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Marco Wense
Cuidado com os “conselheiros” que só sabem fazer política com a tocha de fogo na mão. A campanha acabou.
O prefeito eleito Vane do Renascer, do PRB, legenda ligada a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), precisa ter cuidado com alguns conselheiros de plantão.
Conselheiro bom é aquele que não é bajulador, que diz a verdade independente de agradar ou não o futuro comandante do Centro Administrativo Firmino Alves.
Vane, por exemplo, foi infeliz quando declarou, ao jornal A Região, que faria uma auditoria no governo Azevedo. A intempestiva declaração vai criar mais obstáculos para a equipe que integra a comissão de transição.
Cuidado, Vane. Cuidado com os “conselheiros” que só sabem fazer política com a tocha de fogo na mão. A campanha acabou. Agora é descer do palanque e procurar o melhor caminho para fazer um bom governo.
APOIO FRACIONADO
O diretor-presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, candidatíssimo a deputado federal pelo PCdoB, terá o apoio dos prefeitos eleitos Vane do Renascer (Itabuna) e Jabes Ribeiro (Ilhéus).
Esse apoio, no entanto, vai ser dividido com o bispo Marinho e Mário Negromonte. O primeiro é do PRB, partido de Vane. Negromonte é do PP de Jabes, que é o secretário estadual da legenda.
OPOSIÇÃO
Alguns petistas, ainda inconformados com a derrota de Juçara Feitosa, ficam dizendo o óbvio ululante. Ou seja, que o prefeito eleito Claudevane Leite vai ter muitas dificuldades para compor o seu governo.
Ora, essa dificuldade é inerente ao pós-eleição. Vane do Renascer foi eleito com o apoio de uma coligação formada por várias agremiações partidárias. E, como tal, é preciso abrir espaços para todas elas.
Geraldo Simões, na sua última eleição para a prefeitura de Itabuna, teve uma histórica dor de cabeça com o PSDB. Os tucanos, além dos 40 cargos de confiança, incluindo aí três secretarias, queriam mais e mais. Eram incontentáveis. Literalmente insaciáveis.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.