “certa dissipação naturalista”, mas ressaltou: “Se isto é defeito, confesso que o defeito me agrada”.

MULHERES DE NOEL, OU O AMOR EM VERSOS

Já falamos de Três apitos, samba que Noel Rosa fez para Josefina (a Fina), operária de uma fábrica de botões de madrepérola, que o poeta entendeu ser a fiação Confiança. Mas Fina (foto) é apenas uma das chamadas mulheres de Noel, as musas imortalizadas em versos. Antes dela, Clara Correa Neto, namorico dos tempos de colégio, ganhara Não deixe morrer; mais tarde, Júlia Bernardes (Julinha), diferente de Clara e Fina, maquiagem pesada, bebida idem, sem recatos, anti-romântica: é a musa das mentiras e falsidades nas regras baixas do jogo do amor. Com ela o poeta exercita a ironia e externa seu sofrimento em Vai para casa depressa, Meu barracão, Pra esquecer, Cor de cinza e Feitio de oração.

PESSIMISMO QUE LEMBRA MACHADO DE ASSIS

Esta é a fase mais amarga do poeta: em Vai para casa depressa (com Francisco Matoso) ele fala da disputa de Julinha por “dois malandros de fibra”, dizendo que tal mulher não merece um duelo, e que “Só há uma solução:/ Pra que brigar à-toa?/Basta tirar cara ou coroa/ Com um níquel de tostão”. O otimismo não é recuperado em Cor de cinza: “Com seu aparecimento/ Todo o céu ficou cinzento / E São Pedro zangado”, e muito menos em Pra esquecer, em que se vislumbra um traço de pessimismo à moda de outro famoso carioca: “Prá esquecer a desgraça/ Tiro mais uma fumaça/ Do cigarro que filei/ De um ex-amigo/ Que outrora sustentei”. De toda forma, é pouco provável que Noel tenha lido Machado de Assis.

NOEL DESCOBRE O NOVO CAMINHO DO SAMBA

A produção de Noel em 1933 é fantástica. Todos conhecem umas dez canções desse período, algumas gravadas na cabeça do público interessado em MPB: Três apitos (já resenhada aqui), Onde está a honestidade?, Não tem tradução, Quando o samba acabou, Rapaz folgado (resposta a Wilson Batista) e Feitio de oração. A conturbada fase Julinha teve um intervalo, quando Noel se adoça, abandona a ironia cruel, deixa de ser o amante ferido e volta a ser apenas o poeta genial: nasce Feitio de Oração (sobre melodia pré-existente de Vadico). Sociólogos e musicólogos têm-se debruçado sobre Feitio, exaltando o novo caminho aberto ao samba brasileiro, o feliz casamento da poesia com a música.

“ÚLTIMO DESEJO”: O TESTAMENTO DO POETA

Em 1937, aos 26 anos, tuberculoso, magro e frágil, Noel está morrendo em casa, ao lado de Lindaura, sua mulher (foto, de 1987), e outros familiares. Às portas da morte, ele não esquecera sua grande paixão, Ceci – que levará pela vida afora o testamento cruel do poeta (“Se alguma pessoa amiga/ pedir que você lhe diga/ se você me quer ou não…”), Último Desejo. São também desses derradeiros dias Eu sei sofrer e Pra que mentir (outro “recado” à amada). Às 16h30 daquele 4 de maio, Noel falou qualquer coisa com seu irmão Hélio, fechou os olhos e morreu, aos 26 anos, quatro meses e 23 dias. Na casa ao lado (do músico Vicente Sabonete), cantava-se o partido-alto De babado (Noel-João Mina). Aqui, Último desejo, com Nelson Gonçalves.

(O.C.)

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Mal-estar na unidade da Mucambo em Ilhéus. O mês de dezembro foi doloroso para 43 funcionárias da fábrica de luvas instaladas no Distrito Industrial.
As demitidas eram em sua maioria antigas funcionárias da unidade que produz luvas cirúrgicas. A Mucambo pertencia aos franceses da Mapa Spontex e foi vendida no início do mês a um grupo norte-americano, que detonou as demissões.

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Em Ibicaraí, Pinheiro afasta-se do palanque para atender telefonema de Brasília.

No flagra de Fábio Roberto, do Pimenta, o senador eleito Walter Pinheiro (PT) fala ao telefone com o que seria um membro da equipe da presidenta Dilma Rousseff. Logo após, e com pressa, o deputado sobe ao palanque onde está Jaques Wagner, na solenidade em Ibicaraí. Exibe semblante tenso. A conversa ocorre depois de Wagner revelar ter recebido ligações de Dilma momentos antes. Perguntado pelo PIMENTA se era com Dilma que ele falava, Pinheiro respondeu, já mais aliviado: “Quase isso, quase isso”.
Era negociação de cargos? – perguntamos
Estamos negociando inclusive mais recursos para a Bahia – despistou Pinheiro.

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O governo baiano perdeu a primeira batalha judicial contra a Alliance e terá que pagar aluguel ou devolver equipamentos e aparelhos médico-hospitalares utilizados em 32 hospitais administrados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).
Dentre estes hospitais, pelo menos dois são do sul da Bahia e administrados pelo estado: Hospital Geral Luiz Viana Filho (Ilhéus) e Hospital Geral de Coaraci. Os equipamentos são usados principalmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu favorável em mandado de segurança impetrado pela Alliance.
Ainda no primeiro semestre, o governador assinou decreto confiscando os equipamentos alugados pela Alliance ao Estado. Sob alegação de irregularidades, o governo não renovou o contrato encerrado em abril e ainda confiscou os aparelhos alugados às unidades de saúde. O estado anuncia que vai recorrer.

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Empresa no Jequitibá é alvo de assalto.

Um bandido armado com um revólver conseguiu roubar uma empresa de eventos no Jequitibá Plaza, ontem à noite. A ação foi rápida e ousada. O assaltante entrou no shopping, apontou a arma para a balconista da loja e tomou papéis e dinheiro em espécie, fugindo logo em seguida pela porta de acesso ao lado do Hiper Bompreço.
A segurança do empreendimento não conseguiu impedir o roubo num dos momentos de maior movimentação no Shopping.
As imagens recolhidas pelo sistema de segurança eletrônica do shopping serão utilizadas para identificar o assaltante. Ao PIMENTA, o dono da loja assaltada, a Bicho Festeiro, disse que falará sobre o assalto ao final das investigações. Mas adiantou que foi roubada uma pequena quantia em dinheiro, além de ingressos.
Shoppings são, tradicionalmente, vistos como lugares mais seguros para as compras devido ao esquema de segurança e monitoramento. As obras de ampliação do shopping e o conturbado estacionamento no acesso pelo Bompreço facilitaram a ação do bandido.
Esta foi a segunda ação ousada de assaltantes no comércio de Itabuna ontem. Antes, por volta das 15h30min, dois bandidos tentaram assaltar uma loja na avenida Paulino Vieira, no centro, ferindo a dona do empreendimento (relembre aqui).

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“Nós entendemos comunicação como política pública”

Em um bate-papo com o PIMENTA, o assessor-geral de Comunicação Social do Governo da Bahia, Robinson Almeida, fala sobre as expectativas para o segundo mandato do governador Jaques Wagner e afirma que existe hoje mais unidade nas alianças políticas firmadas em torno do poder no Estado. Para o assessor, a relação tende a ser menos fisiológica e mais programática, calcada na liderança do governador.
Almeida aborda também questões sensíveis, como a situação da saúde, segurança e sistema carcerário, comenta sobre o desejo do Estado de assumir a gestão do Hospital de Base de Itabuna e dos serviços municipais de água e saneamento (diz que só depende do prefeito) e, naturalmente, defende o atual modelo de comunicação do governo, que se constitui em política pública..
Vários outros assuntos foram tratados nessa conversa, a exemplo das obras tão esperadas pela região sul da Bahia, como a Ferrovia Oeste-Leste, Porto Sul e duplicação da rodovia Ilhéus -Itabuna. Segundo o assessor, todos esses projetos serão concluídos neste mandato do governador Jaques Wagner.
PIMENTA – Nós temos hoje na Bahia um cenário político bem diferente de 2006. Naquele ano, Wagner ganhou como uma surpresa e ainda existia uma oposição com certa solidez. Hoje, temos o PT fortalecido e a oposição em processo de desmonte. Como você vê esse quadro?
Robinson Almeida – Nem o mais otimista dos petistas poderia imagina um cenário como esse. Nesses últimos anos, nós assistimos ao fim de uma oligarquia, de um modelo político que dominou o nosso Estado por décadas, e o surgimento e a consolidação de uma nova hegemonia, que a gente tem chamado de revolução democrática e tem a liderança do governador Jaques Wagner e do PT. A eleição agora de 2010 foi a afirmação desse projeto. Praticamente dois em cada três eleitores votaram na chapa Wagner e Otto [Alencar]. A maioria na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, os dois senadores, a vitória esmagadora de Dilma no primeiro e no segundo turno no Estado. Tudo isso resulta da consolidação dessa nova hegemonia, dessa nova forma de governar.
PIMENTA – Em relação às composições com os aliados, o que ficou de lição?
RA – Você tinha um cenário em 2006 no qual o fator de união e composição era o misto de um programa inspirado no programa do presidente Lula e também a unidade política de oposição ao sistema anterior. Isso foi o que consolidou a aliança de 2006. Em 2010, o que consolidou a aliança foi a identidade programática e o apoio à liderança do governador Jaques Wagner. Houve um processo efetivo do PMDB de estar na eleição de 2006 e depois tentou uma carreira solo que se demonstrou inviável na atual conjuntura baiana. Então eu acho que a aliança atual é muito mais sólida, muito mais calcada no programa e na liderança do governador, e com a perspectiva de ter mais unidade nesse futuro mandato que começa agora em 1º de janeiro.
PIMENTA – Essa unidade não será ameaçada pela disputa em torno da sucessão do próprio Wagner?
RA – Esse é um elemento que vai sempre contribuir para uma espécie de tensão no governo. É natural que todos os aliados busquem apresentar alternativas de condução desse bastão que será passado pelo governador Jaques Wagner. É natural que o PT se apresente para ser o condutor, assim como o PDT, o PP, o PCdoB, o PSB… Agora, acho que deverá prevalecer a unidade programática e o respeito à liderança do governador Jaques Wagner como principal condutor do processo político.
PIMENTA – Na transição federal, fala-se que Wagner optou por indicar menos ocupantes de cargos e priorizar a reivindicação de obras para a Bahia, mas os críticos afirmam que o governador está sem prestígio…
RA – A tradição política brasileira e baiana diz que governador forte é aquele que indica seus próprios ministros.Foi assim com Antônio Carlos, o Jutahy (Magalhães Jr.) chegou a ser ministro, o próprio Geddel (Vieira Lima), mas na prática essas indicações não se traduziram em investimentos para o Estado. Você às vezes tem a posição em uma área, mas não tem a capilaridade no conjunto do governo, que possa, no seu somatório, ser maior do que a presença em uma área. O governador fez uma opção estratégica, que foi a combinação dessas duas dimensões: ter presença em algumas áreas, mas não perder em hipótese alguma a capilaridade a partir da interlocução com a presidente eleita.

Claro que não tem sentido a ferrovia sem o porto, de modo que acreditamos que essas duas obras andarão em compasso para que a atividade econômica se instale em sua plenitude.

PIMENTA – Então é uma estratégia…
RA –
Sim e acho que essa estratégia está dando certo, porque o cenário que se apresenta é o governador e a Bahia com uma presença no Ministério das Cidades, com o deputado Mário Negromonte (PP). É um ministério que tem ações na área da infraestrutura urbana e mexe muito com a população que mora nas grandes cidades baianas; uma presença na condução da principal empresa estatal do Brasil e uma das maiores do mundo, a Petrobras, com o José Sérgio Gabrielli; no Ministério do Desenvolvimento Agrário, com a indicação de Lúcia Falcón, uma baiana que trabalhou com o governador no início da sua carreira e certamente terá uma interlocução com todo o Nordeste e a Bahia em particular; também na Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, com Luiza Bairros, atual secretária da mesma pasta no governo baiano.
PIMENTA – Isso significa que agora é só aguardar a realização dos projetos…
RA –
O cenário está se montando no sentido que o governador, a Bahia e as forças políticas do Estado ocupem espaços importantes no Governo Federal, mas sem deixar de de manter uma relação com a presidente Dilma, a fim de que os projetos estruturantes, que importam investimentos para o Estado, como foi agora a Ferrovia Oeste-Leste, como vai ser com o Porto Sul, e as intervenções na área de saneamento, de habitação, continuem em intensidade e possam melhorar as condições para o desenvolvimento econômico e social da Bahia.
PIMENTA – Com relação ao Porto Sul, ainda há pendências com relação ao licenciamento ambiental.
RA – O presidente da República, em sua última viagem à Bahia, estimou para o primeiro trimestre do ano que vem a possibilidade de resolução das questões ambientais. Então, esse é o prazo com o qual nós estamos trabalhando, até porque nós vamos começar a construção da ferrovia no trecho Ilhéus – Caetité e a principal operadora desse trecho, que é a Bahia Mineração, precisa da licença para a construção da parte privada do porto e assim poder exportar o minério que será extraído em Caetité. Claro que não tem sentido a ferrovia sem o porto, de modo que acreditamos que essas duas obras andarão em compasso para que a atividade econômica se instale em sua plenitude. Além das questões estruturantes, que não são pequenas, é bom salientar que esse complexo é a maior obra de infraestrutura da história da Bahia e vai alterar o nosso modelo de desenvolvimento. Nós vamos interiorizar o desenvolvimento, ativar cadeias produtivas no agronegócio, na mineração, com a possibilidade de criar uma zona industrial aqui na região, porque temos o Gasene. Então, nós vamos alterar aquele modelo centralizado na Região Metropolitana de Salvador e trazer desenvolvimento para o interior do Estado.
PIMENTA – O governo é criticado por não investir em Itabuna. Isso vai mudar no segundo mandato?
RA – Nós teremos uma atuação com mais densidade em Itabuna, na questão social e das carências locais. Além disso, acredito que teremos a duplicação da BR-415 e isso contemplará tanto Itabuna como Ilhéus. É uma obra estruturante regional importante, que vai se agregar a esse complexo (Porto Sul) e melhorar a trafegabilidade na região. Vamos ter também a barragem construída na região de Itapé para resolver a situação do abastecimento de água, que é crítica. E tem ações que dependem muito do comportamento do poder público municipal. Por exemplo, os problemas na área de saúde. O Governo do Estado topa assumir o Hospital de Base e resolver uma questão que se torna cada vez mais complicada e prejudicial à população. Além disso, há o interesse em estadualizar os serviços de água e saneamento, passando a ter uma eficiência na oferta desse serviço fundamental. A viabilidade de parceria com o poder público municipal é que irá também possibilitar uma presença maior do Governo do Estado.
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Wagner: "desconheço" agressão (Foto Pimenta).

O governador Jaques Wagner disse desconhecer as cenas ocorridas no final da tarde da última quinta-feira, 16, na Governadoria, quando um policial da Casa Militar teria agredido sindicalistas que exigiam a contratação imediata de agentes penitenciários aprovados em concurso público. “Desconheço”, respondeu o governador ao PIMENTA, quando questionado se haveria investigação do caso.
Ao ser informado que a agressão aos sindicalistas e a destruição de imagem de Santo Expedito foram divulgados em jornais e tevês tanto do interior como da capital, Wagner repetiu a resposta: – desconheço.
A assessoria do governador informou ao blog que o policial militar envolvido no caso não seria capitão, como aqui foi divulgado. O governo não informou se foi aberta investigação para as agressões e cenas de intolerância religiosa. O caso acontece num momento em que maior número de policiais militares são envolvidos em arbitrariedades e assassinados e cai o número de punições aos militares.
Jaques Wagner inaugurou neste sábado (18), em Ibicaraí, no sul da Bahia, a primeira indústria de chocolate fino oriundo da agricultura familiar no Brasil. A Bahia Cacau terá capacidade para produzir 600 quilos de chocolate por dia. O produto terá entre 52% e 70% de concentração de cacau por quilo. O governo estadual e a prefeitura de Ibicaraí já investiram R$ 2,040 milhões na indústria que atenderá a 300 agricultores familiares do polo ibicaraiense.

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Jailson Nascimento, em montagem do Blog do Gusmão

O Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou as contas da Câmara de Vereadores de Ilhéus, relativas ao exercício de 2009. Ou seja, pelo menos em matéria de gastos irregulares, despesas não-comprovadas e outras traquinagens, legislativo e executivo andam de braços dados em Ilhéus. Isto porque as contas da Prefeitura também levaram pau no TCM.
De acordo com o Blog do Gusmão, o presidente da Câmara, Jailson Nascimento (PP), recebeu um “presente” de Natal antecipado e no saco de Papai Noel ainda veio um formulário de inscrição no grupo dos fichas-sujas.

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Neste sábado, 18, haverá mais duas sessões do espetáculo “Nazareno contra o dragão da maldade”, do Teatro Popular de Ilhéus. A encenação, na Casa dos Artistas, acontece às 19h e às 20h30min, com ingressos a R$ 10,00 (e meia-entrada, como deve ser, rigorosamente pela metade do preço).
A montagem, inspirada em fatos reais, narra o drama de um líder comunitário da Vila Nazaré, uma das comunidades mais pobres de Ilhéus, e de sua esposa Maria. Ambos travam uma luta diária pela sobrevivência e apresentam visões diferentes do que seria um “futuro melhor”.
Ao público, a peça oferece uma experiência única, verdadeira imersão no universo da miséria humana. “O chão do teatro será coberto de lama, piso típico da Vila Nazaré”, explica o autor e diretor do espetáculo, Romualdo Lisboa. Nazareno e Maria são interpretados por Ely Izidro e Tânia Barbosa.
A peça volta a ser encenada na próxima semana, nos dias 22 e 23, a partir das 20 horas.

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Da Folha de São Paulo:
Com o recente aumento de 62% em seus salários, os congressistas brasileiros passarão a ganhar mais do que seus pares em países desenvolvidos e em outros emergentes importantes.
A remuneração anual (incluindo o décimo terceiro salário) dos congressistas chegará a US$ 204 mil.
Esse valor é mais alto que o recebido pelos parlamentares da União Europeia e de 16 países pesquisados pela Folha, incluindo os do G8 (EUA, Japão, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Rússia).
Clique aqui para ler o texto completo (exclusivo para assinantes).

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Impacto da batida destruiu parte diante do veículo (Foto Pimenta).

Um estudante de 22 anos saiu ferido em um acidente ocorrido às 6h10min no quilômetro 22 da rodovia Ilhéus-Itabuna, neste sábado. Felipe Abjaude, 22, seguia de Ilhéus para Itabuna quando se perdeu numa curva logo após a Ceplac. O veículo Fiat Uno (JME-3315) invadiu a pista contrária e caiu numa valeta.
O impacto da batida destruiu a dianteira do veículo. Uma equipe do Samu 192 socorreu o estudante de Direito. Segundo o pai, Artur Abjaude, Felipe foi levado para o Hospital Calixto Midlej Filho consciente. Agentes do Tático Ostensivo Rodovíario (TOR) disseram que havia suspeita de fratura na perna esquerda do jovem.

Pai de estudante assiste a resgate de veículo (Foto Pimenta)