Para Jeser Cardoso, trata-se de uma acusação fantasiosa. “O movimento foi totalmente pacífico. Nem eu nem ninguém da CTB agrediu ou invadiu patrimônio de empresa alguma”, afirmou.
Para Jairo Araújo, a Penalty não aceitou o resultado da greve. No entendimento dele, a fábrica defende seu privilégio de explorar legalmente os trabalhadores, a partir das reformas de Michel Temer. “O movimento que fizemos na Penalty e na cidade foi extremamente democrático, pacífico, na defesa dos interesses dos trabalhadores. Violência quem está cometendo é a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e empresas como a Penalty, que querem a liberdade para explorar e implantar o trabalho análogo à escravidão, que é o que a reforma trabalhista de Temer implantou no Brasil”, avaliou Jairo, que também é vereador pelo PCdoB.
Na opinião de Jorge Barbosa, esta é mais uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais. “Tenho a consciência tranquila de não ter cometido irregularidade alguma. A atitude da Penalty merece todo o nosso repúdio, pois representa um atentado à livre organização dos trabalhadores, uma tentativa de criminalizar o movimento sindical e inibir a livre manifestação”, ponderou. Uma nova audiência foi marcada para o dia 18 de setembro, às 14 horas, no mesmo local.
A coordenação da CTB Regional Sul Bahia ressalta sua “curta (dez anos), porém intensa história de combatividade e compromisso com a classe trabalhadora, na defesa de seus direitos, motivo de orgulho para todas e todos nós. Continuaremos sendo instrumento de luta dos trabalhadores e trabalhadoras, sem temer nenhum tipo de coerção e/ou intimidação de quem quer que se coloque à frente da organização da classe trabalhadora”.