No Dia Internacional do Câncer na Infância, celebrado neste sábado (15), o alerta do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é para os sinais e sintomas persistentes em crianças e adolescentes, mesmo aqueles que indicam para doenças comuns. De acordo com a chefe da Seção de Oncologia Pediátrica do Inca, Sima Ferman, estudos indicam que mais de três idas ao médico com o mesmo sintoma é uma situação que merece atenção especial.
Os sinais do câncer pediátrico, muitas vezes, são parecidos com os de doenças comuns entre crianças e adolescentes. Por isso o diagnóstico é um grande desafio, segundo a especialista. “Não significa que qualquer sinal e sintoma é câncer, mas toda criança precisa ser acompanhada pelo pediatra regularmente, toda queixa da criança precisa ser valorizada tanto pelos pais quanto pelos profissionais de saúde”, explicou.
Alguns sintomas são palidez, manchas roxas, dor na perna, caroços e inchaços indolores, perda de peso inexplicável, inchaço da barriga, alterações nos olhos, dor de cabeça, fadiga, tontura e sonolência. A previsão do Inca, é que em 2020 sejam registrados mais de 8,4 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes.
Diagnosticar precocemente é importante pois não é possível prevenir o câncer infantojuvenil. A especialista explicou à Agência Brasil que, na maioria das vezes, a doença em crianças e adolescente tem causa desconhecida. “No adulto, por exemplo, a pessoa que fuma pode desenvolver câncer de pulmão, então são fatores ambientais e de estilo de vida que muitas vezes são associados ao aparecimento do câncer. Na criança, são fatores intrínsecos do seu próprio corpo. O que nós temos, então, que fazer, para conseguir a maior chance de cura, é um diagnóstico precoce”, disse.