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Geddel: elogios ao PCdoB e críticas a opositores.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima aproveitou o domingo para visitar o sul da Bahia, onde prestigiou uma grande festa de aniversário do ex-vice-prefeito de Itabuna, João Xavier (PMDB). E destilou contra antigos desafetos, o adesismo de deputados estaduais e a imprensa.

O ex-ministro concedeu entrevista ao Blog do Gusmão e disse que deputados estaduais eleitos na oposição ao governo de Jaques Wagner esqueceram os seus papéis em um regime democrático. “Ficam sempre atrás de um emprego, uma colocação. Aí termina todo mundo aderindo”.

O PMDB é das legendas que mais têm sofrido com a onda adesista. Por enquanto, pelo menos três dos seus deputados estaduais podem integrar a bancada governista na Assembleia Legislativa.

Apesar do cenário atual de ampla maioria governista, Geddel diz crer numa mudança mais à frente. “Acho que [essa movimentação] tem vida curta. Apesar da força aparente do governo, ele tem feito poucas obras, investimentos. Tem se sustentado no jeito do governador, na propaganda e no governo federal. Cadê a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna? Cadê a barragem de Itabuna?”.

Geddel, também, aproveitou para fazer “marketing pessoal” durante as estocadas. “As duas grandes obras na região foram liberadas por mim, como ministro da Integração Nacional”. As obras citadas por ele são a cobertura do Canal da Amélia Amado, em Itabuna, e a contenção de encostas em Ilhéus. O ex-ministro assumirá o cargo de vice-presidente Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, na próxima terça (12).

As estocadas também foram desferidas contra um antigo desafeto, o ex-prefeito itabunense e deputado federal Geraldo Simões. “Vi [numa entrevista] Geraldo Simões tecer tantos elogios a Renato Costa que imaginei que ele fosse lançar a candidatura de Renato”.

Para o comandante da nau peemedebista, o partido deve ter candidato próprio em Itabuna, mas precisa sentar e discutir alianças para 2012. “No caso de alianças, Davidson Magalhães (PCdoB) é a prioridade do PMDB. É alguém que sinaliza que quer apoio, mas também que pode apoiar. O projeto de Geraldo já teve sua vez. É hora de virar essa página”.

Por último, Geddel também afirma que a imprensa baiana “perdeu  um pouco a capacidade de crítica” em relação ao governo Wagner.  “O governador só faz política. Cara de bom moço, jeito de bom moço, mas a gestão, nada”. Ele também criticou o ritmo lento das obras do Porto Sul. “Eu torço para que dê certo, mas vai tudo muito lentamente, até pelo jeito do governador, que é muito maneiroso, jeitoso, mas de pegar no trabalho mesmo, não creio”.

Ouça a entrevista

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