Tempo de leitura: 4 minutos
Poupança deve render menos que a inflação neste ano

A queda dos juros, que barateia o crédito e incentiva a produção, acendeu o alerta sobre a aplicação financeira mais tradicional do país. Sem perspectiva de mudanças nos juros, a caderneta de poupança encerrará 2020 rendendo menos que a inflação pelo segundo ano seguido.

Em 2019, a poupança rendeu menos que a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A aplicação rendeu 4,26% no ano passado, contra inflação de 4,31%. O cenário não deve mudar em 2020. Enquanto as instituições financeiras projetam IPCA de 3,6%, de acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central, a caderneta renderá apenas 3,15% este ano, caso os juros básicos não mudem.

MIGRAÇÃO EXIGE CUIDADOS

Para o investidor tradicional, este é o momento de buscar alternativas que pelo menos assegurem que o dinheiro não perderá para a inflação. A migração para outras aplicações, no entanto, exige cuidado. O investidor precisa estar atento ao prazo em que quer deixar o dinheiro parado, à cobrança de impostos e a eventuais taxas de administração para não sair perdendo.

Apesar de ser isenta de tributos e permitir saques imediatos, a poupança rende 70% da taxa Selic, juros básicos da economia hoje em 4,5% ao ano. Em contrapartida, os fundos e a maior parte das aplicações em renda fixa pagam tributos e nem sempre têm resgate imediato. O investidor corre o risco de perder dinheiro se sacar antes do vencimento.

Segundo o professor de finanças do Ibmec Gilberto Braga, os fundos de investimento representam uma das melhores opções para o investidor iniciante. Isso porque a maioria dos fundos permite resgatar o dinheiro sem espera, como na poupança. Ele, no entanto, lembra ao investidor que deve prestar atenção no prazo de resgate e na finalidade do dinheiro.

“Quem migra para os fundos precisa definir em que prazo quer investir.Para isso, é necessário em primeiro lugar saber qual o objetivo da economia, para onde esse dinheiro está indo. Com base nisso, o investidor deve prestar atenção nas taxas de administração e no rendimento líquido [depois do desconto da taxa e do Imposto de Renda]”, explica.

Leia Mais

Tempo de leitura: 3 minutos
Site traz notícias exclusivas sobre o segmento do cacau e chocolate
Daniel Thame, editor do Cacau&Chocolate

O site Cacau e Chocolate é das maiores novidades editoriais do sul da Bahia nos últimos anos. Lançado em 2019, tornou-se uma vitrine com notícias exclusivas do segmento.

Nesta entrevista ao PIMENTA, o editor Daniel Thame fala do estalo que gerou o novo xodó em uma história de mais de 40 anos de jornalismo e da qualidade do cacau e do chocolate sul-baiano. E, claro, do mercado a ser explorado por cerca de 70 marcas regionais de chocolate e derivados.

“A receptividade ao site tem sido surpreendente, tanto na questão dos acessos como na interface com a cadeia produtiva de cacau, especialmente cooperativas de agricultores familiares, que geralmente têm pouco acesso à mídia”, afirma.

Acompanhe.

Blog Pimenta – Como surge a ideia de um site específico para falar de cacau e chocolate sul-baiano?

Daniel Thame – A ideia de criar um site especifico para falar do cacau e do chocolate do sul da Bahia vinha sendo amadurecida desde o 10º Chocolat Bahia, em Ilhéus, quando as marcas de chocolate de origem deram um salto de qualidade e quantidade. Em 2019, na primeira versão do Chocolat São Paulo, quando vi centenas de paulistas comparando os chocolates do sul da Bahia a produtos importados, decidi que era hora de colocar o site no ar.

Durante dois meses, trabalhei conteúdos regionais, sempre focando essa nossa condição única de produzir cacau e chocolate, indo da árvore ao produto (tree to bar), além do apelo da conservação da Mata Atlântica e da figura mítica de Jorge Amado, que projetou o cacau sul baiano para o mundo.

Pimenta – Quando a ideia se concretiza?

Daniel Thame – O lançamento, ainda em caráter experimental, ocorreu no Chocolat Bahia 2019, em Ilhéus, quando pude apresentar o site aos empreendedores e disponibilizar um novo canal de divulgação.

O site vem veiculando conteúdos que valorizam justamente esse novo momento, divulgando as marcas de chocolate de origem e outros produtos derivados de cacau, como cerveja e até cosméticos. Tem sido uma descoberta permanente de novas marcas e produtos diferenciados e de jovens empreendedores que estão construindo uma nova história na região.

Pimenta – E a receptividade, como tem sido?

Daniel Thame – Pensando a médio prazo, estipulei o prazo de um ano para viabilizar e consolidar o site, mas a receptividade tem sido surpreendente, tanto na questão dos acessos como na interface com a cadeia produtiva de cacau, especialmente cooperativas de agricultores familiares, que geralmente têm pouco acesso à mídia. Até por afinidade, temos buscado valorizar esses empreendimentos, já que a produção de chocolate tem potencial de geração de emprego e renda para centenas de famílias de agricultores que cultivavam apenas cacau e agora produzem ótimos chocolates, como Bahia Cacau, Natucoa, Terra Vista e outros.

____________

A recepção tem sido surpreendente. Temos buscado valorizar esses empreendimentos. A produção de chocolate tem potencial de geração de emprego e renda para centenas de famílias de agricultores que cultivavam apenas cacau e agora produzem ótimos chocolates, como Bahia Cacau, Natucoa, Terra Vista e outros.

_____

Pimenta – O interesse pelos temas cacau e chocolate é do mercado e de produtores ou o consumidor tem se interessado mais pelo tema e está mais curioso em saber o que se produz aqui?

No sul da Bahia, esse interesse se deve principalmente a Marco Lessa, que, há 11 anos, criou o Festival do Chocolate de Ilhéus, hoje Chocolat Bahia, quando havia apenas uma marca de chocolate relativamente conhecida, o Chocolate Caseiro de Ilhéus, o que na época parecia uma loucura. O festival, hoje o maior do gênero no Brasil, deu visibilidade ao chocolate de origem do sul da Bahia. Hoje são cerca de 70 marcas, feitas com amêndoas de qualidade e com embalagens atraentes, algumas delas já comercializadas no Brasil e no Exterior. Temos hoje chocolates produzidos com certificado de origem da Indicação Geográfica Sul da Bahia (IG Cacau), um grande referencial com reconhecimento internacional.

Pimenta – O que a cobertura deste segmento revela?

Daniel Thame – O Chocolat São Paulo, no maior mercado consumidor do país, mostrou que há um enorme potencial para o chocolate do sul da Bahia e essa é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, já que o aumento do consumo de chocolates de origem é uma tendência mundial. E o site pretende justamente contribuir nesse processo, já que a divulgação é fundamental para que a produção possa ser comercializada não apenas em nível regional, mas no Brasil e no Exterior.

Clique e confira mais do Cacau e Chocolate.

Tempo de leitura: 2 minutos
Greve contra a reforma da Previdência gerou caos em Paris || Foto Andreyver Lima

Andreyver Lima, direto de Paris

Quem já se preparava para entrar no Museu do Louvre, estranhou a demora no acesso às exposições. Munidos de seus tickets, comprados pela internet com hora marcada, turistas de todo o mundo aguardavam do lado de fora, num frio de 4°C.

Quando liberada a entrada, após o entra e sai de seguranças, foi revelado o motivo. O movimento grevista de funcionários do Louvre, fazia mais uma manifestação contra a reforma da previdência.

Desde dezembro de 2019, os funcionários do Museu fazem paralisações e manifestações, seguindo os trabalhadores do transporte público, que já estão parados há dois meses.

CAOS NO TRÂNSITO

Os trabalhadores dos transportes públicos franceses se dizem dispostos a continuar a paralisação até a retirada da reforma das aposentadorias.

O trânsito na cidade de Paris está um completo caos, inclusive com motociclistas cortando calçadas e motoristas invadindo a faixa de pedestres.

O primeiro-ministro, Édouard Philippe, ofereceu neste sábado a retirada de uma das medidas mais polêmicas: os 64 anos como idade mínima para se aposentar com pensão integral. Hoje a idade legal é de 62 anos. A chamada “idade-pivô” bloqueava a negociação com a CFDT, o principal sindicato da França. Outros sindicatos, como a CGT, exigem a retirada completa da reforma.

A concessão pode ser o ponto de inflexão em um conflito que está desgastando o Governo e já custou mais de 800 milhões de euros (3,64 bilhões de reais) às empresas públicas de transporte.

Tempo de leitura: 2 minutos
Cada pássaro seria vendido a R$ 10

Policiais rodoviários federais faziam, na noite deste sábado (11), fiscalização de combate a criminalidade da Operação Rodovida na altura do quilômetro 677 da BR-116, em Jequié, no sudoeste da Bahia, quando deram ordem de parada a um veículo FIAT/Uno Mille, com 2 ocupantes.

O comando foi desrespeitado pelo motorista e os policiais iniciaram perseguição. Alguns quilômetros depois do primeiro bloqueio, na mesma rodovia, a equipe conseguiu interceptar o carro, onde foram encontradas quase 500 aves silvestres das espécies azulão, canário-da-terra, cardeal, sofrê, pássaro-preto, bigode, papa-capim, coleira, saíra e guriatã.

Os pássaros estavam aprisionados em apenas 12 gaiolas, ensejando total falta de cuidados, higiene e maus tratos. O motorista assumiu a responsabilidade pela captura dos animais e disse não possuir autorização do órgão ambiental para criação. Informou ainda que adquiriu os pássaros na zona rural de Jequié e que pretendia comercializar os animais em Poções. Cada exemplar seria vendido por R$ 10.

Os policiais levaram o Termo Circunstanciado de Ocorrência e o infrator de 25 anos de idade responderá na Justiça por crime contra o meio ambiente previsto na Lei 9.605/98.

Os pássaros foram encaminhados aos cuidados do órgão ambiental, onde passarão por um processo de reabilitação para voltarem à liberdade. O retorno ao habitat natural nem sempre é um processo rápido.

Além de tratar a saúde, os animais precisam reaprender funções básicas como voar e caçar.A PRF alerta que as denúncias nas rodovias podem ser realizadas através do telefone 191, que funciona em todo o Brasil. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.

Tempo de leitura: 2 minutos
Principais temas em evidência no Google em 2019 no Brasil

Copa América, tabela do Brasileirão, Gugu Liberato, vagas de emprego e Gabriel Diniz. O que os cinco temas tão diferentes têm em comum? Foram os principais assuntos buscados no Google no Brasil em 2019. A análise foi disponibilizada pelo Google Trends, a ferramenta do buscador que indica o que tem sido mais pesquisado pelos usuários de acordo com a localização em um determinado período.

Dentre as perguntas mais buscadas em 2019 em primeiro lugar ficou o WhatsApp, ou o motivo da rede de mensagens instantâneas ter parado de funcionar (Por que o WhatsApp parou de funcionar hoje?). A segunda pergunta foi um tanto curiosa “Por que são 21 tiros de canhão?”, que trata da homenagem que marca o início dos trabalhos do Legislativo.

Na sequência, vieram as perguntas “Por que o Japão está na Copa América?” (a seleção asiática foi convidada pela federação sulamericana), um questionamento musical “Por que Carlinhos Brown saiu do The Voice?” (segundo a emissora em que o programa é exibido, a saída é normal e faz parte do “revezamento de técnicos”). Em último lugar, a pergunta foi de cunho religioso “Por que não comer carne na Sexta-Feira Santa?” (segundo a fé católica é um sacrifício que deve ser feito na quaresma).

Dentre os acontecimentos mais pesquisados no Brasil no último ano o futebol apareceu no topo com a Copa América em primeiro lugar seguida da Copa do Mundo de Futebol Feminino e Libertadores. Brumadinho ficou em quarto lugar e em quinto o Dia dos Professores. Para ver o que esteve em alta em 2019 no Brasil confira o link.