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tiago-feitosaO empresário Thiago Feitosa, filho do deputado Geraldo Simões, aceitou convite do ex-prefeito João Henrique, de Salvador, filiando-se ao PSL.

Deixou o PT. Pela nova legenda, pode concorrer ao cargo de deputado estadual.

Com 31 anos, Feitosa fala de política, rebate que sua ida para o PSL seja a consolidação do projeto familiar de obtenção de mandatos na política e também fala do passado, quando acabou respondendo a processo sob acusação de ter participado de confusão em apartamento de um produtor rural. O caso deu polícia e foi parar na Justiça. Thiago fala em exageros típicos de período eleitoral por parte da imprensa e diz estar pronto. Confira abaixo:

BLOG PIMENTA – Por que essa opção de deixar o PT e ingressar no PSL?

THIAGO FEITOSA – Sempre acompanhei a carreira política da minha família. Sou apaixonado pelo PT e seus quadros, como Lula, Wagner, Dilma e Geraldo. Quando a segunda suplente de senadora [Juçara Feitosa] disputou as últimas eleições em Itabuna [2008 e 2012], diziam que se tratava de projeto familiar. Então, recebi convite do ex-prefeito João Henrique e do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, e do estadual, Toninho, para engrossar as fileiras do PSL.

PIMENTA – Mas aí continua o projeto familiar. Só muda o partido, não acha?

THIAGO – Mas não foi Geraldo quem me convidou nem estou com candidatura lançada. Fui convidado pelos dirigentes do PSL e busco nova compreensão de partido. E essa palavra independência tem batido em meu ouvido. É uma vontade minha, um espaço onde tivesse altivez e voz. Eu reuni minha família – pais e esposa – e optei por ser independente politicamente.

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Meu projeto não é individual, é no plural, só não é familiar.

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PIMENTA – Fora do PT?

THIAGO – Continuo dizendo que minha bandeira é outra, mas o sangue é vermelho. É a decisão mais importante de minha vida, aos 31 anos de idade. Espero ter acertado. Conto com muitos companheiros. Consultei diversos na região, ouvi minha turma. As pessoas entenderam que seria uma oportunidade. Meu projeto não é individual, é no plural, só não é familiar.

PIMENTA – Dá para superar as questões do passado, superar esta imagem?

THIAGO – Todos me conhecem. A política na região é muito acirrada. Confundem sigla, bandeira e ideologia partidária com família. Já sofri muito em Itabuna, como meu pai, por discriminação, antes por ser petista. Antes, ser do PT era feio, hoje que a gente governa a Bahia e o Brasil… Precisou de Geraldo Simões para mudar. E tinha aquela imprensa que não contribui com a região nem com o Brasil. Fica difamando as pessoas em vez de discutir projetos. Essa coisa de imagem acho que já foi superada. Sou pai de família, empresário. E podem perguntar: sou bom filho, bom marido, bom pai e bom amigo.

PIMENTA – E como ficou o processo de 2008?

THIAGO – O processo já passou o prazo. Quem tem todo o relatório são meus advogados.

— Clique em “leia mais”, abaixo, para conferir a íntegra da entrevista.

PIMENTA – Por que as críticas à imprensa?

THIAGO – Foi no processo eleitoral de 2008. Tínhamos chances reais de ganhar e acho que baixaram o nível na eleição, como baixaram em 2006 com Geraldo Simões [que disputava vaga na Câmara Federal]. Uma pessoa que sempre lutou pelos produtores e é técnico agrícola sofreu muito por ter sido acusado [de espalhar a vassoura-de-bruxa no sul da Bahia. Inquérito da Polícia Federal acabou por isentar o deputado]. Estamos preparados para qualquer questionamento.

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Vejo lideranças cobrando recursos, emendas, porto, aeroporto, mas faltando feijão com arroz.

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PIMENTA – Como construirá a candidatura na nova sigla, o PSL?

THIAGO – Venho buscando altivez e independência política. O sangue que corre em minhas veias é do Partido dos Trabalhadores. Queria me identificar para fazer papel do governo. Vejo lideranças cobrando recursos, emendas, porto, aeroporto, mas faltando feijão com arroz.

PIMENTA – Tá faltando feijão com arroz a Geraldo Simões, seu pai?

THIAGO – Não. Tem feijão, arroz, farinha, muita pimenta. Veja: questão indígena, quem está do lado dos produtores é ele. A demanda aí não é indígena, respeito muito eles [os índios]. Em Brasília, estive com os produtores. Um deles tinha 30 mil pés de abacaxi perdidos porque sua propriedade foi tomada pelos tupinambás. E a universidade federal, o deputado lutou, enquanto Azevedo nem Vane criaram esrtrutura, que está indo para um lugar e a outra [a área definitiva do campus] a gente não sabe. O projeto de água no Rio Colônia, que está passando por problemas, foi projeto da primeira gestão de Geraldo como prefeito. E só conseguiu sair da gaveta agora. O deputado tem que correr atrás de recurso, terreno, atrás de obra.

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