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marco wense1Marco Wense

 

Para pirraçar os petistas, que andam com a cabeça baixa em decorrência dos escândalos e mais escândalos, os demistas ficam insinuando que Pinheiro pode ser o companheiro de chapa de ACM Neto, basta mudar de legenda.

 

A disputa pela vice do prefeito soteropolitano ACM Neto, candidato à reeleição, vai terminar criando um atrito entre o DEM e o PMDB dos irmãos Vieira Lima.

A aliança entre democratas e peemedebistas é cercada por uma recíproca desconfiança. É bom lembrar que na sucessão estadual de 2014, o DEM deixou Geddel a ver navios. Deu no que deu: o peemedebista-mor ficou sem mandato.

Como a reeleição de ACM Neto é tida como favas contadas até pelos adversários, e ele vai ter que deixar o cargo para se candidatar ao governo do Estado, o vice, sem fazer nenhum esforço, vira prefeito.

A acirrada briga pela vice vai despertar mais atenção do que qualquer outro fato político. Outro detalhe é a pobreza de nomes para enfrentar o chefe do Executivo. O PT, por exemplo, não tem um “filho de Deus”.

Esse “filho de Deus” poderia ser o bom senador Walter Pinheiro. O parlamentar, no entanto, já mandou avisar que “NÃO”. O que se comenta é que Pinheiro pode deixar o PT a qualquer momento.

Para pirraçar os petistas, que andam com a cabeça baixa em decorrência dos escândalos e mais escândalos, os demistas ficam insinuando que Pinheiro pode ser o companheiro de chapa de ACM Neto, basta mudar de legenda.

O deputado federal Lúcio Vieira Lima, de olho no Palácio Thomé de Souza, tratou logo de ser o presidente do diretório da capital. O mano Geddel é o comandante do peemedebismo na Bahia.

O maior trunfo do PMDB são os cincos minutos no horário da propaganda eleitoral destinado aos partidos políticos. Não à toa que a legenda é cobiçada. Sem dúvida, a mais desejada do processo sucessório.

Será que os irmãos Vieira Lima vão aceitar que o PMDB fique de fora da chapa majoritária, se contentando com duas ou três secretarias ou com a promessa de que Geddel será o candidato a senador do DEM em 2018?

O problema é que na lista dos prováveis vices de ACM Neto não tem nenhum peemedebista, nem mesmo o próprio Lúcio e, muito menos, Geddel. Ambos preteridos.

Na concorrida lista só demistas e netistas, com exceção do tucano Antônio Imbassahy. São eles: Luiz Carrera (Casa Civil), João Roma (secretário particular), Guilherme Bellintani (Educação), Sylvio Pinheiro (Urbanismo) e o ex-governador Paulo Souto (Fazenda).

Pois é. Um PMDB versus DEM pode ser só uma questão de tempo. E o tempo é inexorável.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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