Tempo de leitura: 2 minutos

marivalguedes2Marival Guedes | marivalguedes@gmail.com

 

Uma estudante da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) atravessava a Avenida Amélia Amado quando uma motorista, ao invés de reduzir, aumentou a velocidade do veículo. Não satisfeita, berrou: “sai da frente, negra descarada”.

 

Uma das principais notícias da semana foi a queixa registrada em uma delegacia de polícia do Rio de Janeiro pela atriz Taís Araújo, contra autores(as) de comentários racistas na internet.

Ela disse que presta depoimento porque sabe que o seu caso não é isolado, acontece com milhares de outras pessoas negras no país. Tem razão, ainda são, vergonhosamente, vários os casos.

Há poucos dias uma mulher chamou um vendedor de “macaco” no Shopping Barra, em Salvador. A notícia se espalhou rapidamente no local, várias pessoas foram à porta da loja e ela se escondeu num provador. Foi detida pela PM e vaiada.

Aproveito o mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra para relembrar dois fatos já relatados neste blog. Primeiro é a denúncia do ambientalista e artista itabunense Walmir do Carmo, em Londrina, sobre um médico que o ironizou por ser negro.

Walmir chamou a polícia e ele recebeu voz de prisão. O irmão do criminoso reagiu: “era só o que faltava, meu irmão ser preso por causa de um preto”, vociferou sem sequer atentar para o fato de o comandante da PM ser negro. Foi preso.

Em Itabuna uma estudante da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) atravessava a Avenida Amélia Amado quando uma motorista, ao invés de reduzir, aumentou a velocidade do veículo. Não satisfeita, berrou: “sai da frente, negra descarada”.

A vítima, valente militante de esquerda, saiu em disparada para alcançar a agressora e conseguiu no próximo sinal. Aproximou-se ofegante e desferiu um tapa na cara em sincronia com um desabafo: “descarada é você, cachorra vagabunda”.

Voltando ao caso de Tais Araújo, a internet permite que pessoas se escondam atrás do computador, muitas vezes covardemente com perfis falsos ou pseudônimos, para cometer crimes ou ataques mentirosos e desrespeitosos. Talvez não saibam que podem ser desmascarados. E punidos.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas aos domingos no Pimenta.

5 respostas

  1. Não estendi! O que o autor está querendo dizer com: ” A vitima uma valente militante de esquerda”. Ele está insinuando que se a pessoa não fizer parte desta esquerda caviar, supostamente é racista? É certo que +- 90% dos estudantes da UESC são da esquerda, afinal os professores são comunistas caviar, que faz greve querendo aumento de salário, ganhando R$ 15.000,00 ou mais, em um país que quem paga os salários deles, na sua maioria, ganha R$ 788,00 (minimo). É uma vergonha estes exploradores queres dar lição de moral.

  2. A humanidade pela qual povoou a terra,a mesma já veio com a nódoa racista,tal sentimento são intrínsecos à raça humana,vejam as histórias das civilizações se não é um poço racista ou pelo menos há uma pitada de sentimento de superioridade seja em quaisquer seguimentos sociais,religiosos,culinários,musical,cor de pele, de gêneros,questão cultural etc etal.

    O dia que a sociedade de toda sociedade humana exterminar o racismo,nenhum ser humano vai vivenciar,pelo simples fato; não existirá seres humanos mais aqui, e nunca sairemos das ideias,comportamentos, pensamentos primitivos que nos elevem a humanidade ser civilizada em todos os sentidos da grandeza do espirito humano
    na terra.

    “O racismo é a prova o quanto ainda somos primitivo.”
    Cesar Jihad( Vulto Madhiba) Pensador.

  3. O governador do bairro da Liberdade preteriu o advogado negro que estava em 1º lugar na lista tríplice. Vá no Tribunal de Justiça e encontre um desembargador negro no Estado cuja população é 80% Negra.Uma garapa da esquerda caviar!

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *