Randolfe propõe cortar salário dos senadores pela metade || Pedro França/Agência Senado
Tempo de leitura: < 1 minuto

Randolfe Rodrigues (Rede-Amapá) propôs o corte de 50% do salário dos senadores durante a pandemia do novo coronavírus, além de redução, também pela metade, da cota parlamentar no Senado Federal.

Pela proposta, os recursos deverão ser aplicados no combate ao novo coronavírus. Cada senador recebe R$ 33.763,00. Metade dos vencimentos iria para as ações contra a covid-19, além da cota parlamentar.

A Casa é composta por 81 senadores. A cota parlamentar se refere à estrutura disponibilizada a cada um dos senadores para gastos em itens como hospedagens, passagens e combustível. A proposta foi apresentada ontem (7) e anunciada por ele no Twitter.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Um paciente de 96 anos é o 15º óbito confirmado pelo novo coronavírus na Bahia. O paciente estava internado em um hospital da rede privada em Salvador, capital baiana, e apresentava doenças associadas – insuficiência renal crônica e hipertensão.

A vítima foi internada na última sexta-feira (3) e faleceu ontem (7), conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Das mortes registradas até aqui, é o 11 óbitos na capital baiana. Os demais foram registrados em Lauro de Freitas (1), Itapetinga (1), Utinga (1) e Adustina (1). É aguardado para as 13h o novo boletim da Sesab com número de casos confirmados na Bahia até hoje. Desde o início da pandemia até ontem, foram 462 casos confirmados, com 106 pacientes curados.

Pães são doados a quem precisa em padaria no Conceição, em Itabuna
Tempo de leitura: 3 minutos

Mas não percamos a esperança em mudanças positivas, pois mesmo sabendo que elas não virão com abundância e de pronto, poderão chegar aos poucos.

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Na semana passada, em meio à avalanche de más notícias que baixa nossa imunidade social, uma subvertia a ordem das demais e se tornou um bom exemplo para ser lembrado e divulgado com a generosidade que merecia. Simples, mas eficaz, a Padaria Santa Fé, no bairro Conceição, em Itabuna, colocou pães em sacos plásticos numa prateleira exterior com a seguinte informação: “Se acabou seu dinheiro e está sem trabalhar, favor pegar um desses pacotes de pães!”

Uma medida simples, porém eficaz para prestar a solidariedade aos que não têm como abastecer sua casa de alimentos. A generosidade chega em forma de pão, um dos alimentos mais antigos e significativos na vida de qualquer pessoa, com várias passagens na Bíblia Sagrada, a exemplo do milagre da multiplicação dos pães, realizado por Jesus Cristo para alimentar seus seguidores.

O pão – de maneira geral – é o primeiro alimento que qualquer pessoa tem nas primeiras horas da manhã para se alimentar e estar pronto para enfrentar o trabalho. Sem ele, a barriga chora e o cérebro humano não consegue se desvencilhar dos constantes apelos da necessidade de satisfazer a fome. Que digam melhor os que já passaram por essa necessidade…

E esse gesto de generosidade dos proprietários da Padaria Santa Fé chega na forma material, espiritual, e reciprocidade. Material, por matar a fome momentânea de quem não se encontra com poder aquisitivo para adquiri-lo, por ter perdido o emprego, exercer seu trabalho individual ou outros malefícios causados pelo Coronavírus; espiritual, por representar um ato de vontade em ajudar o próximo, nesses tempos de individualismo.

E o terceiro – de reciprocidade –, por dar de volta à comunidade em que está inserida há mais de 80 anos e que sustenta o seu negócio na relação comerciante-consumidor por toda uma vida. A simples e nem tão onerosa ação do advogado e comerciante José Roberto (Tinho) Vilas-Boas e sua família deverá servir de exemplo à sociedade para que atos como esse se multipliquem em benefício dos necessitados.

O gesto de Tinho, poderia ficar restrito ao benfeitor e os beneficiários não fosse a curiosidade do jornalista Domingos Matos, morador do bairro e cliente da padaria em publicar a notícia do site O Trombone. O fato correu o mundo pela internet com a mesma rapidez que o Coronavírus na forma do Covid-19, apenas com os interesses divergentes: enquanto o vírus prejudica, mata, o gesto de Tinho alimenta o corpo e a alma.

E de fato não ficou restrito à padaria, pois outros clientes também começaram a dividir o gesto de nobreza, adquirindo outros produtos como o leite, biscoitos, dentre outros para complementar o café dos que necessitavam. E essa corrente de doação se transformou campanha – mesmo pequena – que conseguiu alcançar a sua finalidade, doando aos necessitados, sem alardes, filas para chamar a atenção, sem releases para ressaltar a “bondade” do político que usa o dinheiro público como se fosse seu.

Pelo que me recordo, a Padaria Santa Fé – com seus mais de 80 anos de fundada e funcionando no mesmo local – não é apenas uma dessas empresas em que não se conhece o dono, às vezes morador em outro país. Pelo contrário, desde os tempos em que Florisvaldo Vilas-Boas fundou a padaria colocou seus filhos para trabalhar, integrando-os à comunidade do bairro Conceição, que até hoje fazem parte.

Em conversa com o irmão Romário Brito Vasconcelos – participante ativo do trabalho missionário espírita –, tomo conhecimento que nas campanhas realizadas em benefício dos mais carentes, as doações são provenientes das camadas sociais mais baixas, financeiramente falando. Durante as campanhas – segundo a experiência de Romário – é muito mais produtivo bater à porta do mais humilde, que divide com quem precisa.

Mas não percamos a esperança em mudanças positivas, pois mesmo sabendo que elas não virão com abundância e de pronto, poderão chegar aos poucos, dependendo apenas das campanhas sociais que poderão ser realizadas. Nesse caso, a parábola de que “é mais fácil um camelo passar pelo fundo (buraco) de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu”, poderá ser aplicada com segurança.

Walmir Rosário é advogado, radialista e jornalista.

Senado Federal aprovou projeto de socorro a pequenos negócios || Foto Marcello Casal Jr./AB
Tempo de leitura: 2 minutos

O Senado aprovou nesta terça (7) o Projeto de Lei (PL) 1.282/2020 de socorro às microempresas durante o período de duração da pandemia do novo coronavírus. O projeto autoriza a concessão de crédito para microempreendedores individuais (MEI) e microempresas com risco assumido pelo Tesouro Nacional. O texto vai à Câmara dos Deputados. Se aprovado sem alterações de mérito, seguirá para sanção presidencial.

A aprovação ocorreu por unanimidade, com 78 votos favoráveis. Segundo a relatora do projeto, senadora Kátia Abreu (PP-TO), o projeto é necessário para auxiliar as empresas que mais empregam no país. “As instituições financeiras públicas e privadas possuem os recursos para empréstimos, mas não os concedem porque, temporariamente, os riscos dos tomadores de empréstimos não podem ser adequadamente calculados”.

O projeto sugere a disponibilização de um valor de R$ 10,9 bilhões, com as operações de crédito podendo ser formalizadas até o final de julho. O crédito deve ser destinado às microempresas, que têm faturamento bruto anual até R$ 360.000, com juros de 3,75% ao ano, prazo de 36 meses para o pagamento e carência de seis meses para início do pagamento. Banco do Brasil, Caixa Econômica, bancos cooperativos e cooperativas de crédito poderão participar do programa.

O texto do substitutivo, assinado por Kátia Abreu, foi costurado em acordo com a equipe econômica do governo. A ideia é garantir o apoio de todas as lideranças do Senado, tanto do governo quanto da oposição, e facilitar a aprovação no Congresso Nacional. A relatora acatou algumas emendas, dentre elas a obrigatoriedade das empresas tomadoras do financiamento em manter seus funcionários até o fim do estado de calamidade pública.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu a palavra para apoiar o projeto e incentivar, ao fim do período de calamidade, uma discussão de apoio permanente às micro e pequenas empresas. “A maioria dos empregos formais são garantidos pelo pequeno e microempresário. E são os que mais empregam mulheres no Brasil. Que este projeto sirva não apenas em caráter transitório. Quem sabe, com outros critérios, poderemos transformar esse projeto em definitivo”.

Ilhéus mantém suspensão do transporte coletivo, mas reavaliará medida || Foto Divulgação
Tempo de leitura: < 1 minuto

O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), decidiu manter a suspensão do transporte coletivo do município por mais oito dias devido ao aumento de 50% do número de casos de Covid-19 de segunda (6) para ontem (7). Ele ressaltou que a decisão é preventiva.

O governo avaliava a possibilidade de liberar 30% da frota dos ônibus para atender a zona rural, industrial e comercial da cidade, já que o comércio está funcionando parcialmente – supermercados, farmácias etc. O aumento de 14 para 21 casos em 24 horas levou o governo a “brecar” o retorno do busão.

Marão ainda deverá avaliar se libera parte da frota na próxima semana. Esta avaliação, conforme nota, será feita no sábado e no domingo (11 e 12). Ou seja, a liberação dependerá do cenário do novo coronavírus no município nos próximos dias.