Marco Wense
Portanto, todo cuidado é pouco com o deputado Lúcio, que já avisou que vai permanecer no MDB e que os incomodados procurem outra legenda.
Como não bastasse a indecisão de ser ou não candidato ao governo da Bahia, o prefeito ACM Neto tem pela frente o presidente Temer e o deputado Lúcio Vieira, ambos do MDB.
A autoridade máxima do Poder Executivo, que chegou ao cargo com o impeachment de Dilma Rousseff, tem um alto índice de rejeição, beirando aos 90%.
O parlamentar baiano, depois do “bunker” de R$ 51 milhões, vive pelos cantos, até históricos correligionários se afastam do ex-chefe.
O problema é que o alcaide soteropolitano não pode prescindir do bom tempo do MDB no horário eleitoral, sem falar que qualquer atitude de menosprezo a Lúcio pode provocar a ira do irmão Geddel.
O ex-ministro não vai aceitar que Lúcio seja jogado na sarjeta. O que se comenta, nos bastidores de Brasília, é que Geddel pode insinuar uma delação se a perseguição política contra o mano se tornar um fato.
Portanto, todo cuidado é pouco com o deputado Lúcio, que já avisou que vai permanecer no MDB e que os incomodados procurem outra legenda.
ACM Neto vai ter que suportar essas duas “malas”. Como presidente nacional do DEM, partido que integra a base aliada do Palácio do Planalto, terá até que carregá-las.
Saindo candidato na disputa com o governador Rui Costa (PT-reeleição), Neto tem que rezar muito para que impopularidade de Temer e Lúcio não contamine sua campanha.
Marco Wense é editor d´O Busílis e da Coluna Wense, no Diário Bahia.