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Santana diz que Ângela trabalha pouco.

O deputado estadual Coronel Santana (PTN) decidiu ir novamente ao ataque ao responder à colega Ângela Sousa (PSC), que o chamou de desocupado por ter proposto a anexação do bairro ilheense Salobrinho ao município de Itabuna.

Em contato com o PIMENTA, Santana fez questão de enfatizar que tem comparecido às sessões plenária e das comissões das quais participa, e retruca:

– Como parlamentar, cumpro com as minhas obrigações, ao contrário de deputados que chamam os outros (sic) como desocupados e que aparecem muito pouco na Casa para trabalhar – alfineta.

Santana tornou-se alvo dos ilheense depois de propor não apenas que o Salobrinho fosse anexado a Itabuna, como também dois distritos do municípios passassem a pertencer ao município de Coaraci. Deputados, Câmara de Vereadores e clubes de serviço em Ilhéus se posicionaram contra o deputado que tem Itabuna como principal base eleitoral. Abaixo, alguns pontos da defesa feita pelo deputado:

ASSIDUIDADE

Tenho participado ativamente da vida parlamentar apresentando projetos, moções, indicações. Tanto a minha frequência quando o teor da minha atuação parlamentar podem ser conferidos no site da Assembléia Legislativa (www.al.ba.gov.br) nos links frequência ou proposições.

RESPOSTA A ÂNGELA SOUSA

Como parlamentar, cumpro com as minhas obrigações, ao contrário de deputados que chamam os outros (sic) como desocupados e que aparecem muito pouco na Casa para trabalhar. Felizmente, sou um parlamentar ocupado demais para dar atenção às detratações alheias. Não me escudo no mandato para [ficar] agradando a um ou outro, mas para propor o debate e fazer valer a vontade da maioria.

DIVISÃO TERRITORIAL (ILHÉUS vs ITABUNA)

Venho tratando de um assunto polêmico que é a questão da divisão territorial, especificamente das terras de Ilhéus, Itabuna e Coaraci. Estou propondo o debate, depois de ser procurado por lideranças políticas, empresariais e moradores das regiões envolvidas, para a possibilidade da mudança da fronteira de Ilhéus e Itabuna, e de Ilhéus e Coaraci como determina a lei estadual 12.050, sancionada em 07 de janeiro deste ano pelo governador Jaques Wagner a fim de corrigir as anomalias territoriais como estas.

DISPUTA PELO MAKRO E ATACADÃO

No primeiro caso, a fronteira do município de Ilhéus hoje se encontra dentro da cidade de Itabuna. Não estamos tratando de uma divisa numa área rural, afastada, mas cortando a cidade de Itabuna. A região em questão é onde se situam dois empreendimentos comerciais que hoje estão no território ilheense. Eles ficam muito mais próximos de Itabuna – a cerca de 800 metros – do que dos 22 km que os separam de Ilhéus. Como todos os benefícios municipais, como coleta de lixo, iluminação pública, conservação asfáltica e de infraestrutura são feitos pela cidade mais próxima, propus o debate sobre a alteração dos limites territoriais.

ANEXAÇÃO DO SALOBRINHO A ITABUNA

Fui mais além, quando a comunidade de Salobinho, em Ilhéus, utiliza-se dos mesmos serviços – também devido a proximidade maior – de Itabuna. Neste caso específico, sugeri o debate e estou propondo, caso a sugestão venha prosperar, que se realize um plebiscito para saber se é da vontade da população permanecer pertencendo a Ilhéus ou passar definitivamente ao atendimento de Itabuna. São duas questões distintas: a da divisa de Ilhéus dentro de Itabuna e a da população de Salobinho, apesar de tratarem da mesma fronteira. A diferença seria a sua extensão mais próxima a Itabuna ou mais distante deste centro.

AÇÃO ELEITOREIRA

Muitos interpretaram minha proposição como forma de beneficiar Itabuna, por prováveis pretensões políticas futuras. Isso é fruto de quem não tem argumentos sólidos para contra-argumentar. Até porque, também estou debatendo a situação de Inema, mais próximo da cidade de Coaraci e, portanto, recebendo toda assistência desta cidade do que da prefeitura de Ilhéus.

PORTO SUL

O que dirão aqueles que sequer tem coragem de debater? Que tenho pretensões eleitorais também em Coaraci? Ou que estou seguindo a lógica territorial? Por que não debater? Por que vão continuar atuando como fizeram em relação às questões do Porto Sul, que nem deram ouvidos aos ambientalistas e só defendem este empreendimento, mesmo, talvez, sendo prejudicial a cidade de Ilhéus, por ser investimento federal? Temem o que? Ter a insatisfação popular revelada em um debate sério, franco e aberto?

DEBATE SOBRE LIMITES TERRITORIAIS

Mais uma vez, estou tendo a coragem de propor o debate, utilizando-me de argumentos concretos que fazem parte de minhas atribuições como homem, cidadão e parlamentar, sem partir para as agressões pessoais ou ilações contra quem quer que seja. Meu dever é propor o debate, as discussões e colocar para a sociedade, de forma democrática, transparente e republicana, ver se essa é a vontade da maioria. O que não podemos é enterrar a cabeça na areia e nos acovardarmos diante da insatisfação de alguns, diante do desejo da maioria!

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