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marco wense1Marco Wense

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista na Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o toma-lá-dá-cá.  A eficaz e imprescindível Adin, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados, continua engavetada, empoeirada, fora da pauta. São quase 365 dias de “esquecimento”.

Só os insanos e inconsequentes torcem pelo “quanto pior, melhor”, como faz o senador Aloysio Nunes (PSDB), vice de Aécio Neves na última eleição presidencial.

“Quero ver a Dilma sangrar”, diz o tucano sem nenhum constrangimento, verberando com exaltada satisfação, feliz da vida com as palavras, gestos, opiniões e atitudes vampirescas.

Os protestos contra o governo Dilma são assegurados e protegidos pela Constituição Federal. O que é inaceitável é a incitação ao crime e os xingamentos incivilizados dirigidos à nossa presidenta.

O povo, os políticos de oposição, os que pregam o retorno dos militares e os defensores do impeachment têm todo o direito de protestar, desde que pacificamente, sem armas, como preceitua o art. 5°, inciso XVI da Carta Magna.

A aposentada juíza do TJ-BA, a sempre simpática Sônia Maron, tem razão quando diz que “o Brasil não é uma capitania hereditária do partido que elegeu o chefe do Executivo de um dos poderes”.

Mas não pode ser um Brasil de uma oposição raivosa, que, aos gritos, aos berros, chama a maior autoridade do país de “vaca” e “vagabunda”, como aconteceu recentemente em São Paulo.

O mais engraçado é o silêncio, a complacência em torno do que provocou toda essa roubalheira do dinheiro público, sem dúvida o financiamento empresarial de campanhas políticas.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista na Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o toma-lá-dá-cá.  A eficaz e imprescindível Adin, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados, continua engavetada, empoeirada, fora da pauta. São quase 365 dias de “esquecimento”.

A ladainha sobre a maléfica influência do dinheiro no processo eleitoral é de priscas eras. Todo presidenciável promete dar fim, mas depois de eleito foge da discussão como o diabo da cruz.

Veja o que disse o então candidato Juscelino Kubitschek de Oliveira em 11 de fevereiro de 1954: “Pretendo, se eleito presidente da República, propor uma reforma da Constituição, de modo a abolir a violência trazida no predomínio do dinheiro nas eleições”.

Se fosse um protesto para acabar com a impunidade, para colocar os larápios da Petrobras na cadeia, pedindo reforma política e o urgente julgamento da ação da OAB, eu seria o primeiro a comparecer.

Como sou contra o impeachment, a qualquer ruptura democrática, ao ódio, xingamentos e o retorno dos militares ao poder, prefiro ficar na minha modesta residência.

Que o legítimo movimento transcorra com paz e civilidade. E que os senhores políticos – obviamente os irresponsáveis – não coloquem mais lenha na fogueira.

Viva a democracia! Democracia, sim. Golpismo, não.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

3 respostas

  1. Em tempo; Agrediu moralmente Marina,humilhou e chamou até de sapatona,se não bastasse, marina é uma negra e miserável sem nenhuma capacidade de ser presidente do Brasil,ainda disse que Marina é uma ladra.

    Aécio é usuário de cocaína ate de boiola chamou o rapaz. Portanto.qual a moral do anunciado,é o que denomino de anunciado frívolo.

    Agora;aqui pra nós,se fosse uma presidente que não fosse do PT? O que a seita do PT denominara uma Mulher que gosta de Mulher e de Homem,o que a seita iria dizer?

    É melhor eu pará por aqui….

  2. Parabéns ao articulista Marco Wense por mais esse importante artigo. Infelizmente,
    Muitos pseudos jornalistas estão apregoando ódio e a cessação de um mandato conquistado com o apoio popular.
    Costumo ler os artigos de Marco, e sempre que leio um novo artigo percebo a diferença entre um profissional honesto e responsável e aquele que vive a achincalhar a honra de pessoas de bem e são mercadores do caos e do quanto pior, melhor. Infelizmente, a imprensa de Itabuna possui figuras nefastas à exemplo de Val Cabral, que não possui nenhuma intimidade com a verdade e A ética.

  3. Que democracia é essa? Onde os politicos para se eleger compram votos, como é uma pratica enraizada todos fecham os olhos.
    A população quer justiça, os eleitores são vitimas desses politicos mentirosos, quem pede justiça por um pais melhor é a favor de uma real democracia, não a favor de militares, agora para para confundir a opinião publica, vejo alguns textos instigando racismo, colocando preto contra branco, hora para respeitar um presidente ele tem que colocar ordem num pais, dá respeito, ser insento, governar para todos, investigar de verdade os fatos de forma clara, politica não tem que ser tratada como time de futebol, torcida de um lado e torcida do outro lado. O que existe é uma troca de favor sempre para favorecer alguem, numa logica do errado que tá certo. Eu acho que deveria anular essas eleiçoes e convocar novas eleiçoes já.

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